Autoridades e pesquisadores avaliam danos que mancha negra provocará na costa do estado
MIAMI - A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira, 20, que "pequenas porções" da mancha negra de petróleo que avança pelo Golfo do México penetraram na principal corrente marinha da região.
A NOAA precisou que estas camadas do vazamento de petróleo "leves ou muito leves" podem ser apanhadas com sorte por um "redemoinho no sentido horário" no meio do Golfo e, portanto, sair do fluxo da corrente.
As autoridades da Flórida disseram que é pouco provável que esta pequena quantidade de petróleo absorvida pela corrente marinha cause um dano substancial já que, além disso, ela ainda pode evaporar em seu caminho rumo ao estreito da Flórida e a costa sudeste do estado.
Os analistas da NOAA disseram que se a mancha negra de petróleo chegar ao litoral sul da Flórida empurrada pelos ventos, chegaria em "lugares isolados" em forma de fragmentos de alcatrão.
"Tanto a situação da corrente do Golfo como a localização da maré negra de petróleo estão em uma mudança constante e dinâmica", explicou a NOAA.
Para Daniel Suman, professor da Faculdade de Ciências Marinhas da Universidade de Miami (UM), a "grande incógnita" são as camadas de petróleo localizadas a grande profundidade e a possibilidade de que sejam arrastadas pela corrente. No entanto, o professor disse que ainda é cedo para "prever a magnitude do impacto na Flórida".
As autoridades calculam que o vazamento de petróleo procedente da plataforma que se incendiou no dia 20 de abril e afundou dois dias depois pode chegar à região de Florida Keys nos próximos dez dias.
Enquanto isso, vários moradores de Key West se apresentam como voluntários para ajudar nas tarefas de limpeza das praias, caso comecem a aparecer manchas de alcatrão na área.
Em diversas regiões do litoral oeste da Flórida o Governo já colocou 70 quilômetros de barreiras flutuantes e os cerca de dois mil quilômetros de praias que o estado oferece permanecem limpos e abertos ao público.
Por outro lado, a indústria pesqueira da Flórida vê com preocupação o fato da NOAA ter ampliado para 19% o espaço da bacia marítima restringido à pesca como consequência do vazamento incontrolado de petróleo.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo
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