sexta-feira, 26 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
A Importância da Educação Ambiental
Educação ambiental é aquela destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente.
A educação ambiental pode ocorrer dentro das escolas, empresas, universidades, repartições públicas, etc. Esta educação pode ser desenvolvida por órgãos do governo ou por entidades ligadas ao meio ambiente.
A educação ambiental deve estar presente dentro de todos os níveis educacionais, como o objetivo de atingir todos os alunos em fase escolar. Os professores podem desenvolver projetos ambientais e trabalhar com conceitos e conhecimentos voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
No Brasil, existe uma lei específica que trata da educação ambiental. A Lei número 9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, instituindo a política nacional de educação ambiental.
Você sabia?
- Comemora-se em 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia.
- Comemora-se em 15 de outubro o Dia do Educador Ambiental.
Fonte: Sua Pesquisa
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Dia do Índio- Censo 2010: população indígena é de 896,9 mil, tem 305 etnias e fala 274 idiomas
No Censo 2010, o IBGE aprimorou a
investigação sobre a população indígena no país, investigando o
pertencimento étnico e introduzindo critérios de identificação
internacionalmente reconhecidos, como a língua falada no domicílio e a
localização geográfica. Foram coletadas informações tanto da população
residente nas terras indígenas (fossem indígenas declarados ou não)
quanto indígenas declarados fora delas. Ao todo, foram registrados 896,9
mil indígenas, 36,2% em área urbana e 63,8% na área rural. O total
inclui os 817,9 mil indígenas declarados no quesito cor ou raça do Censo
2010 (e que servem de base de comparações com os Censos de 1991 e 2000)
e também as 78,9 mil pessoas que residiam em terras indígenas e se
declararam de outra cor ou raça (principalmente pardos, 67,5%), mas se
consideravam “indígenas” de acordo com aspectos como tradições,
costumes, cultura e antepassados.
Também foram identificadas 505 terras indígenas,
cujo processo de identificação teve a parceria da Fundação Nacional do
Índio (FUNAI) no aperfeiçoamento da cartografia.
Essas terras representam 12,5% do território
brasileiro (106,7 milhões de hectares), onde residiam 517,4 mil
indígenas (57,7% do total). Apenas seis terras tinham mais de 10 mil
indígenas, 107 tinham entre mais de mil e 10 mil, 291 tinham entre mais
de cem e mil e em 83 residiam até cem indígenas. A terra com maior
população indígena é Yanomami, no Amazonas e em Roraima, com 25,7 mil
indígenas.
Foi observado equilíbrio entre os sexos para o
total de indígenas (100,5 homens para cada 100 mulheres), com mais
mulheres nas áreas urbanas e mais homens nas rurais. Porém, percebe-se
um declínio no predomínio masculino nas áreas rurais entre 1991 e 2010,
especialmente no Sudeste (de 117,5 para 106,9) Norte (de 113,2 para
108,1) e Centro-Oeste (de 107,4 para 103,4).
A pirâmide etária indígena tem a base larga e vai
se reduzindo com a idade, em um padrão que reflete suas altas taxas de
fecundidade e mortalidade, bastante influenciadas pela população rural.
Em 2010, havia 71,8 indígenas menores de 15 anos ou de 65 anos ou mais
de idade para cada 100 ativos. Já para os não indígenas, essa relação
correspondia a 45,8 inativos para cada 100 em idade provável de
atividade.
Na área rural, a proporção de indígenas na faixa
etária de 0 a 14 anos (45,0%) era o dobro da área urbana (22,1%), com o
inverso acontecendo na faixa de 65 anos ou mais (4,3% na rural e 7,0% na
urbana). A pirâmide etária dos indígenas residentes fora das terras
indígenas indica baixa fecundidade e mortalidade. Já para os indígenas
residentes nas terras, a pirâmide etária ainda é resultante de uma alta
natalidade e mortalidade. Metade da população indígena tinha até 22,1
anos de idade. Nas terras indígenas, o índice foi de 17,4 anos e, fora
delas, 29,2 anos.
O Censo 2010 investigou pela primeira vez o
número de etnias indígenas (comunidades definidas por afinidades
linguísticas, culturais e sociais), encontrando 305 etnias, das quais a
maior é a Tikúna, com 6,8% da população indígena. Também foram
identificadas 274 línguas indígenas. Dos indígenas com 5 anos ou mais de
idade 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.
