sábado, 24 de dezembro de 2011

Nós, educomunicadores, desejamos a todos Boas Festas e que 2012 seja de muita luz e consciência ecológica para o nosso planeta.

Amor e Paz!

sábado, 26 de novembro de 2011

Chevron culpa geologia pelo vazamento de óleo no Rio


O presidente da Chevron para África e América do Sul, Ali Moshiri, afirmou nesta quinta-feira que a unidade da petroleira no Brasil tem um dos melhores índices de segurança, mas que é difícil lidar com a geologia da região onde aconteceu o vazamento.

"Lidamos com a mãe natureza, e a mãe natureza é complicada", disse Ali Moshiri, durante coletiva à imprensa depois de reunião com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Segundo Moshiri, houve um bom controle do problema, pela complexidade da geologia, e agora há menos de um décimo de barril depositado no mar. De acordo com ele, o vazamento está sob controle.


O executivo afirmou ainda que a vedação completa do poço onde houve o acidente, no campo de Frade, será concluída em meados de dezembro. Ele quis reforçar que a prioridade da empresa é a segurança.

Moshiri afirmou que vai analisar as multas aplicadas pelo governo brasileiro, mas que vai seguir as regulamentações brasileiras. "Sempre respeitamos as decisões de qualquer governo", disse. "Somos pacientes e vamos parar de perfurar, a prioridade é segurança", afirmou.

PORTAS ABERTAS

O ministro Edison Lobão afirmou que Moshiri defendeu a Chevron como inocente durante a reunião. Segundo ele, pela resolução da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a petroleira americana está proibida de perfurar novos poços, mas que os que ela já explora continuarão em atividade.

Lobão comentou sobre a atuação de empresas estrangeiras no país: "Brasil tem portas abertas ao capital estrangeiro, mas o Brasil tem regras, respeita contratos mas exige o respeito de suas regras internas", afirmou.



Fonte: Folha.com

Novos e-mails de suposta 'fraude do clima' vão parar na internet

Às vésperas de uma nova cúpula da ONU sobre o problema da mudança climática, hackers anônimos voltaram a colocar na internet milhares de e-mails de climatologistas, surrupiados dos servidores da Universidade de East Anglia (Reino Unido).


É exatamente o roteiro seguido pelos hackers dois anos atrás, no primeiro "Climagate", como ficou conhecido o escândalo dos e-mails.

Para os responsáveis pela divulgação das mensagens, elas deixavam claro que os cientistas do clima manipularam e ocultaram dados para fortalecer a ideia de que o aquecimento global é uma ameaça de grandes dimensões, causada pelo homem.

O servidor onde foi hospedada a nova leva de e-mails estava fora do ar ontem à noite. No entanto, trechos das mensagens já tinham sido reproduzidos em blogs internacionais céticos em relação ao aquecimento global.

Nos trechos, os cientistas mostram dúvidas sobre as conclusões de pesquisas sobre mudança climática e relutância em divulgar dados brutos para o público, temendo dar munição para os que questionam a existência do aquecimento. Investigações no primeiro "Climagate" inocentaram os cientistas.

Fonte: Folha.com

Temperatura mundial pode subir até 6 graus, alerta OCDE


Até o final deste século, a temperatura global pode sofrer um aumento entre 3 e 6 graus centígrados se for mantida a tendência atual, alerta a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) nesta quinta-feira. Mas ainda há tempo para que esse cenário com graves consequências seja evitado com um custo de ação limitado.

Esse é o principal conteúdo de um relatório sobre a mudança climática divulgado pela OCDE às vésperas da conferência de Durban, que começa na próxima segunda-feira (28) em Durban, na África do Sul. A organização pede aos governos que se engajem em torno de um acordo internacional.

"Os custos econômicos e as consequências ambientais da ausência de ação política na mudança climática são significativas", advertiu o secretário-geral do organismo, Ángel Gurría, durante a apresentação do estudo.

Concretamente, as medidas para modificar, sobretudo, o panorama energético que se espera para 2050 e a redução das emissões de efeito estufa em 70% custariam 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) --um número que os autores do relatório relativizaram em entrevista à imprensa, ao ressaltarem que significaria que o crescimento da economia mundial nos quatro próximos decênios seria de 3,3% ao ano, em vez de 3,5%, um corte de dois décimos.

O relatório destacou que não alterar as políticas atuais geraria prejuízos ambientais que afetariam muito mais a economia. O relatório Stern de 2006 havia antecipado perdas permanentes do consumo por habitante superiores a 14%.

A OCDE advertiu que, sem novas políticas de contenção das emissões de efeito estufa, as energias fósseis seguirão mantendo seu peso relativo atual, de 85% do total, o que conduziria a um volume de concentração na atmosfera de 685 partes de dióxido de carbono (CO2) ou equivalentes por milhão, muito longe das 450 que os cientistas consideram que permitiriam limitar o aquecimento climático global a dois graus centígrados.

Para o órgão, um ponto relevante é estabelecer "um preço significativo" das emissões de CO2 para induzir à mudança tecnológica, mas também a fixação de metas de diminuição de emissões "claras, críveis e mais restritivas" com as quais "todos os grandes emissores, setores e países" precisarão se comprometer.

Fonte: Folha.com

Chevron diz que ANP não fez ‘boa discussão técnica’


Executivo da petroleira diz que suspensão de autorização para perfurar no País foi desnecessária, mas não apelará à Justiça. O presidente da Chevron para a África e a América Latina, Ali Moshiri, afirmou ontem esperar que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) reconsidere a punição imposta à empresa americana, que teve sua autorização para perfuração suspensa no Brasil.


"Foi desnecessário. A Chevron está aqui desde 1915. Dos meus 35 anos de carreira, 15 foram devotados a projetos no Brasil. A carta que chama a Chevron de negligente foi prematura", afirmou o iraniano, que diz ter sido "surpreendido" pelo órgão regulador. Ele e o presidente da unidade de negócios para a América Latina, Don Stelling, chegaram ao Brasil na terça-feira para contornar a crise.
Segundo Moshiri, a empresa não vai recorrer à Justiça, por acreditar que pode resolver problemas com "bons relacionamentos". "Consideramos que temos um bom relacionamento com o governo brasileiro, ou quase todo ele", brincou. Moshiri afirmou que as causas do acidente ainda estão sob investigação e negou que a perfuração tenha invadido o Campo de Roncador, operado pela Petrobrás. Ele afirmou que é muito difícil fazer previsões geológicas à profundidade de 1.211 metros.
"A Chevron garante que tem tecnologia e peritos, mas sempre se trata de uma previsão." Ele disse que a decisão da ANP de punir a empresa foi tomada sem que tenha havido "uma boa discussão técnica".
Moshiri lembrou que 11 poços já haviam sido perfurados com a mesma tecnologia. O plano inicial era perfurar mais cinco poços injetores, um poço produtor e um poço para o pré-sal.
Moshiri explicou que o poço onde houve o vazamento não é segurado. A empresa havia investido US$ 20 milhões na perfuração e vai gastar mais US$ 25 milhões para encerrar as atividades dele. A segunda etapa da cementação ainda está em estudos com a ANP. A Chevron desenvolveu no Brasil um equipamento que será usado para coletar as pequenas gotas de óleo que ainda escapam das fissuras, no Campo do Frade. Dispositivo similar já foi usado no Golfo do México.
A Chevron investiu US$ 2 bilhões no Brasil e tem planos de investir mais US$ 3 bilhões nos próximos três anos, se a decisão da ANP for revista, segundo Moshiri.
A entrevista coletiva concedida pelo executivo transcorreu em um clima bem mais ameno que as coletivas anteriores. Ele negou que a empresa americana tenha reagido com arrogância aos primeiros momentos após a constatação do vazamento. "A última coisa que se pode dizer sobre minha empresa é que é arrogante. Não somos. Com toda sinceridade, tentamos agir para resolver o problema. Transparência é importante, mas precisávamos ir atrás das informações corretas", disse.
Moshiri negou que a empresa tenha manipulado vídeos e omitido informações à ANP. O presidente da Chevron Brasil, George Buck, informou que houve uma dificuldade técnica para fazer o download com as imagens do acidente. "Tiramos fotografias que têm peso (eletrônico) menor para ser transmitida. Apresentamos toda a documentação às autoridades", afirmou

