segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Os Mandamentos do Ecoturismo


Os Dez Mandamentos do ecoturista

  1. Amarás a Natureza sobre todas as coisas.
  2. Honrarás e preservarás o bom humor;
  3. Estarás sempre pronto a colaborar;
  4. Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
  5. Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
  6. Não reclamarás;
  7. Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
  8. Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
  9. Não poluirás o meio-ambiente.
  10. Preserve e Respeite a biodiversidade, não polua as nascentes,os leitos e margens, não destrua as matas ciliares, não degrade o meio ambiente, e compartilhe a sustentabilidade.

Cinco Mandamentos do Ecoturismo

  1. Da natureza nada se tira a não ser fotos.
  2. Nada se deixa a não ser pegadas.
  3. Nada se leva a não ser recordações.
  4. Andar em silêncio e em grupos pequenos.
  5. Respeitar uma distância dos animais, evitando gerar stress.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

APP: Conama aprova texto-base sobre metodologia

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em plenária realizada na quarta-feira, 25 de agosto, aprovou o texto-base de resolução sobre metodologia de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP). Segundo informações do site do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o texto-base já havia sido aprovado pelas Câmaras Técnicas de Gestão Territorial e Biomas e de Assuntos Jurídicos do Conama e aguardava o pedido de vistas de duas entidades da sociedade civil organizada. O texto aprovado define a metodologia para a recuperação das APPs, consideradas de interesse social pelo Cógido Florestal.

“A resolução, caso aprovada, será um instrumento na mão do produtor rural para que ele possa fazer a recuperação das áreas de preservação permanente sem burocracia”, explicou o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros. A ideia é que aconteçam, voluntariamente, ações de restauração e recuperação de APP. O texto estabelece três métodos para a recuperação das APPs: condução da regeneração natural de espécies nativas; plantio de espécies nativas; e plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas.
A plenária do Conama também aprovou mudanças n Resolução 303/2002, que trata dos parâmetros, definições e limites relativos às APPs. As alterações têm por objetivo aprimorar a norma, retirando dela o que seriam simples repetições do Código Florestal e reformulando definições que provocaram insegurança e distorções na aplicação da norma.
De acordo com João de Deus Medeiros, diretor do Departamento de Florestas do MMA, são três os pontos essenciais alterados na resolução. O primeiro diz respeito à APP de margem de rio, com a alteração do conceito de “nível mais alto”; o segundo à metodologia para medição das áreas de topo de morros; e o terceiro que retira do texto a parte que define como APP, nas restingas, uma faixa de 300 metros a partir da linha de preamar máxima.
Da Agência Ambiente Energia

Cientista brasileiro descobre como coletar energia do ar

Fernando Galembeck, da Unicamp, apresentou suas descobertas  nos Estados Unidos.

Eletricidade do ar

Alimentar casas e fábricas com eletricidade coletada diretamente do ar pode ser possível: cientistas brasileiros resolveram um enigma científico que durava séculos sobre como a umidade na atmosfera torna-se eletricamente carregada, abrindo caminho para seu aproveitamento.
Imagine dispositivos capazes de capturar a eletricidade do ar e usá-la para abastecer residências ou recarregar veículos elétricos, por exemplo.

Da mesma forma que painéis solares transformam a luz do Sol em energia, esses painéis futurísticos poderão coletar a eletricidade do ar - a mesma eletricidade que forma os relâmpagos - e direcioná-la de forma controlada para alimentar qualquer equipamento elétrico, nas casas e nas indústrias.

Se isso parece revolucionário demais, mais entusiasmante ainda é saber que a descoberta que poderá tornar esses sonhos uma realidade foi feita por um cientista brasileiro.

O professor Fernando Galembeck, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apresentou suas descobertas históricas dia 25/10/2010, durante a reunião da American Chemical Society (ACS), em Boston, nos Estados Unidos.

"Nossa pesquisa pode abrir o caminho para transformar a eletricidade da atmosfera em uma fonte de energia alternativa para o futuro," disse Galembeck. "Assim como a energia solar está liberando algumas residências de pagar contas de energia elétrica, esta nova e promissora fonte de energia poderá ter um efeito semelhante."

Eletricidade atmosférica

A descoberta do professor Galembeck parece resolver um enigma científico que já dura séculos: como a eletricidade é produzida e descarregada na atmosfera.

No início da Revolução Industrial, os cientistas perceberam que o vapor que saía das caldeiras gerava faíscas de eletricidade estática - trabalhadores que se aproximavam dos vapores eram frequentemente atingidos pelos choques elétricos.