Mesmo com uma taxa de alfabetização mais alta que
em 2000, a população indígena ainda tem nível educacional mais baixo
que o da população não indígena, especialmente na área rural. Nas terras
indígenas, nos grupos etários acima dos 50 anos, a taxa de
analfabetismo é superior à de alfabetização.
Entre os indígenas, 6,2% não tinham nenhum tipo
de registro de nascimento, mas 67,8% eram registrados em cartório. Entre
as crianças indígenas nas áreas urbanas, as taxas são próximas às da
população em geral, ambas acima dos 90%.
A análise de rendimentos comprovou a necessidade
de se ter um olhar diferenciado sobre os indígenas: 52,9% deles não
tinham qualquer tipo de rendimento, proporção ainda maior nas áreas
rurais (65,7%); porém, vários fatores dificultam a obtenção de
informações sobre o rendimento dos trabalhadores indígenas: muitos
trabalhos são feitos coletivamente, lazer e trabalho não são facilmente
separáveis e a relação com a terra tem enorme significado, sem a noção
de propriedade privada.
Em 2010, 83,0% das pessoas indígenas de 10 anos
ou mais de idade recebiam até um salário mínimo ou não tinham
rendimentos, sendo o maior percentual encontrado na região Norte
(92,6%), onde 25,7% ganhavam até um salário mínimo e 66,9% eram sem
rendimento. Em todo o país, 1,5% da população indígena com 10 anos ou
mais de idade ganhava mais de cinco salários mínimos, percentual que
caía para 0,2% nas terras indígenas.
Somente 12,6% dos domicílios eram do tipo “oca ou
maloca”, enquanto que, no restante, predominava o tipo “casa”. Mesmo
nas terras indígenas, ocas e malocas não eram muito comuns: em apenas
2,9% das terras, todos os domicílios eram desse tipo e, em 58,7% das
terras, elas não foram observadas.
Terras indígenas em 2010 correspondiam a 12,5% do território nacional
No âmbito do Censo 2010, as 505 terras indígenas
reconhecidas compreendiam 12,5% do território brasileiro (106.739.926
hectares), com significativa concentração na Amazônia Legal. Foram
consideradas “terras indígenas” as que estavam em uma de quatro
situações: declaradas (com Portaria Declaratória e aguardando demarcação), homologadas (já demarcadas com limites homologados), regularizadas (que, após a homologação, foram registradas em cartório) e as reservas indígenas
(terras doadas por terceiros, adquiridas ou desapropriadas pela União).
No momento do Censo, o processo de demarcação encontrava-se ainda em
curso para 182 terras.
Em 2010, o Brasil tinha seis terras indígenas com
mais de 10 mil indígenas, 107 entre mais de mil e 10 mil, 291 entre mais
de cem e mil e 83 com até cem indígenas. A terra com maior população
indígena é Yanomami, localizada no Amazonas e em Roraima, com 25,7 mil
indígenas, 5% do total.
Cartograma – Número de terras indígenas e superfície, segundo a situação fundiária
78,9 mil pessoas se declararam de outra cor ou raça, mas se consideravam indígenas
A população indígena residente no Brasil
contabilizada pelo quesito cor ou raça foi de 817,9 mil pessoas. Esse é o
número usado pelo IBGE para comparações com os Censos 1991 e 2000. Além
delas, foram também agregadas ao grupo as pessoas que residiam em
terras indígenas e se declararam de outra cor ou raça, mas se
consideravam indígenas de acordo com tradições, costumes, cultura e
antepassados, entre outros aspectos. Esse contingente somou 78,9 mil
pessoas (um acréscimo de 9,7% sobre o total de indígenas do quesito cor
ou raça), resultando em um total de 896,9 mil indígenas em todo o país,
dos quais 36,2% residiam em área urbana e 63,8% na área rural. Entre as
regiões, o maior contingente ficava na região Norte, 342,8 mil indígenas
e o menor no Sul, 78,8 mil. Um total de 517,4 mil (57,7% do total
nacional) residiam em terras indígenas, dos quais 251,9 mil (48,7%)
estavam na região Norte. Considerando a população indígena residente
fora das terras, a maior concentração foi encontrada no Nordeste, 126,6
mil.