Fonte: O Estadão.com

Japão detecta radiação elevada em arroz na região de Fukushima


As autoridades da província japonesa de Fukushima, afetada desde março pelos efeitos do acidente nuclear da usina Daiichi, detectaram elevados níveis de césio radioativo nas plantações de arroz de cinco fazendas da região, informa neste sábado a rede de televisão pública "NHK".

As análises foram realizadas após as autoridades proibirem, na semana passada, a distribuição de arroz em toda a província, ao se detectar uma porção de arroz contaminada com césio radioativo no distrito de Oonami, a 56 quilômetros da usina nuclear danificada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do Japão em março.

As últimas amostras contaminadas também procedem de Oonami e chegaram a revelar um nível de até 1.270 becqueréis de césio radioativo por quilo, muito acima do limite máximo de 500 becqueréis por quilo estabelecido pelo governo japonês.

Em meio à preocupação com a contaminação, as autoridades de Fukushima vêm realizando nos últimos dias análises sobre o arroz das 154 fazendas agrícolas que se encontram nessa região.

Os testes são acompanhados com atenção pela população do Japão, onde o arroz faz parte da base da dieta nacional, com um consumo per capita de 85 quilos em 2009, segundo os dados mais recentes do Ministério da Agricultura.

O acidente no complexo nuclear de Fukushima forçou a remoção de mais de 80 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros da usina devido à radioatividade, que causou também graves impactos à indústria agrícola, criação de gado e pesca da região.

Em julho passado, o governo japonês vetou o comércio de carne bovina de Fukushima e outras duas províncias ao se detectar níveis excessivos de césio radioativo em algumas amostras. Mas, no final de agosto, suspendeu a interdição por considerar que tinham sido tomadas medidas adequadas para proteger o gado da contaminação.

Fonte: Folha.com

domingo, 20 de novembro de 2011

Movimento "É a Gota D'água + 10"

Aumenta incidência de câncer e bebês malformados em regiões de soja transgênica

Por quase 10 anos, os moradores de áreas rurais e periurbanas da Argentina onde a agricultura industrial vem se expandido têm recorrido a autoridades políticas e aos tribunais de justiça, bem como protestado diante do público, por causa dos problemas de saúde que suas comunidades vêm sofrendo em função da pulverização de agrotóxicos usados nas diferentes culturas agrícolas.

Nesses locais, chama a atenção o aumento do número de casos de câncer, de nascimento de bebês com malformações e de problemas reprodutivos e hormonais desde que a pulverização sistemática de agrotóxicos se generalizou. As reclamações das cidades-pulverizadas têm sido confirmadas por equipes médicas que atuam nessas regiões, mas as respostas do sistema público de saúde e o envolvimento das universidades públicas com o problema têm sido escassos e limitados.

Buscando promover um espaço para a análise acadêmica e a reflexão científica sobre o estado da saúde em cidades-pulverizadas, bem como ouvir e apoiar os profissionais de saúde que vêm denunciando estes problemas, a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Córdoba promoveu em agosto deste ano o Primeiro Encontro Nacional de Médicos em Cidades-Pulverizadas. Médicos, outras equipes de saúde e pesquisadores de diferentes disciplinas atuando no país foram chamados a apresentar suas experiências, dados, propostas e trabalhos científicos.

O evento reuniu mais de 160 participantes de dez estados e de seis universidades federais. O relatório do encontro, apresentando os principais resultados dessas pesquisas, acaba de ser publicado. Os relatórios e testemunhos apresentados pelos médicos presentes confirmam as observações clínicas, atestando uma série de doenças e problemas de saúde em pessoas expostas à pulverização.

Embora as manifestações de intoxicação aguda (aquela que se manifesta poucas horas após uma exposição elevada a produtos muito tóxicos) representem a maior parte das queixas dos pacientes, o que mais alarma os médicos na maioria das cidades-pulverizadas são duas constatações: primeiro, o número de abortos espontâneos e de nascimento de bebês malformados é significativamente maior nas cidades-pulverizadas do que na média da população.

Segundo, nota-se também um aumento na incidência de câncer em crianças e adultos, além de outras doenças sérias como a Púrpura de Henoch-Schönlein (inflamação dos vasos sanguíneos), doenças hepáticas e neurológicas. Os médicos chamaram a atenção para o fato de que, em geral, vêm trabalhando nas mesmas comunidades por mais de 25 anos, e que as doenças observadas nos últimos anos são incomuns e estritamente relacionadas à aplicação sistemática de agrotóxicos.

Um exemplo contundente são os dados apresentados pela Dra. Ana Lía Otaño, representante do Ministério da Saúde no estado do Chaco. O relatório trazido por ela realça claramente o aumento dos casos de bebês malformados no nível estadual, de acordo com os números da principal unidade de saúde pública do estado, a Unidade Neonatal do Hospital J.C. Perrando, na cidade de Resistencia (capital do estado), que passaram de 46 em 1997 para 186 em 2008 (um aumento de 19,1/10 mil nascidos vivos para 85,3/10 mil nascidos vivos).

Os números do Hospital de Resistencia convergem com os dados apresentados pelo Dr. Horacio Lucero, diretor do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Regional de Medicina da Universidade Nacional do Nordeste, que há mais de dez anos vem estudando e registrando a relação dos problemas de saúde acima descritos com a exposição residencial (por vizinhança) aos agrotóxicos no estado do Chaco. O Dr. Lucero acrescenta que, nos últimos anos, o plantio de soja por grandes conglomerados agrícolas veio substituindo outras atividades agrícolas tradicionais na economia regional. Ele apresenta gráficos cruzando o aumento do plantio de soja no estado com o aumento no número de bebês nascidos com malformações. A relação é ainda mais fortalecida quando é apresentado um mapa mostrando que o número de mortes de bebês causadas por deformações, anomalias cromossômicas e outros defeitos no nascimento é significativamente maior nas áreas de produção de soja e na cidade La Leonesa, que estão sujeitas a altos níveis de pulverização de glifosato e outros agrotóxicos.

