quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Seca no Amazonas atinge 60 mil famílias e preocupa agricultores

O nível do Rio Negro atingiu 13,63 metros neste domingo (24), marca mais baixa da história das medições na região, feita desde 1902, e a seca que atinge a região preocupa moradores de áreas rurais.


No total, 38 municípios decretaram situação de emergência devido à estiagem no Amazonas. A seca já atingiu mais de 60 mil famílias que vivem ao longo dos dois maiores afluentes, o Rio Negro e o Solimões. Dezenas de comunidades próximas a Manaus (AM) estão isoladas.

"Nossa comunidade de São Sebastião encontra-se em uma situação precária. O rio secou e não tem mais água. Com isto, as famílias estão sendo prejudicadas porque não têm acesso de transporte”, diz Josimar Peixoto, presidente da Comunidade São Sebastião.

O agricultor Manoel Juvêncio dos Santos costuma guardar, em um poço, água para a família, mas a reserva está baixa e a pouca água que ele consegue tirar está suja. “Tem o poço do vizinho que ainda está dando água, mas é bem pouca e fica barrenta”, diz ele.

Barcos e casas flutuantes ficaram encalhados no leito de afluentes que secaram. Nas árvores do fundo de um igapó, área de floresta inundada durante as cheias, é possível ver a marca deixada pela água na última estação de chuvas, na altura da forquilha.

A lancha que José Roberto Coelho usa para transportar passageiros está parada no Tarumá-Mirim, afluente do Rio Negro. “Este é o barco que trabalho e agora estou parado. Está tudo seco e não tenho como movimentar de jeito nenhum”, diz. Agora, o caminho agora é feito a pé, pela margem do rio, com o peso levado no braço ou sobre as cabeças.

A agroindústria da Comunidade Nossa Senhora de Fátima está parada. Sem barco para se deslocar, os ribeirinhos não conseguem levar frutas até a fábrica, que ainda enfrenta falta de eletricidade. Técnicos da companhia de energia têm dificuldades para fazer a manutenção da rede.

"A estrada não dá acesso. Isto era feito via fluvial. Como fechou o acesso fluvial para a comunidade, nós estamos à mercê de passar 24 ou 72 horas sem luz”, disse Anselmo Araujo, presidente da comunidade.

Fonte: G1

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Curso de Multiplicadores e extensionistas em queima controlada no oeste baiano

Objetivo: capacitar multiplicadores para a difusão de conhecimento técnico em queima controlada abordando também novas formas de cultivo ponderando sempre o desenvolvimento sustentável da região.

Público-alvo: técnicos que atuam em extensão rural.

Data: 8 a 12 de novembro de 2010.

Local para aula teórica: a definir.

Local para aula prática (entre 1 e 2 hectares): a definir.

Instrutores: José Antônio B. Seixas e Gabriel Cardoso Borges - Prevfogo/Ibama.

Nº de participantes: 20 a 25.

Abrangência: Barreiras, Bom Jesus da Lapa, São Desidério e Paratinga. Sítio do Mato e Serra do Ramalho poderão participar se sobrar vagas.

Alimentação: o curso oferecerá almoço e 2 lanches por dia para todos os participantes durante o período do curso. É importante que todos almocem juntos para evitar atrasos.

Hospedagem: o curso oferecerá hospedagem para os participantes que não residem em Barreiras, em quartos duplos ou triplos, durante o período do curso (4 diárias).

Os orçamentos de hospedagem e alimentação precisam ser encaminhados para o Prevfogo/Sede até o dia 27 de outubro. Nos orçamentos devem constar nome, endereço, telefone, CNPJ, a descrição do serviço em valores unitário e total e assinatura.

Transporte: o transporte dos participantes de seus municípios até Barreiras e do hotel até o local onde serão realizadas as aulas teóricas e práticas não serão oferecidos pelo curso, será de responsabilidade de cada participante ou da Prefeitura de Barreiras, se ela puder colaborar.

Mais informações: Ibama (Sérgio Moreno) – Fones: 3611.6341/6066

Email: sergio.moreno@ibama.gov.br

terça-feira, 26 de outubro de 2010

EA NA BACIA DO GRANDE

O Ministério do Meio Ambiente, leia-se NUSF - Nucleo São Francisco em parceria com a CIEA -
Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental e a Sema - Secretaria do Meio Ambiente
do Estado da Bahia estão promovendo por todo estado , nos cinco biomas uma pesquisa sobre a realidade da Educação Ambiental no âmbito de nossas prefeituras, secretarias de meio ambiente e educação. Na região da Bacia do Rio Grande a pesquisadora é a coordenadora da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Comitê de Bacia Hidrografica do Rio Grande, CBHG - Bere Brazil, Servidora da Sema locada na Casa do Meio Ambiente de Barreiras que acumula a coordenação das linhas de pesquisa sobre educação ambiental do CRAD - Centro de Referencia de Recuperação de Área Degradada e do Nuoeste, nucleo de pesquisa do COMCERRADO outro projeto de pesquisa federal ligados ao CNPQ.
A pesquisa vai indicar a situação e as dificuldades que as prefeituras tem na implantação da Educação Ambiental não só no âmbito das escolas como em ações e programas continuados para a sociedade. Verifica o nível de formação disponivel nos municípios, as parcerias formatadas e as ações que vem sendo implementadas.
Bere Brazil, enquanto visita todas as cidades da região além de entrar em contato com quem está fazendo EA nos municipios da Bacia está cadastrando também as ONGs que tem atuado na região tanto nas áreas de unidades de conservação como fora delas, buscando um perfil daquelas instituições comprometidas com a EA. Estas atividade tinha ficado definida em algumas das reuniões da CTEA do CBHG e graças a esta combinação de vontades esta ação trará uma base de dados bastante significativa para a pesquisa e a viabilização de ações de EA por toda a região.
Os dados da pesquisa serão apresentados no dia 10 de novembro em Barreiras durante a reunião promovida pelo Ministério Publico e posteriormente os dados serão disponibilizados neste blog.