Pardos eram 67,5% das pessoas de outra cor ou raça que se consideravam indígenas
Nas 488 terras indígenas onde foi captada informação
sobre a população residente, as pessoas que se declararam como indígena
no quesito cor ou raça, 438,4 mil, correspondiam a 77,2%. As que não se
declararam, mas se consideravam indígenas, eram 78,9 mil (13,9%). Também
havia 8,8% de pessoas residentes nas terras que não se declararam e não
consideravam indígenas e sem declaração. Entre as regiões, o Nordeste
apresentou a maior proporção de pessoas que não se declararam, mas se
consideravam indígenas, 22,7%. No Ceará, esse percentual chegou a 45,5%.
A maior proporção da população residente em terras
indígenas que se declarou de outra cor ou raça, mas se considerava
indígena, foi de pardos (67,5%). A proporção se repetiu em quase todas
as regiões e chegou a 74,6% no Norte. Só no Centro-Oeste os pardos
ficaram em segundo lugar, com 33,0%, enquanto os brancos concentravam
60,4%.
População indígena na área rural tem predomínio masculino, mas observa-se declínio
Em 2010, a razão de sexo (número de homens para cada
100 mulheres) da população indígena se manteve estável em relação a 2000
(100,5 e 99,0, respectivamente), indicando equilíbrio entre os sexos.
Na análise por situação de domicílio, a razão de sexo segue o padrão da
população não indígena: mais mulheres nas áreas urbanas e mais homens
nas áreas rurais. A área urbana da região Norte foi a única que
apresentou tendência de crescimento masculino (de 89,4 homens para cada
100 mulheres em 1991 para 95,9 em 2010). Já na área rural percebe-se um
declínio no predomínio masculino, especialmente no Sudeste (de 117,5
para 106,9) Norte (de 113,2 para 108,1) e Centro-Oeste (de 107,4 para
103,4). Na comparação das terras indígenas com outras áreas, observou-se
predomínio masculino em 341 terras (70% do total). A TI Paraná do
Paricá (AM) apresentou a menor razão de sexo: apenas 52,9 homens para
cada 100 mulheres.
Indígenas nas áreas rurais e em terras indígenas são predominantemente jovens
A pirâmide etária indígena tem a base larga e vai se
reduzindo com a idade. Esse padrão reflete suas altas taxas de
fecundidade e mortalidade, influenciadas pela população rural. Entre
2000 e 2010, a proporção de indígenas entre 0 a 14 anos de idade passou
de 32,6% para 36,2%, enquanto o grupo etário de 15 a 64 anos de idade
foi de 61,6% para 58,2%.
A razão de dependência (quociente entre as populações
inativas, de 0 a 14 anos e com 65 ou mais anos de idade, e a população
em idade ativa, entre 15 e 64 anos) mostrou que, em 2010, havia 71,8
inativos para cada 100 ativos. Para os não indígenas, essa relação era
de 45,8 inativos para cada 100 ativos. O índice de envelhecimento
populacional indígena (quantidade de pessoas de 65 anos ou mais para
cada 100 de 0 a 14 anos) de 15,5 idosos para cada 100 jovens,
corresponde à metade do da população não indígena (30,8).
Na área rural, a proporção de indígenas na faixa
etária de 0 a 14 anos (45,0%) era o dobro da área urbana (22,1%), com o
inverso acontecendo na faixa de 65 anos ou mais (4,3% na rural e 7,7% na
urbana). Entre as regiões, a tendência e as proporções foram as mesmas
para as crianças e adolescentes na área rural. Já na área urbana, no
Sudeste, o contingente de 0 a 14 anos foi de 14,6%, menos da metade da
região Norte (33,2%).
Os indígenas residentes fora das terras indígenas
acompanhavam o padrão da estrutura por sexo e idade da população não
indígena, com baixa fecundidade e mortalidade, e, também, uma razão de
dependência baixa e com idade mediana alta. Em 93,6% das terras, a
população até 24 anos ultrapassava os 50%. Em seis terras, não foram
encontrados indígenas com mais de 50 anos de idade: Itatinga (RJ), Maraã
Urubaxi (AM), Sepoti (AM), Batovi (MT), Baía do Guató (MT) e Mundo
Verde/Cachoeirinha (MG). A maior proporção de indígenas de 50 anos ou
mais (42,9%) foi encontrada na TI Mapari (AM). Metade da população
indígena total tinha até 22,1 anos. Nas terras indígenas, esse índice
foi de 17,4 anos e, fora delas, 29,2 anos. Na comparação entre homens e
mulheres, a população total e a que residia fora das terras indígenas
repetiram o padrão dos não indígenas, com a idade mediana das mulheres
ligeiramente mais alta do que a dos homens (21,8 anos para eles e 22,3
para elas no geral, 28,3 anos para eles e 30,2 para elas fora das
terras); nas terras, foram 17,7 anos para eles e 17,0 para elas.