Os dados apresentados pela Dra. Otaño também mostram que a incidência de câncer infantil é significativamente maior em cidades expostas aos agrotóxicos (como La Leonesa), quando comparada a cidades moderadamente expostas (como Las Palmas) e a cidades não expostas aos pesticidas (como Puerto Bermejo). A incidência de câncer infantil em La Leonesa é mais de três vezes superior que a de Puerto Bermejo. Os médicos chamam a atenção para o fato de que o aumento do câncer e malformações congênitas nas áreas mencionadas acompanhou o aumento exponencial do uso de agrotóxicos desde a introdução das lavouras transgênicas. Segundo o relatório, em 1990 foram usados 35 milhões de litros de agrotóxicos. Em 1996, a introdução das sementes transgênicas acelerou o uso de venenos, levando a um consumo de 98 milhões de litros. Em 2000 foram aplicados 145 milhões de litros. Em 2010 esse número já era de 292 milhões de litros, e espera-se para 2011 um consumo de mais de 300 milhões de litros de herbicidas, inseticidas, acaricidas, desfoliantes e outras substâncias tóxicas. O glifosato sozinho deverá representar 200 milhões de litros nesse conjunto.

O relatório também menciona que o aumento do uso de glifosato verificado a cada ano deve estar relacionado ao desenvolvimento de resistência ao veneno pelas plantas invasoras. Os números indicam que em 1996 eram aplicados menos de 2 litros de glifosato por hectare, enquanto hoje algumas áreas recebem 10 litros por hectare. Em alguns casos chegam a ser aplicados quase 20 litros por hectare. E esses agrotóxicos são aplicados extensivamente, sobre grandes áreas.

Segundo geógrafos da Universidade Nacional de Córdoba, pelo menos 12 milhões de pessoas vivem em cidades rodeadas por lavouras pulverizadas por venenos. Para os médicos, são 12 milhões de argentinos que estão sendo diretamente fumigados. Entre as propostas apresentadas pelos médicos participantes do Encontro ao final do documento estão a proibição da pulverização aérea de agrotóxicos, cuja deriva espalha incontroladamente substâncias tóxicas pelo ar, e que as universidades públicas passem a desenvolver e promover opções agroecológicas de produção.

Fonte: MST

sábado, 19 de novembro de 2011

PF vai intimar funcionários da Chevron sobre vazamento de óleo

Funcionários da petroleira devem ser ouvidos na semana que vem. Vazamento na Bacia de Campos foi anunciado há 9 dias.

Funcionários da petroleira Chevron serão intimados a partir desta sexta-feira (18) para prestar depoimentos no inquérito da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal que apura os responsáveis pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, disse o delegado responsável pelo caso, Fábio Scliar.
De acordo com Scliar, cerca de seis funcionários devem ser ouvidos até a sexta-feira da semana que vem. Os depoimentos devem acontecer na terça, quarta e sexta-feira. O delegado informou, contudo, que como muitos funcionários estão trabalhando na plataforma, que fica no oceano, há a possibilidade de não conseguir ouvi-los já na semana que vem.

A PF já intimou para também depor no inquérito a diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard.
 
Scliar disse que o inquérito busca apurar os responsáveis pelo vazamento. O crime previsto é o de poluição, previsto na lei de crimes ambientais (Lei 9.605/98), explicou o delegado. A pena prevista é de um a cinco anos de prisão.

De acordo com Scliar, técnicos da PF estiveram na plataforma no dia 15 e encontraram divergências sobre o que foi informado pela Chevron sobre o vazamento. Entre elas estão a quantidade de navios que recolhem o óleo no local (a empresa afirmou que são 17 e a PF encontrou apenas um, de acordo com o delegado), o tempo para a selagem do poço e o tamanho da mancha de óleo.

A petroleira comunicou sobre o vazamento no poço no campo de Frade no último dia 10.

Nesta quinta-feira (17), a Chevron afirmou que estimativa sobre o volume de óleo na superfície do oceano causado pelo vazamento caiu para “abaixo de 65 barris”. A estimativa anterior da empresa era de 400 a 650 barris - uma redução de até dez vezes.

A empresa, contudo, não estimou quanto de petróleo foi de fato retirado do mar pelas embarcações que atuam na limpeza da mancha e qual volume que pode ter afundado no oceano.

Ainda na quinta, o Comando de Operações Navais da Marinha informou que a mancha de óleo no campo de Frade aumentou. Mas, de acordo com o órgão, embora a mancha tenha se espalhado, ela ficou menos densa. A expansão, segundo a Marinha, teria ocorido por efeito do vento e da maré, e teria sido detectada por sobrevoos e imagens de satélites.

Fonte: G1
 

IBGE: agrotóxicos em 2º lugar na contaminação da água

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 19 de outubro, um estudo sobre o saneamento básico no país. Nele, um fato soa um tanto quanto curioso: constata que os resíduos de agrotóxicos são a segunda principal fonte de contaminação das águas brasileiras, atrás apenas do esgoto sanitário.

A análise apresenta ainda que, com 6,24%, os agrotóxicos ficaram a frente dos despejos industriais e da atividade mineradora como origens de contaminação. O uso indiscriminado dessas substâncias acaba afetando tanto a vida quanto a saúde da população.

A doutora Silvia Brandalise, presidente do Centro Boldrini, especializado em câncer infantil, localizado em Campinas e professora de Ciências Médicas da Unicamp, diz que por ser um composto derivado de benzeno, o agrotóxico é extremamente prejudicial à saúde, podendo disseminar o câncer. “O agrotóxico, a maior parte deles, tem como matéria-prima básica os derivados de benzeno. Os derivados de benzeno têm como ação importante a quebra de cromátides, que são elementos que compõem o cromossoma. Uma exposição aos derivados de benzeno ou à radiação, você consegue fazer uma mutação. Sendo assim, o câncer e outras doenças, que são mutações sucessivas, vão acontecendo na célula cronicamente exposta a esses produtos”, explica.

A utilização dos agrotóxicos em larga escala na agricultura chegou a tal ponto que é preciso parar com o despejo desses produtos, segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Rosany Bochner. “A verdade é que chegamos a um limite. Não tem mais como falarmos apenas em diminuir ou usar outro tipo. É preciso acabar com o uso. Acreditamos que é necessário até mudar a maneira de como o Brasil lida com a produção de alimentos. Seria uma revolução maior”, afirma a coordenadora.

Outro grande problema apontado por Rosany é a questão dos alimentos geneticamente modificados, pelo fato de utilizarem “muito agrotóxico para o seu cultivo, em especial a soja. Com isso, toda a soja carrega uma quantidade enorme de produtos químicos na sua composição. Sem contar que os produtores que não utilizam os transgênicos, mas possuem agricultores vizinhos que os produzem, acabam por ter suas plantações também contaminadas”, explica.