Mas essa eletricidade se forma também em locais mais amenos, quando o vapor de água se junta a partículas microscópicas no ar, o mesmo processo que leva à formação das nuvens - é aí que começam a nascer os relâmpagos.

Nikola Tesla ficou famoso pelas suas tentativas de capturar e utilizar essa eletricidade do ar, tentativas infelizmente nem sempre bem-sucedidas.

Mas, até agora, os cientistas não tinham um conhecimento suficiente sobre os processos envolvidos na formação e na liberação de eletricidade a partir da água dispersa pela atmosfera.

"Se nós soubermos como a eletricidade se acumula e se espalha na atmosfera, nós também poderemos evitar as mortes e os danos provocados pelos raios," estima Galembeck.

Higroeletricidade

Os cientistas sempre consideraram que as gotas de água na atmosfera são eletricamente neutras, e permanecem assim mesmo depois de entrar em contato com as cargas elétricas nas partículas de poeira e em gotículas de outros líquidos.

Mas o professor Fernando Galembeck e sua equipe descobriram que a água na atmosfera adquire sim uma carga elétrica.

O grupo brasileiro confirmou essa ideia por meio de experimentos de laboratório que simulam o contato da água com as partículas de poeira no ar.

Eles usaram minúsculas partículas de sílica e fosfato de alumínio - ambas substâncias comumente dispersas no ar - para demonstrar que a sílica se torna mais negativamente carregada na presença de alta umidade, enquanto o fosfato de alumínio se torna mais positivamente carregado.

"Esta é uma evidência clara de que a água na atmosfera pode acumular cargas elétricas e transferi-las para outros materiais que entrem em contato com ela," explicou Galembeck. "Nós a chamamos de higroeletricidade, ou seja, a eletricidade da umidade."

Coletores de energia do ar

Painéis para capturar a energia higroelétrica poderão ser colocados no topo dos prédios para drenar a energia do ar e impedir o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios. 

No futuro, segundo Galembeck, poderá ser possível desenvolver coletores - similares às células solares que coletam a luz solar para produzir eletricidade - para capturar a higroeletricidade e permitir seu uso em
residências e empresas.

Assim como as células solares funcionam melhor nas regiões mais ensolaradas do mundo, os painéis higroelétricos vão funcionar de forma mais eficiente em áreas com alta umidade, uma característica das regiões tropicais, Brasil incluído.

Alta umidade significa altos níveis de vapor de água no ar - um vapor que se torna visível ao se condensar e embaçar os vidros do carro, por exemplo, e cuja baixa intensidade incomoda tanto nos dias secos de inverno.

Galembeck afirmou em sua apresentação que uma abordagem semelhante poderia ajudar a prevenir a formação de raios. Ele vislumbra a colocação de painéis higroelétricos no topo de prédios em regiões onde ocorrem muitas tempestades. Os painéis drenariam a energia do ar, impedindo o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios.

Seu grupo de pesquisa já está testando metais para identificar aqueles com maior potencial para utilização na captura da eletricidade atmosférica e prevenção dos raios.

"São ideias fascinantes que novos estudos, nossos e de outras equipes de cientistas, poderão tornar realidade," disse Galembeck. "Nós certamente temos um longo caminho a percorrer. Mas os benefícios no longo prazo do aproveitamento da higroeletricidade podem ser substanciais."

Fenômenos eletrostáticos

Durante o século 19, houve vários relatos experimentais associando a interface ar-água e os fenômenos eletrostáticos da chamada "eletricidade do vapor". O famoso Lord Kelvin idealizou um equipamento, que ele chamou de condensador de gotas de água, para reproduzir experimentalmente o fenômeno.

Contudo, até hoje ninguém havia conseguido descrever os mecanismos do acúmulo e da dissipação das cargas elétricas na interface ar-água.

Isso pode dar a dimensão dos resultados agora obtidos pelos cientistas brasileiros.

O trabalho do professor Fernando Galembeck e sua equipe demonstra que a absorção do vapor de água sobre superfícies de materiais isolantes (dielétricos) ou de de metais isolados - devidamente protegidas dentro de um ambiente blindado e aterrado - leva à acumulação de cargas elétricas sobre o sólido, em um intensidade que depende da umidade relativa do ar, da natureza da superfície usada e do tempo de exposição.

A pesquisa verificou ainda um aumento acentuado nas cargas elétricas acumuladas quando são usados substratos líquidos ou isolantes sólidos, sob a ação de campos externos, quando a umidade relativa do ar se aproxima de 100%.