Analfabetismo chega a 33,4% para os indígenas de 15 anos ou mais em áreas rurais
Entre 2000 e 2010, a taxa de alfabetização dos
indígenas com 15 anos ou mais de idade (em português e/ou no idioma
indígena) passou de 73,9% para 76,7%, aumento semelhante ao dos não
indígenas (de 87,1% para 90,4%). Porém, entre os indígenas, em 2010, a
taxa de alfabetização masculina (78,4%) era superior à feminina (75,0%).
Na área rural, a taxa de analfabetismo chegou a 33,4%, sendo 30,4% para
os homens e 36,5% para as mulheres. Já nas terras indígenas, 67,7% dos
indígenas de 15 anos ou mais de idade eram alfabetizados. Para os
indígenas residentes fora das terras, a taxa de alfabetização foi 85,5%.
Tanto dentro das terras quanto fora delas os homens tinham taxas de
alfabetização superiores às das mulheres. Nas terras, as gerações mais
jovens eram mais alfabetizadas que a população acima dos 50 anos, cujas
taxas de analfabetismo (52,3% para o grupo entre 50 e 59 anos e 72,2%
para 60 ou mais anos) eram maiores que as de alfabetização (47,7% e
27,8%, respectivamente).
Na área rural, 38,4% das crianças indígenas não tinham certidão de nascimento
A proporção de indígenas com registro de nascimento
(67,8%) era menor que a de não indígenas (98,4%), 27,8% dos indígenas
tinham Registro Administrativo de Nascimento e Óbito de Índios (RANI),
feito pela FUNAI, e 7,4% deles não tinham qualquer tipo de registro. As
crianças indígenas residentes nas áreas urbanas tinham proporções de
registro em cartório (90,6%) mais próximas às dos não indígenas (98,5%).
Mas, o número de crianças residentes na área rural é 3,5 vezes maior do
que na área urbana e a proporção de registrados é significativamente
menor (61,6%). Na área rural, 7,6% das crianças indígenas de até 10 anos
não tinha qualquer tipo de registro. Nas terras indígenas, 63,0% dos
indígenas com até 10 anos eram registrados em cartório e, fora delas,
eram 87,5%. O percentual de crianças com o RANI dentro das terras
(27,8%) era três vezes superior ao das crianças residentes fora (8,7%).
Já o percentual de crianças não indígenas residentes nas terras,
registradas em cartório, chegou a 96,2%. Os indígenas que não tinham
nenhum tipo de registro nas terras indígenas correspondiam a 7,4% e os
não indígenas, 2,4%.
Censo 2010 contou 305 etnias indígenas
O Censo 2010 investigou, pela primeira vez, o
pertencimento étnico, sendo “etnia” a comunidade definida por afinidades
linguísticas, culturais e sociais. Foram identificadas 305 etnias a
partir das pessoas que se declararam ou se consideraram indígenas.
Dentro das terras indígenas, foram contadas 250 e, fora delas, 300.
A maior concentração de etnias fora das terras
indígenas ocorreu para etnias com até 50 pessoas e não se observou etnia
com população acima de 10 mil indígenas. Já dentro das terras o maior
agrupamento foi na classe de população entre 251 e 500 indígenas. Do
total de indígenas declarados ou considerados, 672,5 mil (75%)
declararam o nome da etnia, 147,2 mil (16,4%) não sabiam e 53,8 mil
(6,0%) não declararam. Dentro das terras, 463,1 mil (89,5%) declararam
etnia e 53,4 mil (10,3%) não responderam. Para os indígenas residentes
fora das terras, 209,5 mil (55,2%) declararam etnia e 146,5 mil (38,6%)
não sabiam.