Ainda segundo a coordenadora, o Brasil se habituou a utilizar a monocultura como forma predominante nas plantações, o que força os agricultores a aplicar os agrotóxicos.

“O que é proposto por especialistas de produção é a agroecologia. Entretanto, esse conceito iria mexer em uma questão cultural, já que hoje você tem todo mundo comendo a mesma coisa o tempo todo. Não há mais a produção de uma fruta, por exemplo, em determinada época do ano, e sim, a produção dela o ano inteiro, por conta da manipulação”, acrescenta Rosany.

Saúde

Chamados pela indústria de “defensivos agrícolas”, o uso de pesticidas ainda podem provocar danos na medula, a ponto de um transplante se fazer necessário. “O defensivo agrícola é um veneno para o homem, pois ele altera o cromossomo da célula. Uma das ações que ele faz no ser humano é diminuir a produção dos glóbulos brancos. Com a queda de glóbulos brancos, a imunidade cai. Isso provoca uma aplasia de medula, quer dizer, a medula óssea não produz mais os elementos do sangue. Nesse cenário, que é uma destruição global da medula óssea, só o transplante de medula pode resolver”, relata Brandalise.

Diversos estudos já comprovaram que foi detectada uma quantidade significativa de agrotóxicos em águas da chuva. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), existem teses que já provaram que essas toxinas foram encontradas no leite materno, o que prejudica na formação do bebê. Tanto para médicos, quanto para especialistas, a fiscalização das leis que regulamentam o uso dos agrotóxicos, e até a extinção deles, é essencial para que a saúde da população seja a prioridade na hora de se produzir um alimento.

Todavia, mesmo as legislações já vigentes que regulam a utilização desses produtos são pouco respeitadas pelo setor. “Existe legislação que proíbe a pulverização com veneno uma árvore que já tem frutos, por exemplo. Mas na prática se vê aviões pulverizando pés de banana, de laranja, etc., já com o fruto na árvore. Ou seja, a quantidade de derivado de benzeno que vai ficar nessa fruta é enorme”, salienta a doutora.

Além do fato de existirem diversos “produtos que estão com a quantidade muito maior de agrotóxico do que seria permitida pela Vigilância Sanitária. Nisso, os consumidores ingerem uma hortaliça ou uma verdura com um altíssimo teor”, enfatiza.

Intimidação

No entanto, apesar de já existirem diversos estudos que relacionam a contaminação da água por venenos agrícolas, Rosany destaca a dificuldade que há em associar causa e efeito nessa questão.

“O Sinitox registrava apenas intoxicações agudas. Contudo, com a contaminação da água, pode-se levar uma população a desenvolver uma desintoxicação que será crônica. O sistema de saúde não irá registrar essa intoxicação como causada pelos agrotóxicos, pois ao longo do tempo é que irão aparecer os problemas. Verificar esse nexo causal, provar que existe essa relação, é muito difícil”, explica.

“É nessa incerteza que as indústrias se beneficiam, porque quando se vai fazer qualquer tipo de denúncia, ela exige que tenha uma comprovação de nexo causal. Como ainda não se tem essa relação, essas empresas acabam entrando na justiça contra quem declarou qualquer coisa, intimidando as pessoas de fazerem qualquer tipo de declaração. E por essa pressão, as pessoas acabam não falando sobre o assunto”, conclui.

Fonte: MST.com

Grandes empresas anunciam adesão à energia de fonte eólica

O Deutsche Bank e a Bloomberg se comprometeram nesta sexta-feira a obter 25% de sua energia dos ventos. Todas passarão a exibir um selo para destacar a adesão à energia eólica.

A ideia do selo, que será denominado "WindMade" (feito de vento), foi anunciada pela primeira vez no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2010

"Acreditamos em dar o exemplo. Aumentamos o uso de energia limpa de 7% para 65% nos últimos quatro anos", afirmou Sabine Miltner, do Deutsche Bank.

"O [selo] WindMade é um passo importante rumo à transparência dos mercados e estamos contentes por nos unirmos a esta nova associação", acrescentou.

As empresas podem usar o selo se pelo menos um quarto de sua energia for eólica. Ele também estabelecerá a proporção de energia eólica na empresa, especificando se sua participação é global, regional ou em m único estabelecimento.

"O governo fez a sua parte e agora depende da comunidade empresarial demonstrar liderança e compromisso com o desenvolvimento de energia limpa. O selo WindMade nos dá um mapa para alcançarmos isto", afirmou Curtis Ravenel, da Bloomberg.

As companhias Method, Better Place, Widex, Droga5, G24 Innovation, Engraw, RenewAire, TTTech, Vestas Wind Systems e PwC DK também fazem parte da iniciativa.

Fonte: A Folha de São Paulo

Relatório do IPCC, da ONU, indica que clima será mais extremo

Um aumento nas ondas de calor, chuvas mais intensas, enchentes e ciclones mais fortes, além de deslizamentos de terra e secas mais severas, devem ocorrer neste século no mundo todo, em decorrência do aquecimento do clima na Terra, disseram em Uganda cientistas da ONU nesta sexta-feira.

O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), da ONU, pediu com urgência aos países que elaborem planos para uma reação a desastres, visando a adaptação ao crescente risco de eventos climáticos extremos ligados às mudanças climáticas provocadas pelo ser humano.
O relatório apresenta probabilidades diferentes para eventos climáticos extremos com base nos cenários das futuras emissões de carbono, mas a questão principal é que o clima extremo deve aumentar.

"É praticamente certo que aumentos na frequência e na magnitude de temperaturas diárias quentes (...) ocorrerão no século 21 em escala global", cita o IPCC. "É muito provável que a duração, frequência e/ou intensidade das fases quentes, ou ondas de calor, aumentem."

Representantes de quase 200 países se reunirão na África do Sul no próximo dia 28 para conversar sobre o clima, tendo como provável resultado um passo apenas modesto rumo a um acordo mais amplo para o corte de emissões de gases de efeito estufa para combater as mudanças climáticas.

A ONU e a AIE (Agência Internacional de Energia) e outras entidades dizem que as promessas globais para cortar as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa não são suficientes para impedir um aumento na temperatura do planeta em até 2 graus Celsius.

Segundo cientistas, ultrapassar esse limite geraria riscos de um clima instável em que os extremos climáticos podem se tornar mais comuns e a produção de alimentos mais difícil.

As emissões mundiais de carbono subiram para uma quantidade recorde em 2010, seguindo a recessão econômica.

De acordo com o relatório do IPCC, o aumento nos níveis dos mares é uma preocupação para pequenas ilhas-Estado, disse o relatório.

A previsão era de que secas, provavelmente a maior preocupação do mundo --considerando o aumento na população que precisará ser alimentada-- vão aumentar.

"Existe uma confiança média de que as secas irão se intensificar no século 21 (...) devido à menor precipitação e/ou um aumento na evapotranspiração". As regiões listadas são o sul da Europa e a região do Mediterrâneo, na Europa central, a região central da América do Norte, a América Central e o México, o Nordeste brasileiro e o sul da África.

