Nesta quinta-feira (11/9) celebra-se o Dia do Cerrado. Considerado a savana mais rica do mundo, está presente em 11 estados e é intensamente agredido por atividades humanas, com perdas que chegam a 50% da vegetação. Para reverter esse cenário, o Ministério do Meio Ambiente vai aplicar R$ 606 milhões no bioma.
O Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas (PPCerrado), executado por 17 ministérios, com a coordenação do MMA, entra em sua segunda fase, com a aplicação de recursos representam 45% do total investido na primeira etapa, que começou há cinco anos.
REDUÇÃO
“A meta é alcançar a redução de 40% do desmatamento até 2020”, relata a gerente de Projeto do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Juliana Simões. O percentual se refere à média de 15,7 mil km² registrada entre 1999 e 2008, o que significa alcançar o máximo de 9,42 km² de desmatamento anual.
A meta já foi alcançada entre 2009 e 2010, que registrou um total de 6.469 km² desmatados, com expressiva redução se comparados a 1988, que chegou a 14.793 km². Porém, Juliana Simões ressalta que os dados precisam ser atualizados, para assegurar que a redução vem sendo mantida.
A atualização dos índices de desmatamento será uma das ações do PPCerrado, quando o monitoramento do bioma, por meio de satélite, passará a ser diário, com consolidação de informações anuais, em parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que começará no ano que vem.
O QUE É
O PPCerrado se divide em ações de curto prazo (até 2015) e até 2020. Em 2012, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Brasil reforçou o compromisso de redução do desmatamento, mas também a predisposição de conciliar a preservação ambiental com o papel de grande produtor de alimentos, tanto em termos de commodities como de redução da pobreza.
Entre as iniciativas previstas pelo PPCerrado para preservação estão, por exemplo, ampliação de recursos para manejos florestais, recuperação de áreas degradadas, capacitação de agricultores em modelos sustentáveis de produção, estímulo ao cadastramento ambiental de imóveis rurais, mecanismos de pagamentos por serviços ambientais, aprimoramento de órgãos estaduais de meio ambiente, capacitação de comunidades para enfrentamento de incêndios, investimentos em pesquisas, crescimento de compras governamentais de produtos da sociobiodiversidade, ampliação de áreas protegidas e consolidação da presença de comunidades indígenas em seus territórios.
Fonte: MMA
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