A etnia Tikúna tinha o maior número de indígenas
(46,1 mil), resultado influenciado por 85,5% deles que residiam em
terras indígenas. Os indígenas da etnia Terena estavam em maior número
fora das terras (9,6 mil). Nas terras indígenas, as etnias Yanomámi,
Xavante, Sateré-Mawé, Kayapó, Wapixana, Xacriabá e Mundurukú não estavam
presentes nas 15 mais enumeradas fora das terras. Já fora das terras,
as não coincidentes eram Baré, Múra, Guarani, Pataxó, Kokama, Tupinambá e
Atikum.
Em 2010, 293,9 mil indígenas falavam 274 idiomas
No Brasil, foram contabilizadas 274 línguas indígenas
faladas, excluindo as originárias dos outros países, denominações
genéricas de troncos e famílias linguísticas, dentre outras, sendo a
Tikúna a mais falada (34,1 mil pessoas). Nas terras, foram declaradas
214 línguas e 249 foram contabilizadas tanto nas áreas urbanas quanto
rurais localizadas fora das terras.
Dos 786,7 mil indígenas de 5 anos ou mais de idade,
293,9 mil (37,4%) falavam uma língua indígena, 57,3% dentro das terras e
12,7% fora delas. O português era falado por 605,2 mil (76,9%) e era
falado por praticamente todos os indígenas fora das terras (96,5%).
A proporção de indígenas entre 5 e 14 anos que
falavam língua indígena era de 45,9%, 59,1% dentro das terras e 16,2%
fora delas. Na faixa entre 15 e 49 anos e para aqueles com 50 anos ou
mais, o percentual de falantes declinava com o aumento da idade (35,8% e
28,5%). Dentro desses três grupos etários, nas terras indígenas, quase
todos os falantes de língua indígena não falavam português, sendo o
maior percentual para os indígenas de 50 anos ou mais (97,3%), enquanto
que, fora das terras, nessa mesma faixa etária, o Censo 2010 revelou o
menor percentual, 40,7% de falantes somente de língua indígena.
Dentro das terras, 97,9% dos indígenas que recebiam
até um salário mínimo falavam língua indígena e não falavam português,
enquanto fora das terras o percentual declinou para 50,6%. Entre os sem
rendimento, 96,6% dos residentes nas terras indígenas falavam apenas
língua indígena. Fora das terras, a proporção era de 68,7%.
Análise de rendimentos indica relações diferenciadas dos indígenas com o trabalho
O Censo 2010 indicou que 52,9% dos indígenas não
tinham qualquer tipo de rendimento, proporção ainda maior nas áreas
rurais (65,7%). Porém, vários fatores dificultam a obtenção de
informações sobre o rendimento dos trabalhadores indígenas: muitos
trabalhos são feitos coletivamente, lazer e trabalho não são facilmente
separáveis e a relação com a terra tem enorme significado, sem a noção
de propriedade privada.
Na categoria “sem rendimento”, as diferenças entre
homens indígenas e não indígenas (51,9% contra 30,7%, respectivamente)
são maiores do que entre as mulheres (53,9% contra 43,0%). Entre as
mulheres indígenas e não indígenas da área urbana, praticamente não há
diferença (41,6% e 41,9%); a variação entre os homens é um pouco maior
(31,6% e 28,8%). Na área rural, a proporção de mulheres indígenas sem
rendimento (64,5%) é um pouco menor que a dos homens (66,7%), diferente
da comparação dos não indígenas (50,4% para mulheres e 40,4% para
homens). Ocorre que muitas das mulheres indígenas, juntamente com seus
filhos, desenvolvem atividades rentáveis ligadas ao artesanato.
Em 2010, 83,0% dos indígenas de 10 anos ou mais de
idade recebiam até um salário mínimo ou não tinham rendimentos,
percentual concentrado na região Norte (92,6%, sendo 66,9% sem
rendimento). Já o Sudeste apresentou a menor proporção, tanto de pessoas
que recebiam até um salário mínimo (25,9%) quanto das sem rendimentos
(34,7%). Para os não indígenas, a proporção de pessoas de 10 anos ou
mais de idade sem rendimento foi de 37,0% e das que recebiam até um
salário mínimo, de 27,5%.
Em todo o país, 1,5% da população indígena com 10
anos ou mais de idade ganhava mais de cinco salários mínimos, percentual
que caía para 0,2% nas terras indígenas, onde 65,8% dos indígenas não
tinham rendimentos, enquanto, entre os indígenas residentes fora das
terras, a proporção caiu para 39,5%. Nas terras, predominam atividades
agrícolas de subsistência e os rendimentos monetários nem sempre são a
melhor forma de aferir remuneração.