Fonte: Folha.com

Quase metade da população da Amazônia está abaixo dos níveis de pobreza

A Pan-Amazônica, onde vivem 34,1 milhões de pessoas (10% da população da América do Sul), está abaixo de níveis de pobreza.

A conclusão é de um estudo do ARA (Articulação Regional da Amazônia) lançado na terça-feira à noite em Belém, no Pará, durante o Fórum Amazônia Sustentável.

O trabalho reúne dados sobre mortalidade, analfabetismo, desmatamento e outros nos nove países da Pan-Amazônia --Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

A situação é mais crítica na Bolívia, onde 60% da população que habita a Amazônia daquele país vive com menos de 0,75 dólar por dia.

Se esse país considerasse a metodologia da ONU para medir a pobreza extrema, que é de US$ 1 diário, a porcentagem seria ainda maior.

"A região amazônica é sempre a mais pobre em todos os países da Pan-Amazônica", disse à Folha Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG Imazon e coordenador da coleta de dados no Brasil.

Para Veríssimo, esse tipo de mapeamento "sem fronteiras" é importante porque a preservação da floresta deve ser feita em conjunto.

"Isso está cada vez mais claro. Não adianta o Brasil preservar o rio Amazonas se a nascente fica no Peru."

O Brasil hoje responde por cerca de 72% das taxas anuais de desmate da floresta, seguido pela Venezuela (12,5%) e pelo Peru (6,5%).

Mas, de acordo com Veríssimo, há um problema generalizado na coleta de dados da região amazônica. A Bolívia, por exemplo, só faz levantamento de desmatamento a cada dez anos.

"Nós avançamos no monitoramento do desmatamento, inclusive por monitoramento paralelo [ao do governo], por pressão social", destacou Marina Silva, que também participou do Fórum.

LONGE DAS METAS

De acordo com o estudo, os países amazônicos estão longe de atingir os Objetivos do Milênio, estabelecidos pela ONU em 2000 e assinado por 191 países --incluindo todos que integram a Pan-Amazônia.

A mortalidade infantil, por exemplo, caiu nos países amazônicos, mas não o suficiente para ser reduzida em dois terços até 2015, como quer a ONU.

Nesse quesito, a Bolívia novamente tem a pior taxa: são 73 mortos antes dos cinco anos a cada mil nascidos vivos --índice acima das regiões mais pobres do mundo. O Brasil tem 27 mortos em mil.

A Bolívia também tem os piores índices de educação. Atualmente, 17% da população boliviana amazônica é analfabeta. A Unesco estabelece 5% como um valor crítico. A taxa do Brasil é de 11% na região.

Fonte: Folha.com

Marina pede moção contra novo Código Florestal

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva pediu que a sociedade se mobilize contra a aprovação do novo Código Florestal, que está em tramitação no Senado.

"Vivemos um momento de retrocesso gravíssimo no licenciamento ambiental e no debate do manejo florestal", disse Marina nesta quarta-feira durante o Fórum Amazônia Sustentável, em Belém (PA).

Ela sugeriu que o fórum faça uma moção contra o texto que foi aprovado na Câmara dos Deputados em maio e que está debate no Senado.

As principais divergências apresentadas envolvem a anistia a quem já tenha desmatado, a regularização das APPs (Áreas de Preservação Permanente) e a participação de Estados no processo de regularização ambiental.

"Eu estou contaminada com o problema do Código Florestal, que é gravíssimo. Espero que o senador Jorge Viana [relator da Comissão do Meio Ambiente no Senado] consiga reverter isso."

O texto-base do novo Código Florestal, apresentado em relatório pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), foi aprovado no último dia 8 pelas comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia do Senado.

"AGENDA DE RETROCESSOS"

De acordo com Marina, o país está vivenciando uma "agenda de retrocessos" na discussão ambiental, marcada também pelos debates sobre as terras indígenas.

Ela citou como exemplo a PEC 215, que está tramitando na Câmara e prevê que o Congresso Nacional tenha competência exclusiva para aprovar a demarcação das terras ocupadas pelos indígenas.

Em outras palavras, as demarcações de terras indígenas e a homologação de terras já demarcadas precisariam passar pelo Congresso, em vez de serem criadas por um ato presidencial.

"Pelo conservadorismo que tem o Congresso em relação aos índios, nunca mais teremos terras indígenas", disse Marina.

Fonte: Folha.com



sábado, 29 de outubro de 2011

Los verdaderos colores de la Economía Verde



A 20 años de la Conferencia de Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y Desarrollo (Cumbre de la Tierra o Eco´92) se realizará una nueva conferencia global, en junio 2012, en Río de Janeiro, Brasil. Río+20, como se le llama, ocurrirá en medio de las mayores crisis globales del siglo: devastación ambiental y erosión de la biodiversidad, crisis climática, crisis económica y financiera, crisis alimentaria, crisis de salud.

Aunque Río+20 debería revisar los compromisos asumidos, el estado de los problemas y estrategias reales para resolverlos, los temas en la agenda son economía verde y nuevas formas de gobernanza ambiental global. Si el término “desarrollo sustentable”, era ambiguo y se prestó a abundante manipulación, la sustitución por “economía verde” señala un enfoque aún más estrecho, que privilegia a quienes dominan los mercados.

Lejos de una reunión anodina de Naciones Unidas, Río+20 se anuncia como un escenario de disputa, porque podría ser clave para un reordenamiento discursivo y geopolítico global, consolidando nuevos mercados financieros con la naturaleza y más control oligopólico de los recursos naturales, legitimando nuevas tecnologías de alto riesgo y creando las bases de una nueva estructura de gobernanza ambiental global que facilite el avance de una “economía verde” en clave empresarial.

¿A qué se refiere la economía verde?

Para muchas personas y organizaciones, “economía verde” puede tener um significado positivo, asociado a producción agrícola orgánica, energias renovables, tecnologías limpias. En los movimientos existe una diversidad de propuestas de economías alternativas, socialmente justas, culturalmente apropiadas y ecológicamente sustentables. Sin embargo, la noción de “economía verde” que se está manejando desde los gobiernos va por un camino opuesto. Se trata básicamente de renovar el capitalismo frente a lãs crisis, aumentando las bases de explotación y privatización de la naturaleza.

Ya en la Eco´92 las trasnacionales empleaban maquillaje verde. Intentaban hacer una cortina de humo sobre su responsabilidad en la devastación ambiental, apoyando proyectos de conservación o “educación” ambiental, sellos verdes, etc. Pero sobre todo, afirmando que no había necesidad de cambiar el modelo de producción y consumo, ya que con tecnología para mayor eficiencia energética y otras, se podía llegar a soluciones de "ganar-ganar", donde las empresas seguirían lucrando mientras mejoraban el ambiente con negocios “verdes”.

El planteo de la nueva economía verde sigue este camino, pero es más preocupante, tanto por la expansión de la mercantilización de la naturaleza y los ecosistemas –y el impacto en los pueblos que dependen de ellos­–, como porque las nuevas tecnologías a las que se refieren ahora, explícitamente o no, –como nanotecnología, transgénicos, biologia sintética­, geoingeniería– implican enormes riesgos.