Ernesto Rosa e a decomposição da luz

Acesse o link abaixo e veja o trabalho do professor de matemática, Ernesto Rosa.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Brasil poderá ter política de educação para o consumo sustentável

Na perspectiva da rotina doméstica, a preservação do meio ambiente pode ir muito além da separação do lixo para reciclagem e da compra de alimentos livres de agrotóxicos. Aliás, essa prática consciente poderá ser incentivada pela escola caso seja aprovado projeto de lei da Câmara (PLC 270/09) que institui uma política de educação para o consumo sustentável. A matéria está pronta para ser votada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

A adoção de práticas de consumo e de técnicas de produção ecologicamente sustentáveis é a meta dessa política. O projeto conceitua como consumo sustentável o uso dos recursos naturais de forma a garantir qualidade de vida para a geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Estímulo à redução do consumo de água e energia nos ambientes residencial e profissional; à reciclagem de resíduos sólidos, alguns considerados perigosos ou de difícil decomposição, como pilhas, pneus e lâmpadas; à exploração dos recursos naturais com base em técnicas de manejo ecologicamente sustentáveis são alguns dos objetivos listados pelo PLC 270/09.

Campanhas educativas nos meios de comunicação e capacitação dos professores dos ensinos fundamental e médio seriam os caminhos para reforçar a conscientização dos brasileiros sobre o consumo sustentável. "Promover a educação para o consumo sustentável é estimular o cidadão a atuar como agente da conservação, cujas escolhas possam induzir o setor econômico a tornar o processo produtivo compatível com os limites ecológicos", defendeu a deputada Rebecca Garcia na justificação de seu projeto.

O relator na CMA, senador Renato Casagrande (PSB-ES), reconheceu o mérito do projeto, mas, em vez da criação de uma lei específica sobre consumo sustentável, recomendou a inclusão desse conceito na legislação ambiental já em vigor. Assim, referências ao consumo sustentável passariam a constar da Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e da Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

Pelo substitutivo a ser votado na comissão, a promoção e a adoção de padrões de consumo compatíveis com o desenvolvimento sustentável passariam a constar das recomendações dessas duas leis em prol do envolvimento da sociedade na conservação do meio ambiente. Após o exame pela CMA, a matéria será votada em decisão terminativa. É aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis.

Por Simone Franco, da Agência Senado

(Envolverde/Agência Senado)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Simpósio Internacional de Mudanças Climáticas e Pobreza na América do Sul

O Simpósio Internacional de Mudanças Climáticas e Pobreza na América do Sul tem o objetivo de apresentar dados e estudos que estão em andamento sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas relacionadas a pobreza no setor de prestação de serviços, especialmente saneamento, energia, saúde,

transportes, habitação, bem como questões demográficas.

Para isso contará com mesas redondas do Brasil, Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Equador, Bolívia, Peru e Colômbia. Além das mesas redondas, pretende-se construir um conjunto de indicadores específicos para a América do Sul, por meio de oficinas de indicadores de "síndromes de sustentabilidade" coordenadas por especialista da Comissão Econômica para América Latina e Caribe - CEPAL.

Realização do Grupo SIADES - Sistema de Informações Ambientais para o Desenvolvimento Sustentável da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e Departamento de Saúde Pública da Faculdade de saúde Pública da USP.

Período: 30 de agosto a 03 de setembro
Local: Faculdade de Saúde Pública da USP - Av. Arnaldo, 715 - Cerqueira
Cesar -
São Paulo
Inscrições em breve
Vagas limitadas

Informações e programação completa:
http://hygeia.fsp.usp.br/siades/
Sonia Coutinho
Comissão Organizadora

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Novo Código Florestal ameaça espécies, dizem cientistas

Se for implantado o novo Código Florestal, aprovado no mês passado por uma comissão da Câmara, os impactos negativos na fauna brasileira -como redução e até extinção de algumas espécies- poderão ser sentidos já nos próximos cinco anos.

Segundo Rebelo,crítica a projeto é "leviandade"

A análise é de cientistas que lotaram ontem o auditório da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para discutir o projeto de lei proposto pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP). De acordo com eles, o código não contou com a comunidade científica para ser elaborado.

O novo código, que ainda precisa ser votado no Congresso, encolhe as APPs (áreas de proteção  permanente), entre outras medidas. A redução de 30 m para 15 m das APPs nas margens dos riachos (com até 5 m de largura), que compõem 90% da malha hidrográfica nacional, é um dos pontos críticos.