Nas unidades da Federação, variaram bastante as
proporções de indígenas sem rendimentos e com até um salário mínimo,
dentro e fora das terras. Nas terras, os dois estados com maiores
números de indígenas com rendimentos acima de um salário mínimo foram
Espírito Santo (19,3%) e Santa Catarina (16,8%). Fora das terras, o
rendimento, de modo geral, era melhor, sendo menos favorável no Acre
(11,2%), Amazonas (10,7%) e Ceará (14,6%).
Em 85,4% das terras, mais de 50% dos indígenas não
tinham rendimento em dinheiro, nem benefício. Em 96,1% das terras, 50%
dos indígenas de 10 anos ou mais de idade recebiam até um salário mínimo
mensal e, em cinco delas, nenhum indígena recebia qualquer rendimento:
Zo’E (PA), Sagarana (RO), Rio Omerê (RO), Batovi (MT) e Ava Canoeiro
(GO).
Maior parte dos domicílios indígenas é ocupada por um só núcleo familiar
Os domicílios particulares permanentes cujo
responsável se declarou indígena correspondem a 0,4% do total de
domicílios do país; o percentual nas áreas rurais (1,2%) é seis vezes
maior que o das áreas urbanas (0,2%).
Segundo o Censo 2010, 63,3% dos domicílios indígenas
tinham unidades domésticas nucleares (responsável, cônjuge e filhos
solteiros). Para as unidades domésticas estendidas (nuclear acrescida de
outros parentes), o percentual correspondeu a 19,1% e, para as
compostas (estendidas acrescidas de não parentes), a proporção foi de
2,5%. A maior responsabilidade pelos domicílios indígenas é masculina,
com um excedente de 82%. Entre não indígenas, a prevalência da
responsabilidade masculina fica em torno de 58%.
Ocas ou malocas são apenas 12,6% do total de domicílios indígenas
O Censo introduziu um novo tipo de domicílio
particular permanente, a “oca ou maloca”, aplicada só às terras
indígenas. Estas habitações, usadas por várias famílias, podem ou não
ter paredes, variam de tamanho e geralmente são cobertas de folhas,
palhas ou outras matérias vegetais. Apenas 12,6% dos domicílios eram do
tipo “oca ou maloca”; no restante, predominavam casas. Só em 2,9% das
terras, todos os domicílios foram classificados como “oca ou maloca” e,
em 58,7% das terras, essas moradias não foram observadas.
Na região Norte, 70,9% dos domicílios indígenas não têm banheiro
Em 2010, 36,1% dos domicílios indígenas não tinham
banheiro. Nas áreas urbanas, 91,7% dos domicílios indígenas tinham um ou
mais banheiros e apenas 8,3%, nenhum. Essa situação se inverte nos
domicílios rurais: 31,2% com um ou mais banheiros e 68,8% sem banheiro.
Entre as regiões, o Norte se destacou, com 70,9% dos domicílios sem
banheiro.
Os domicílios indígenas, principalmente nas áreas
rurais, apresentaram os maiores déficits em esgotamento sanitário, com
predominância do uso da fossa rudimentar (65,7%). Nas áreas urbanas, a
rede geral de esgoto ou pluvial associado com fossa séptica lidera os
percentuais, com 67,5%. Nesse quesito, em todas as regiões brasileiras, a
situação era desfavorável em relação aos não indígenas e foi pior no
Norte: 29,3% dos domicílios indígenas e 40,5% dos não indígenas não
tinham o serviço. No país, foram 57,8% dos domicílios com responsáveis
indígenas com esgotamento sanitário.
Apenas em 2,2% das terras indígenas todos os
domicílios estavam ligados à rede de esgoto ou fluvial ou tinham fossa
séptica; em 52,3%, nenhum domicílio era atendido por esses sistemas. Em
84,1% das terras, numa faixa de 75% a 99% dos domicílios, o tipo de
esgotamento era fossa rudimentar, vala, rio, lago ou mar ou outro tipo.
Do conjunto de domicílios que tinham algum tipo de esgotamento, a fossa
rudimentar tinha as maiores proporções, principalmente no Sul (60,9%),
Centro-Oeste (55,5%) e Nordeste (55,0%).