Oficialmente verde

El concepto “economía verde” es ambiguo y no hay consenso tampoco entre los gobiernos. Un antecedente recurrente en las discusiones oficiales hacia Río+20 es la Iniciativa sobre Economía Verde del Programa de Naciones Unidas para el Medio Ambiente (PNUMA). Allí se enmarca el “Nuevo acuerdo verde global”, planteado por ese organismo en 2008, del que se hicieron eco Obama y otros mandatarios, como una respuesta de “ganar-ganar” a las crisis. Plantea enfrentar la crisis financiera y climática redirigiendo lãs inversiones al “capital natural”, dando estímulos fiscales a empresas para energías “limpias” (como agrocombustibles), ampliar los mercados de carbono. Brasil, que ya tenía amplias inversiones en esos sectores y muchos recursos naturales para meter a los mercados, propuso que la economía verde fuera tema central de la conferencia Río+20, lo cual fue posteriormente aprobado por Naciones Unidas.

Dentro de la Iniciativa sobre Economía Verde, el PNUMA publicó en 2009 el informe del proyecto TEEB (*La economía de los ecosistemas y la biodiversidad*, por sus siglas en inglés) y en 2011, el extenso reporte “Hacia una economía verde”, dividido en tres secciones: inversiones en capital natural (agricultura, agua, bosques, pesca); inversión en eficiencia energética y uso de recursos (energías renovables, industria manufacturera, basura, construcción, transporte, turismo, ciudades) y transición a la economía verde (financiamiento y condiciones políticas favorables).

Significativamente, tanto el informe sobre economía verde como el TEEB, son coordinados por Pavan Sukhdev, un alto ejecutivo de la banca trasnacional. Reflejan su lógica de poner precio –aunque lo llamen valor– a toda la naturaleza y sus funciones. Sukhdev es ejecutivo del Deutsche Bank y trabajó anteriormente el tema de la valuación económica de la biodiversidad para el Foro Económico de Davos.

El proyecto TEEB surgió en 2007 a partir de una reunión del G8+5. Los cinco gobiernos “agregados” a las potencias globales, eran Brasil, China, India, México y Sudáfrica –todos gobiernos de países megadiversos interesados en comerciar con la biodiversidad de sus países. Con la crisis financiera, La mercantilización de la naturaleza que entraña TEEB, destaca como tabla de salvación frente al naufragio de los mercados especulativos. Sukhdev llama a la biodiversidad un nuevo "mercado multibillonario".

Estos y otros planteos similares sobre economía verde se apoyan en três grandes pilares: a) una mayor mercantilización y privatización de La naturaleza y los ecosistemas, integrando sus funciones como “servicios” a los mercados financieros, b) la promoción de nuevas tecnologías y la vasta expansión del uso de biomasa y c) un marco de políticas que permitan y premien todo eso, es decir lo que los gobiernos y las sociedades deberíamos hacer para que las empresas puedan hacer ganancias con los dos anteriores.

Privatizando el aire


Un componente temprano del paquete propuesto por la economía verde es El pago por servicios ambientales (PSA) o servicios ecosistémicos. Incluyen El pago por servicios ambientales forestales, hidrológicos, paisajísticos y de bioprospección (biopiratería). Conllevan la redefinición de las funciones de la naturaleza y la biodiversidad como “servicios”, para poder mercantilizarlos.[1] Los PSA han significado muchos conflictos entre grupos indígenas, campesinos, dentro y entre comunidades, ya que promueven La competencia por quien llegue primero a comerciar bienes compartidos. Los esquemas de PSA requirieron inventar “dueños” (lugar que ocuparon ONG o grupos dentro de las comunidades) de las funciones ecosistémicas, de los conocimientos sobre biodiversidad, de los cuidados tradicionales del agua, cuencas y bosques, porque siempre han sido bienes comunes y colectivos que no se podían mercantilizar.

En muchos casos, los PSA comenzaron con préstamos del Banco Mundial –deuda pública a pagar por todos– con el objetivo expreso de crear mercados de servicios ambientales. A éstos siguieron mercados secundarios de servicios ambientales, altamente especulativos. Los PSA significaron que una transnacional –que quizá nunca estuvo en el lugar– pueda terminar decidiendo sobre el territorio, el agua o la biodiversidad de comunidades indígenas y campesinas de países del Sur.

Basados en esas experiencias, surgen los programas REDD (Reducción de Emisiones por Deforestación y Degradación evitada), cuya aprobación en El Convenio de Cambio Climático en diciembre 2010, abrió de un plumazo todos los bosques del planeta a los mercados financieros especulativos.

La hipótesis de REDD es que para parar la deforestación –factor grave de crisis climática– hay que compensar económicamente a los que deforestan. No evitar la deforestación, sino pagar a los que lo hacen. Por eso se llama deforestación "evitada": primero hay que deforestar, para luego vender El dejar de hacerlo. Otro típico escenario de "ganar-ganar". Quienes más se benefician de estos programas, son los que más bosque y selva hayan destruido. Y que podrán seguir haciéndolo, ya que REDD acepta que dejando un 10 por ciento del área que piensan deforestar, puedan recibir créditos de carbono o pagos por "deforestación evitada".

Al programa original se agregaron compensaciones por "acrecentar los inventarios de carbono" y por "conservación" y "manejo sustentable Del bosque". En el primer caso, se trata de luego de deforestar, plantar monocultivos de árboles, otra fuente de lucro adicional, con fuertes impactos ambientales y sobre las comunidades. Pero lo más perverso de este mecanismo, es lo que llaman "conservación y manejo sustentable", porque apunta directamente a despojar a las comunidades indígenas y forestales de sus derechos y territorios, ofreciéndoles pago por el aire de sus bosques.

Como REDD "se paga", lo que se haga con el bosque y su capacidad de absorción de dióxido de carbono debe ser "verificable", es decir, definido por agentes externos a las comunidades, que deben pagar caro a "expertos", para que les digan qué pueden hacer o no en sus propios bosques y territorios. Las empresas altamente contaminantes y grandes emisores de gases de efecto invernadero compran la capacidad de absorción de carbono de los bosques, para seguir contaminando exactamente igual que antes, pero ahora con la justificación (no probada científicamente, pero muy lucrativa) de que en alguna parte del mundo habrá un bosque que absorberá sus emisiones. A su vez, los bonos de carbono obtenidos entran en un mercado secundario donde la misma empresa puede revenderlos a otros por un precio mayor, recuperar toda su inversión y además ganar dinero extra. El mayor volumen monetario de los mercados de carbono es en especulación secundaria, es decir la venta y re-venta de, literalmente, puro aire.

En general, todos los esquemas de comercio de carbono se dirigen a mercados especulativos, que es un mercado mucho mayor que los mercados primarios. Ahora está también en juego, en el Convenio de Cambio Climático, La inclusión de los suelos y la agricultura –que es base de la alimentación mundial– como un gran sumidero de carbono a meter en la especulación financiera.