Matas na beira dos rios são importantes para os bichos terrestres e os debaixo d'água, pois fornecem insetos e material orgânico aos peixes.

"Em São Paulo, 45 das 66 espécies de peixes de água doce ameaçadas de extinção estão justamente nos riachos", relata a bióloga Lilian Casatti, da Unesp.

OS SEM-FLORESTA

Répteis e anfíbios, que vivem em regiões alagadas, também sofrerão impactos, com menos vegetação às margens dos pequenos rios. "Onde há menos proteção de APPs pelo novo código é onde há mais biodiversidade", analisa o biólogo Luis Felipe Toledo, da Unicamp.

No caso dos répteis, o novo código afeta também um outro habitat natural: as montanhas. Isso porque áreas acima de 1.800 m deixam de ser consideradas APPs e recebem permissão legal para serem desmatadas.

Para Otávio Marques, biólogo do Instituto Butantan, a preservação dos répteis é importante inclusive do ponto de vista da saúde pública. "O veneno da jararaca, por exemplo, possui uma molécula que controla a
hipertensão e deu origem a um dos principais medicamentos da doença", destaca.

CORREDORES

O espaço menor para as florestas na beira dos rios pode afetar também certas populações ameaçadas e restritas de aves e mamíferos.

Ambos usam as margens preservadas como habitat ou como caminho para migrar de uma "ilha" de floresta preservada para outra. "Sem isso, os bichos escapam para o meio urbano ou para áreas de pastagens e acabam morrendo", diz Mauro Galetti, biólogo da Unesp.

O encontro realizado na Fapesp deverá resultar em um documento para integrar as discussões da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) sobre o novo Código Florestal.

SABINE RIGHETTI

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Consulta Nacional PNUD - Iniciativa sistematizará boas práticas ambientais

Quais são os benefícios sociais e financeiros e os custos econômicos de umagestão de ecossistemas preocupada com a sustentabilidade? As respostas para estas questões poderão vir da nova iniciativa promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) abriu um processo de consulta para coletar estudos, descrições e exemplos de projetos de conservação da biodiversidade do Brasil. O questionário on-line (Biodiversidade e Ecossistemas: Por que são Importantes para o Crescimento Sustentável e a Equidade ) pretende coletar informações sobre experiências públicas, privadas ou de ONGs que envolvam o tema.

*Faz sentido, o Brasil é o país com maior número de espécies nativas, entre15% e 20% de toda a diversidade biológica mundial.* O questionário tem 12 perguntas. Pede, por exemplo, que se mencionem políticas públicas no setor (federais, estaduais ou municipais) e se identifiquem impactos na produção, na produtividade, no emprego e na renda. Há também questões sobre áreas prioritárias para ações de conservação e mecanismos financeiros inovadores.

Um exemplo prático do que pode ser encontrado na consulta é o caso do Projeto Oásis, que remunera proprietários particulares de terras que conservam remanescentes de Mata Atlântica, em áreas de mananciais, contribuindo para manter a qualidade e a abundância da água.

Lançado pela* Fundação O Boticário de Proteção à Natureza *em 2006, o programa, atualmente, beneficia 13 proprietários de terras que historicamente preservam suas áreas naturais integram o projeto.

Ao todo, são conservados 657 hectares de áreas naturais, 45 mil metros de rios e 82 nascentes na grande São Paulo. A maioria das propriedades participantes possui mais de 70% de sua área coberta por vegetação natural.

“Isso (a consulta) será importante a curto prazo para embasar a posição brasileira na COP 10 da Convenção sobre Diversidade Biológica, que acontece em outubro, no Japão. Num segundo momento, será preciso um esforço conjunto de toda a sociedade para potencializar e replicar as boas ações que forem identificadas”, afirma diretora executiva da fundação, Malu Nunes.

Com esses elementos, avalia o biólogo Rodrigo Medeiros, consultor do PNUD, será possível fazer uma comparação entre a produção que desmata e a que não desmata. “Em geral, se diz que a produção predatória é mais barata e mais fácil de fazer. Há experiências, e pretendemos reunir outras, que mostram que não: que o manejo sustentável de gado, madeira e água, por exemplo, é viável e pode ser inclusive mais lucrativo”, afirma.

*Processo***
A iniciativa do PNUD está dividida em duas etapas. A primeira é o levantamento de informações, por meio da consulta que ficará aberta até meados de agosto. Mais tarde, nos dias 23 e 24 de agosto, o Programa realizará um encontro com especialistas e autoridades na área de meio ambiente, que analisará e complementará os dados colhidos pela pesquisa on-line.

