Executivo da petroleira diz que suspensão de autorização para perfurar no País foi desnecessária, mas não apelará à Justiça. O presidente da Chevron para a África e a América Latina, Ali Moshiri, afirmou ontem esperar que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) reconsidere a punição imposta à empresa americana, que teve sua autorização para perfuração suspensa no Brasil.
"Foi desnecessário. A Chevron está aqui desde 1915. Dos meus 35 anos de carreira, 15 foram devotados a projetos no Brasil. A carta que chama a Chevron de negligente foi prematura", afirmou o iraniano, que diz ter sido "surpreendido" pelo órgão regulador. Ele e o presidente da unidade de negócios para a América Latina, Don Stelling, chegaram ao Brasil na terça-feira para contornar a crise.
Segundo Moshiri, a empresa não vai recorrer à Justiça, por acreditar que pode resolver problemas com "bons relacionamentos". "Consideramos que temos um bom relacionamento com o governo brasileiro, ou quase todo ele", brincou. Moshiri afirmou que as causas do acidente ainda estão sob investigação e negou que a perfuração tenha invadido o Campo de Roncador, operado pela Petrobrás. Ele afirmou que é muito difícil fazer previsões geológicas à profundidade de 1.211 metros.
"A Chevron garante que tem tecnologia e peritos, mas sempre se trata de uma previsão." Ele disse que a decisão da ANP de punir a empresa foi tomada sem que tenha havido "uma boa discussão técnica".
Moshiri lembrou que 11 poços já haviam sido perfurados com a mesma tecnologia. O plano inicial era perfurar mais cinco poços injetores, um poço produtor e um poço para o pré-sal.
Moshiri explicou que o poço onde houve o vazamento não é segurado. A empresa havia investido US$ 20 milhões na perfuração e vai gastar mais US$ 25 milhões para encerrar as atividades dele. A segunda etapa da cementação ainda está em estudos com a ANP. A Chevron desenvolveu no Brasil um equipamento que será usado para coletar as pequenas gotas de óleo que ainda escapam das fissuras, no Campo do Frade. Dispositivo similar já foi usado no Golfo do México.
A Chevron investiu US$ 2 bilhões no Brasil e tem planos de investir mais US$ 3 bilhões nos próximos três anos, se a decisão da ANP for revista, segundo Moshiri.
A entrevista coletiva concedida pelo executivo transcorreu em um clima bem mais ameno que as coletivas anteriores. Ele negou que a empresa americana tenha reagido com arrogância aos primeiros momentos após a constatação do vazamento. "A última coisa que se pode dizer sobre minha empresa é que é arrogante. Não somos. Com toda sinceridade, tentamos agir para resolver o problema. Transparência é importante, mas precisávamos ir atrás das informações corretas", disse.
Moshiri negou que a empresa tenha manipulado vídeos e omitido informações à ANP. O presidente da Chevron Brasil, George Buck, informou que houve uma dificuldade técnica para fazer o download com as imagens do acidente. "Tiramos fotografias que têm peso (eletrônico) menor para ser transmitida. Apresentamos toda a documentação às autoridades", afirmou
Fonte: O Estadão.com
"Foi desnecessário. A Chevron está aqui desde 1915. Dos meus 35 anos de carreira, 15 foram devotados a projetos no Brasil. A carta que chama a Chevron de negligente foi prematura", afirmou o iraniano, que diz ter sido "surpreendido" pelo órgão regulador. Ele e o presidente da unidade de negócios para a América Latina, Don Stelling, chegaram ao Brasil na terça-feira para contornar a crise.
Segundo Moshiri, a empresa não vai recorrer à Justiça, por acreditar que pode resolver problemas com "bons relacionamentos". "Consideramos que temos um bom relacionamento com o governo brasileiro, ou quase todo ele", brincou. Moshiri afirmou que as causas do acidente ainda estão sob investigação e negou que a perfuração tenha invadido o Campo de Roncador, operado pela Petrobrás. Ele afirmou que é muito difícil fazer previsões geológicas à profundidade de 1.211 metros.
"A Chevron garante que tem tecnologia e peritos, mas sempre se trata de uma previsão." Ele disse que a decisão da ANP de punir a empresa foi tomada sem que tenha havido "uma boa discussão técnica".
Moshiri lembrou que 11 poços já haviam sido perfurados com a mesma tecnologia. O plano inicial era perfurar mais cinco poços injetores, um poço produtor e um poço para o pré-sal.
Moshiri explicou que o poço onde houve o vazamento não é segurado. A empresa havia investido US$ 20 milhões na perfuração e vai gastar mais US$ 25 milhões para encerrar as atividades dele. A segunda etapa da cementação ainda está em estudos com a ANP. A Chevron desenvolveu no Brasil um equipamento que será usado para coletar as pequenas gotas de óleo que ainda escapam das fissuras, no Campo do Frade. Dispositivo similar já foi usado no Golfo do México.
A Chevron investiu US$ 2 bilhões no Brasil e tem planos de investir mais US$ 3 bilhões nos próximos três anos, se a decisão da ANP for revista, segundo Moshiri.
A entrevista coletiva concedida pelo executivo transcorreu em um clima bem mais ameno que as coletivas anteriores. Ele negou que a empresa americana tenha reagido com arrogância aos primeiros momentos após a constatação do vazamento. "A última coisa que se pode dizer sobre minha empresa é que é arrogante. Não somos. Com toda sinceridade, tentamos agir para resolver o problema. Transparência é importante, mas precisávamos ir atrás das informações corretas", disse.
Moshiri negou que a empresa tenha manipulado vídeos e omitido informações à ANP. O presidente da Chevron Brasil, George Buck, informou que houve uma dificuldade técnica para fazer o download com as imagens do acidente. "Tiramos fotografias que têm peso (eletrônico) menor para ser transmitida. Apresentamos toda a documentação às autoridades", afirmou
Fonte: O Estadão.com
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