Algunas organizaciones creen que estos programas son un reconocimiento a los aportes de comunidades indígenas y campesinas por cuidar el ambiente y frenar el cambio climático, y que por eso está bien que existan. La experiencia demuestra que los impactos sobre las comunidades de estos esquemas de mercantilización de la naturaleza y sus funciones, han sido mucho peores que cualquier pago que reciban algunos. Pero lo más grave, es la aceptación de que los ecosistemas, la naturaleza, la biodiversidad, los saberes, se transformen en mercancías al mejor postor, dejando a La arbitrariedad y afán de lucro de las empresas que decida si se reconoce um aporte esencial para la existencia de todos.

En lugar de un reconocimiento social auténtico del papel fundamental, histórico y presente, de las comunidades indígenas, campesinas y locales en el cuidado de la biodiversidad y la producción de alimentos diversos y sanos para la humanidad, que debería traducirse en el apoyo al ejercicio efectivo de sus derechos integrales –incluyendo derecho a la tierra y territorio, a las culturas y formas diversas de economía y política–, la economía verde privatiza y mercantiliza la naturaleza, sustituyendo los
derechos por transacciones comerciales, y lo que deberían ser políticas públicas, por una competencia de mercado.

Tsunami tecnológico ¿verde?

El otro pilar fundamental de la economía verde se basa en el uso de nuevas tecnologías. La propuesta tecnológica es particularmente importante frente a las crisis, porque revitaliza la industria productiva con fuentes de ganancias extraordinarias y afirma la ilusión de que no es necesario revisar las causas de las crisis: todo se puede resolver con más tecnología.

Las patentes sobre tecnologías –también las necesarias para energias renovables, como eólica y solar– están en su casi totalidad en manos de grandes empresas, que defienden ferozmente sus monopolios y no están dispuestas a discutir la derogación de éstas, en ninguna economía, verde o de otro color. Menos aún si se trata justamente de aumentar sus mercados.

De todas formas, ni siquiera estas energías consideradas amigables con el ambiente son apropiadas en todas partes y mucho menos cuando se aplican como megaproyectos de trasnacionales, abusando de territorios indígenas. Además, implican a menudo el uso de materiales basados en nanotecnología, una industria ampliamente difundida, que pese a cientos de estudios que muestran toxicidad de nanopartículas y nanocompuestos en salud y ambiente, no están reguladas en ninguna parte del mundo, ni se conoce el verdadero costo energético en el ciclo de vida completo de los productos nanotecnológicos, ni la basura tóxica que generan, entre otros factores.

Otra nueva tecnología subyacente a propuestas de la economía verde es la biotecnología, que implica desde más cultivos transgénicos para agrocombustibles y “resistentes al clima”, hasta biología sintética, es decir la construcción en laboratorio de genes, pasos metábolicos o microbios sintéticos enteros, para producir nuevas sustancias industriales. Los usos más inmediatos refieren al procesamiento de celulosa, que antes no era viable por demasiado ineficiente y costosa. Con microbios producto de la biología sintética, es posible procesar cualquier fuente de carbohidratos –como celulosa– para hacer polímeros que se pueden convertir en combustibles, farmacéuticos, plásticos u otras sustancias industriales. De pronto, toda la naturaleza, todo lo que esté vivo o lo haya estado, es visto como “biomasa”, la nueva materia prima universal para procesar con biología sintética. La disputa industrial por acaparar cualquier fuente de biomasa natural o cultivada está en marcha y es una de las mayores amenazas nuevas a la naturaleza y los pueblos.[2]

También propuestas tecnológicas como la geoingeniería, es decir La manipulación deliberada del clima del planeta, convergen en la economia verde con algunas de sus tecnologías, como el uso masivo de biomasa para quemar y fertilizar el suelo como sumidero de carbono (*biochar*), las grandes plantaciones de monocultivos o la fertilización de los mares para absorber carbono.

Frente a los riesgos de estas nuevas tecnologías, el grupo ETC plantea establecer un mecanismo multilateral de evaluación previa ambiental, social, económica y cultural de las tecnologías, con participación real de la sociedad civil y los potenciales afectados, antes de que lleguen a los mercados. Tecnologías extremadamente peligrosas y con alto potencial bélico, como la geoingeniería, deben ser prohibidas.

En lugar de esta “economía verde”, lo que necesitamos es justicia social y ambiental. En todo el mundo los movimientos sociales tienen diversidad de propuestas para ello. Y además de propuestas, contundentes realidades, como que la producción campesina e indígena da de comer a la mayoría del planeta y ya está “enfriando” el planeta.

Silvia Ribeiro es miembro del Grupo ETC





Senado aprova lei que enfraquece Ibama

O Senado aprovou ontem por 49 votos a 7 um projeto de lei que, na prática, tira do Ibama o poder de multar desmatamentos ilegais.

O projeto regulamenta o artigo 23 da Constituição, que define as competências de União, Estados e Municípios na fiscalização de crimes ambientais.

O texto original, do deputado Sarney Filho (PV-MA), visava estabelecer atribuições dos entes federativos para melhorar o combate ao tráfico de animais. Porém, uma emenda de última hora inserida na Câmara alterou o texto, estabelecendo que a autuação só poderia ser feita pelo órgão licenciador. Como o licenciamento para desmatamentos é feito pelos Estados, o Ibama, na prática, ficaria sem poder de autuar.

No ano passado, a então senadora Marina Silva (PV-AC) tentou corrigir a distorção, apresentando três emendas ao projeto. Todas elas foram rejeitadas na Comissão de Constituição e Justiça pela senadora ruralista Kátia Abreu (PSD-TO), relatora na CCJ.

Tanto Marina quanto seus sucessores no Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc e Izabella Teixeira, tentaram barrar a proposta (batizada de PLC no. 1), por entenderem que os Estados e municípios são menos estruturados para fiscalizar e/ou mais sujeitos a pressões políticas do que o Ibama.

A bancada ruralista comemorou a aprovação.

"Vamos tirar essas prerrogativas ditatoriais do Ibama. O Ibama quer parar o Brasil, não vai parar, não!", vociferou Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

"Habituou-se no Brasil a achar que os órgãos federais são mais honestos que os estaduais e municipais. Não podemos tratar a Federação desta forma. O Ibama não é a Santa Sé, ele não está acima de qualquer suspeita, não", disse Kátia Abreu.

Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, disse que a proposta é um retrocesso.

"Num momento em que nós estamos fazendo um grande esforço para votar um Código Florestal que reduza desmatamento no nosso país, reduzir as prerrogativas do Ibama me parece um erro grave."

Fonte: Folha.com

Governo define versão preliminar de propostas para a Rio+20

O governo federal apresentou na quarta-feira uma versão preliminar do documento com propostas para a Conferência Rio+20.

Entre as sugestões estão a criação de um programa de proteção socioambiental global, um pacto global para produção e consumo sustentáveis e um protocolo verde internacional para o setor financeiro. O país também quer financiar estudos e pesquisas sobre desenvolvimento sustentável.