Segundo o economista Carlos Eduardo Young, um dos assessores do PNUD e membro do comitê técnico da iniciativa, o objetivo é “consolidar informações sobre o que existe hoje que pode ajudar a dimensionar a importância da conservação da biodiversidade” .

O resultado final desse trabalho fará parte de um material Latino-Americano sobre meio ambiente: o “Biodiversidade e Ecossistemas: Por que são Importantes para o Crescimento Sustentável e a Equidade da América Latina e do Caribe”. Seguindo o mesmo princípio do que acontece agora no Brasil, países como México, Peru, Venezuela, Colômbia, Equador, Guatemala e Trinidade Tobago já fizeram sua “lição de casa”.

Todos os dados serão apresentados pelo PNUD no 10º Encontro da Conferenciadas Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, em Nagoia (Japão),entre 18 e 29 de outubro.

** 1. Apresentação*
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) convida os líderes políticos, acadêmicos, técnicos dos setores público, privado e do terceiro setor para participar do processo de consulta a stakeholders e lideranças nacionais no âmbito da Iniciativa “Biodiversidade e Ecossistemas: Por que são Importantes para o Crescimento Sustentável e a Igualdade da América Latina e do Caribe”.

* *A INICIATIVA PNUD RBLAC SOBRE BIODIVERSIDADE***

A Iniciativa Regional de Biodiversidade foi incluída como uma das áreas estratégicas do Programa Regional para América Latina e no Caribe do PNUD para o período entre 2008-2011. Ele irá interagir com os principais líderes políticos e econômicos da região para informar aos responsáveis políticos e tomadores de decisão da necessidade de incorporar a biodiversidade e serviços ambientais nas estratégias nacionais, destacando seu papel no desenvolvimento e equidade. Parceiros estratégicos do projeto incluem o PNUMA, o Secretariado da CDB e o CEPAL. O principal produto será um relatório de 200 páginas que apresentará concretamente quais os benefícios financeiros e econômicos e os custos decorrentes da gestão sustentável de ecossistemas para os países da região. Uma análise do "Business as Usual” em comparação com cenários de “Manejo Sustentável de Ecossistemas” será realizada, examinando a contribuição da biodiversidade e dos ecossistemas para a produção em diversos setores e para determinar seu valor econômico e papel na promoção do crescimento e equidade.

*O PROCESSO DE CONSULTA***

Como parte da iniciativa, um processo de consulta com os principais stakeholders na região foi idealizado para coletar informações valiosas junto aos setores público e privado, ONGs, comunidades indígenas e os membros da academia da região a respeito da contribuição da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas para a equidade e crescimento sustentável da América Latina e Caribe, através da identificação de experiências setoriais emblemáticas. Um total de sete reuniões para a consulta de stakeholders foram realizados até o momento em países megadiversos/ sub-regiões da América Latina e Caribe, incluindo México, Peru, Venezuela, Colômbia, Equador, Guatemala e Trinidad e Tobago. Para completar este processo, uma reunião de consulta final será realizada no Brasil no mês de agosto de 2010.

 *A CONSULTA NACIONAL NO BRASIL***

A consulta será realizado em duas etapas a fim de coletar informações valiosas sobre estudos de casos, abordagens de políticas públicas e iniciativas inovadoras/efetivas de conservação que evidenciem a contribuição (potencial e/ou corrente) da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos para a economia brasileira e suas estratégias de desenvolvimento.O questionário a seguir faz parte da primeira etapa da consulta e visa identificar prioridades e barreiras à conservação e manejo sustentável da biodiversidade através da coleta de dados e estudos de caso feitos por experts na área que demonstrem o valor econômico e social da biodiversidade no Brasil.

A segunda etapa consistirá de um workshop onde especialistas que participaram da primeira fase discutirão sobre os avanços e necessidades e perspectivas para avanços no curto, médio e longo prazos.Todo o material obtido por essa consulta será avaliado pela Equipe Técnica da Iniciativa, e servirá de subsídio a elaboração do Informe Regional “Biodiversidade e Ecossistemas: Por que são Importantes para o Crescimento Sustentável e a Igualdade da América Latina e do Caribe".


Adm. prof. Jorge Barros

Educador e Gestor socioambiental
Prof. ETUS/UNISUAMMembro da Comissão de Desenvolvimento Sustentável do CRA/RJ e Membro do Conselho Deliberativo da APA Gericinó Medanha
Assessor-consultor da Superintendência da Agenda 21 SEA