No Brasil, 60,3% dos domicílios indígenas contavam
com rede geral de abastecimento de água, contra 82,9% dos não indígenas.
No Norte, só 27,3% tinham rede geral. A região liderava na categoria
“outra forma de abastecimento”, com 44,6%. Desse contingente, 85,1%
vinham de rios, açudes, lagos e igarapés. Aqui também havia uma
categoria específica, de “poço ou nascente na aldeia e fora da aldeia”,
só pesquisada nas terras.
Nas terras, 33,6% dos domicílios tinham rede de
abastecimento de água; a maioria usava poço ou nascente, dentro ou fora
da propriedade. Em 57,1% das terras, nenhum domicílio estava ligado à
rede, presente na totalidade dos domicílios apenas em 3,3% das terras.
Poucos domicílios das terras indígenas eram atendidos
por coleta de lixo (16,4%), que não chegou a nenhum domicílio em 325
terras indígenas (66,7%) e apenas em 1,8% das terras abrangia todos os
domicílios. Em 18,3% das terras, todos os domicílios queimavam o lixo na
propriedade. O lixo de todos os domicílios era jogado em terreno baldio
ou logradouro em seis terras: Areões (MT), Zo’E (PA), Aripuanã (MT),
Badjonkore (PA), Riozinho do Alto Envira (AC) e Mundo Verde/Cachoeirinha
(MG).
A energia elétrica, proveniente de companhia
distribuidora ou outras fontes, dentro das terras, foi contabilizada em
70,1% dos domicílios, Do total de terras indígenas, 10,3% não tinham
qualquer tipo de energia elétrica e em 10,9% todos os domicílios tinham
algum tipo.
Fonte: IBGE
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Concurso Ecovídeo
Mais informações pelo site: http://semanadomeioambiente.blogspot.com.br/p/regulamento-do-concurso.html
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Comer peixe pode aumentar expectativa de vida
Pessoas que possuem o hábito de comer peixes tendem a viver mais. Esta é
a comprovação apresentada em um estudo feito por cientistas da Escola
de Saúde Pública de Harvard.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram durante 16
anos pessoas com hábitos alimentares diferentes e com mais de 65 anos.
Ao todo, a amostra contempla 2.700 adultos norte-americanos. Parte deles
consumida com periodicidade frutos do mar, enquanto a outra parte não
tinha contato alguns com este tipo de alimento.
As análises mostraram que, pessoas com altos níveis de ácidos-graxos
ômega 3 tinham tendência 27% menor de morrer por qualquer causa natural,
enquanto a chance de morrerem em consequência de ataque cardíaco chega a
ser 35% menor que o de pessoas com menos substâncias deste tipo no
sangue.
Os ácidos-graxos ômega 3 estão mais presentes em peixes como: salmão,
atum, halibute, sardinha, arenque e cavala. As pessoas que incluíram
essas opções na dieta ao menos duas vezes na semana chegaram a viver 2,2
anos a mais que o restante dos participantes.
“Nossas descobertas sustentam a importância de níveis sanguíneos
adequados de ômega 3 para a saúde cardiovascular e sugerem que mais
tarda na vida estes benefícios podem, na verdade, prolongar os anos
restantes”, informou Dariush Mozaffarian, principal autor do estudo, em
declaração à agência AFP.
Fonte: Redação CicloVivo
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Comércio ilegal ameaça espécies no planeta
Cada pessoa, seja ativista ou comerciante, jornalista ou artesão, turista ou presidente, mas principalmente cidadão, pode contribuir para acabar com o tráfico e comércio ilegal de espécies silvestres.
A caça e o comércio ilegais de animais silvestres estão entre as ameaças mais graves à sobrevivência de algumas das espécies mais carismáticas, valiosas e ecologicamente importantes da Terra. Nos últimos meses, ressurgiu dramaticamente a captura ilegal de animais e a comercialização de produtos com alto valor derivados de espécies nativas.
Somente na África do Sul, 668 rinocerontes foram mortos em 2012 e milhares de elefantes morrem todos os anos para extração de seu marfim. Graças ao tráfico desenfreado, apenas 3.200 tigres restaram vivendo na natureza.
A maior parte desta pilhagem é escoada para a Ásia, onde serve como símbolo de status, souvenires para turistas ou, ainda, para supostos fins medicinais.