O relatório, apresentado durante a terceira reunião da Comissão Nacional Organizadora da conferência, é resultado de uma consulta pública promovida pelo Ministério do Meio Ambiente para coletar subsídios à elaboração do documento que o Brasil submeterá à Organização das Nações Unidas no próximo dia 1º.

FASE DE NEGOCIAÇÕES

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o documento é o primeiro momento do processo. "A partir daí vamos de fato dar início ao processo internacional de negociação. Foi uma orientação da presidenta Dilma que o Brasil assuma uma posição de liderança não só como anfitrião, mas com a construção de um discurso político importante."

De acordo com o embaixador Luiz Humberto Figueiredo, o documento será usado para a elaboração do que as Nações Unidas chama de Projeto Zero, em cima do qual os países vão negociar os documentos finais da conferência.

"O documento que surge desse esforço não é um documento final, mas uma base na qual vamos trabalhar daqui até a Rio+20, e que será enriquecido pelo debate no Brasil e internacionalmente", disse ele.

Fonte: Folha.com











sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Só 11,5% dos brasileiros sabem o que é a Rio+20



Só 11,5% dos brasileiros sabem o que é a Rio+20, reunião sobre economia verde a ser realizada em oito meses, que comemorará os 20 anos da Eco-92 e receberá representantes de quase 200 países.

  

Para avaliar o nível de conhecimento e interesse da população sobre o evento, o Instituto Vitae Civilis fez uma pesquisa em parceria com a Market Analysis - empresa filiada à rede internacional Globe scan, que estuda questões ligadas à *Sustentabilidade*.
  
A enquete mostrou que dois em cada três entrevistados não ouviram nada sobre a Rio+20 e 19,3% dizem ter tido pouco contato com o evento. Somente 4,4% afirmam ter ouvido "muito" a respeito e 7,1% ouviram "alguma coisa" — ou seja, apenas 11,5% estão familiarizados com a Rio+20.
Para Fabian Echegaray, diretor da Market Analysis, isso "denota que a comunicação do evento só atinge uma minoria de brasileiros com maior escolaridade e já mobilizados ao redor destes temas".
  
Porém, entre essa minoria o interesse é alto: 73% estão interessados nos temas que serão discutidos. Além disso, 92% deles consideram as*Mudanças Climáticas* como um problema muito grave.
  
A pesquisa foi feita por telefone no fim de agosto com 806 pessoas de 18 a 69 anos, de várias regiões do Brasil. Dos entrevistados, 4% pertence à classe A, 29% à B, 49% à C e 18% às classes D e E. A população mais consciente está no Recife e homens se revelam mais expostos à divulgação do evento que mulheres.
Na opinião de Aron Belinky, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civilis, a dificuldade é que, por um lado, há um grande ceticismo sobre a ação e a capacidade dos governos e da Organização das Nações Unidas (ONU) e, por outro, os temassão complexos,de difícilassimilação pelo público em geral. "Mas isso poderia ser superado sehouvesse da parte do governo brasileiro uma sinalização mais clara sobre o que acontecerá, um maior empenho em dar visibilidade a um evento histórico", afirma Belinky.
 O fantasma do fracasso da Conferência do Clima de Copenhague (COP-15), que não conseguiu produzir um acordo climático ambicioso, também atrapalha a Rio+20, segundo ele. "O medo de se repetir o que ocorreu na COP-15 é muito grande. Mas essa é uma postura errada: ao agir timidamente na criação de expectativas sobre a Rio+20, o governo brasileiro faz o jogo de quem quer esvaziá-la e perde a oportunidade de valorizar seu papel de liderança inovadora."
O Ministério das Relações Exteriores foi procurado, mas não respondeu.
  
Pelo sucesso. Para Denise Hamú, coordenadora do Programa nas Nações Unidas para o *Meio Ambiente *(PNUMA) e ex-secretária-geral da WWF-Brasil, "a Rio+20 tem de dar certo". Segundo ela, a conferência será um teste de força para o multilateralismo e uma forma de superar Copenhague. Do encontro deve sair uma rota para os países rumo à economia verde.
Para Belinky, a reunião será histórica, independentemente do que ocorrer no processo oficial, da ONU e dos governos. "A Rio+20 já está acontecendo, com milhares de pessoas e centenas de organizações se preparando para dar seu recado." Segundo ele, um dos movimentos que pode gerar grandes repercussões é a Geração Rio+20. Uma de suas ações é um abaixo-assinado global para chamar a atenção da população, dos chefes de Estado e das lideranças globais para a conferência.
  
PARA ENTENDER
 Um dos objetivos da Rio+20 é garantir um compromisso político para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso alcançado nessas duas décadas e verificar as lacunas. O Brasil defende a fixação de metas globais para o  desenvolvimento sustentável. A ideia é fazer um pacto entre chefes de Estado para estabelecer metas que direcionem a uma economia verde.
Estímulo a uso de *Energia Limpa* deve marcar conferência
  
Os organizadores da Rio+20 pretendem estabelecer metas inéditas para estimular a produção de energia renovável e reduzir pela metade o consumo de outras fontes até 2030. Será apresentada uma lista de propostas para o desenvolvimento sustentável que devem ser adotadas pelos países participantes - sob o modelo das Metas do Milênio.
  
"É hora de criar um plano de ação. Na Eco-92, debatemos os princípios. Agora, vamos agir", disse ao Estado o coordenador executivo da conferência, Brice Lalonde. Ex-ministro do *Meio Ambiente* da França, Lalonde prevê acordos de cooperação técnica e financeira entre governos e investidores para difundir equipamentos de produção de *Energia Limpa*. O objetivo é dobrar a parcela representada por fontes renováveis na matriz energética e acelerar o ritmo de redução do consumo de energia no planeta.
  
Para ele, o incentivo a fontes de *Energia Limpa* deve ser a principal alternativa aos polêmicos debates sobre metas de redução da emissão de gases-estufa. "É mais fácil incentivar um país a produzir energia a partir de fontes renováveis que convencê-lo a reduzir *Emissões*", avaliou.
Lalonde sugere que o Brasil deixe de agir como porta-voz dos países em desenvolvimento e passe a se comportar como líder mundial, em novo patamar. Ele diz que a postura cautelosa da diplomacia brasileira evita que o País imponha sua agenda aos países desenvolvidos.
  
"Países como o Brasil eram porta-vozes dos países pobres, mas agora são alguns dos principais gestores do planeta", afirmou. "O desenvolvimento sustentável é mais importante para o pobre que para o rico. Pode ser caro exigir que os pobres protejam a natureza, mas é mais caro não preservá-la."
  
Para Lalonde, o papel de anfitrião do Brasil pode ser afetado pelos debates da revisão do *Código Florestal*. "É importante para a imagem internacional do Brasil encontrar um jeito de sair desse problema, tendo certeza das consequências desse debate. Se essa revisão for aprovada, os compromissos internacionais do Brasil deixarão de ser atingidos?"
  
Jacqueline Guerreiro
Educadora Ambiental