O tráfico ilegal resulta em ferimentos e mortes humanas. Milhares de pessoas perdem a vida nas batalhas ferozes com traficantes. As organizações criminosas por trás desse comércio raramente são presas e muito menos processadas.
No Brasil, o problema não é menos preocupante. Redes de tráfico escoam animais silvestres por estradas que cruzam grande parte do país, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). De 2005 a 2010, o órgão emitiu mais de R$ 600 milhões em multas por crimes envolvendo animais silvestres. No mesmo período, só recolheu apenas 2% desse valor.
Todos os anos, 38 milhões de animais são retirados da natureza brasileira. Apenas quatro milhões são vendidos, principalmente no Sudeste. O restante acaba em gaiolas, é solto em locais inadequados ou morre vítima dos maus tratos.
Um animal retirado da natureza reage à presença do ser humano e tem dificuldades para crescer, se alimentar e se reproduzir em cativeiro. O papagaio, a arara, o mico e o jabuti, ao contrário do que muitos pensam, são silvestres. Eles pertencem à natureza e nela vivem melhor.
Aprisionar ou vender animais silvestres é uma prática ilegal comum em todo o Brasil. As principais vítimas são aves canoras ou de grande beleza. Além disso, o comércio ilegal é estimulado pela procura de criadores e colecionadores, pet shops, indústrias, pesquisa ou biopirataria.
As redes ilegais de escoamento se valem de métodos semelhantes aos usados por traficantes de drogas, armas e pedras preciosas, como falsificação de documentos, suborno, sonegação de impostos. Também estabelecem rotas nacionais e internacionais de tráfico de animais, geralmente retirados das regiões mais conservadas do Brasil.
Para garantir que espécies silvestres sigam cumprindo seu papel, temos que consolidar e ampliar áreas protegidas e fortificar ações conjuntas para coibir essas práticas ilegais.
O WWF tem desenvolvido uma campanha internacional contra o comércio ilegal e insustentável de espécies silvestres e subprodutos. Junto com a Traffic, a rede internacional contra o tráfico de animais silvestres, estamos chamando atenção ainda com mais força para as práticas ilegais de captura e comercialização com a proximidade da Convenção Internacional sobre o Tráfico de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (Cites), em março.
A fundação do WWF também foi motivada pelo desejo de assegurar uma chance de sobrevivência para animais tão incríveis como os elefantes e os rinocerontes, em benefício da própria vida na Terra. Afinal, os animais silvestres não cometeram nenhum crime para terminar a vida atrás das grades ou ser simplesmente exterminados.
Há esperança de que possamos salvar os animais ameaçados pelo tráfico, desde que não fiquemos imóveis. Este mês lançamos uma nova petição que tem como alvo o consumo na Tailândia (wwf.panda.org/killthetrade), onde cada nome se soma ao esforço para pressionar as autoridades a mudar a situação.
Cada pessoa, seja ativista ou comerciante, jornalista ou artesão, turista ou presidente, mas principalmente cidadão, pode contribuir para acabar com o tráfico e comércio ilegal de espécies silvestres.
A hora é agora.
Fonte: Jim Leape é diretor-geral do WWF Internacional e Maria Cecília Wey de Brito é secretária-geral do WWF-Brasil. Publicado originalmente no caderno Amanhã do jornal O Globo.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Seminário sobre Aquifero Urucuia em Barreiras-Ba
Nesta quarta-feira (03), será realizado, em
Barreiras, o Seminário sobre o Aquífero Urucuia (SAU). Durante o
encontro – que será aberto ao público e ocorrerá no campus Professor
Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Ufba) na cidade – será
apresentada e discutida a proposta preliminar da Agência Nacional de
Águas (ANA) para o Plano de Gestão Compartilhada do aquífero entre os
estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Tocantins.
Aquífero Urucuia – Aquífero é uma formação geológica subterrânea,
capaz de reter água e de cedê-la, abastecendo rios e poços. O Aquífero
Urucuia é o segundo maior do país, com uma área aproximada de 140 mil
km², e representa uma importante fonte para o rio São Francisco. Na
região Oeste do São Francisco, a área coberta pelos sedimentos
predominantemente arenosos do Grupo Urucuia tem aproximadamente 76 mil
km². Os estudos hidrológicos e hidrogeológicos realizados evidenciam a
relação entre as águas superficiais e subterrâneas da região.
Fonte: Ascom/Sema
Fonte: Ascom/Sema
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