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005

As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). O número foi apresentado nesta terça-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O novo inventário nacional de emissões será apresentado à Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes da próxima Conferência das Partes (COP), em novembro, em Cancún, no México. O balanço faz parte da Segunda Comunicação Nacional à Convenção --um relatório do que o Brasil tem feito para mitigar as causas e atenuar os impactos do aquecimento global.

O inventário anterior trazia os dados de 1990 a 1994. Para este ano, o compromisso assumido com a ONU era apresentar dados até 2000. Mas o governo brasileiro decidiu avançar e agregar números até 2005.

O desmatamento ainda é o principal vilão das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O setor de mudança no uso da terra e florestas é responsável por 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19% das emissões nacionais e o setor de energia é responsável por outros 15%.

O inventário também contabiliza emissões da indústria e do tratamento de resíduos, responsáveis por 3% e 2% do total nacional, respectivamente.

Rezende também apresentou uma estimativa das emissões brasileiras em 2009, que não será levada à ONU. Pelos cálculos, no ano passado, o Brasil teria emitido 1,775 gigatoneladas de CO2 equivalente, 33% a menos que em 2005. A queda, segundo o ministro, se deve principalmente à redução do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, somada à manutenção do nível de crescimento de emissões nos outros setores.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IMA libera licença para PCH no Rio das Fêmeas

PORTARIA Nº 13.610 DE 15 DE OUTUBRO DE 2010. O Diretor Geral do INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE - IMA, no exercício da competência que lhe foi delegada pelas Leis Estaduais nºs 10.431/06 e 11.050/08, regulamentadas pelo Decreto Estadual nº 11.235/08 e tendo em vista o que consta do Processo nº 2009-014667/TEC/LO-0056, RESOLVE: Art. 1.º - Conceder LICENÇA PRECÁRIA DE OPERAÇÃO, válida pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias, à BAHIA PCH I, inscrita no CNPJ sob nº 08.747.075/0001-42, com sede na Praia do Flamengo, bairro Flamengo, Rio de Janeiro, para a Pequena Central Hidrelétrica – PCH de Sítio Grande, empreendimento com atividade de geração de energia hidrelétrica no Rio das Fêmeas, localizado na zona rural, no município de São Desidério, a jusante da usina de Alto Fêmeas, atendendo ao disposto nas Resoluções da ANEEL 337/99 e 1.397/2008, mediante o cumprimento da legislação vigente e dos condicionantes constantes da íntegra da Portaria que se encontra no referido Processo. Art. 2º - Esta Licença refere-se a análise de viabilidade ambiental de competência do Instituto do Meio Ambiente - IMA, cabendo ao interessado obter a Anuência e/ou Autorização das outras instâncias no âmbito Federal, Estadual ou Municipal, quando couber, para que a mesma alcance seus efeitos legais. Art. 3º - Estabelecer que esta Licença, bem como cópias dos documentos relativos ao cumprimento dos condicionantes, sejam mantidos disponíveis à fiscalização do IMA e aos demais órgãos do Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA. Art. 4º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação. PEDRO RICARDO SILVA MOREIRA – Diretor Geral


Diário Oficial

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mundo terá grandes secas nos continentes, diz pesquisador

Os Estados Unidos e vários países de grande população enfrentam uma ameaça crescente de grave e prolongada seca nas próximos décadas, segundo um estudo do Centro Nacional Pesquisa Atmosférica norte- americano (NCAR, na sigla em inglês).

O aumento das temperaturas, combinado com a mudança climática, provavelmente criará um ambiente mais seco em todo o planeta nos próximos 30 anos, afirma o cientista Aiguo Dai, coordenador do estudo e das projeções.

De acordo com Dai, existe a possibilidade que em certas regiões a seca alcance proporções incomuns e até mesmo nunca vistas na era moderna.

O estudo tem como base 22 modelos climáticos virtuais, um amplo índice de medidas de condições da seca e uma análise de estudos já publicados.

O trabalho conclui que a maior parte da América, Europa, Ásia, África e Austrália podem ser ameaçadas por secas extremas durante o século.

Já as regiões situadas em latitudes elevadas, do Alasca a Escandinávia, se transformarão provavelmente em zonas mais úmidas, segundo as projeções.

"Enfrentamos a possibilidade de seca extensa nas próximas décadas, mas isto ainda não é plenamente reconhecido pela população e pela comunidade que investiga as mudanças climáticas", advertiu.

"Se as projeções deste estudo estiverem perto de concretizar-se, as consequências para as sociedades no mundo seriam gigantescas", destaca o cientista.

Dai alertou que as conclusões do estudo são baseadas nas melhores projeções atuais das emissões de gases que provocam o efeito estufa sobre a Terra.

O que realmente acontecerá nas próximas décadas dependerá de muitos fatores, incluindo as futuras emissões de gás carbônico, assim como os ciclos climáticos naturais, como a corrente marinha do fenômeno El Niño.

DA FRANCE PRESSE

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Brasil deve investir em sustentabilidade para se destacar no Bric, diz professor

A sustentabilidade deve ser a prioridade para o Brasil se destacar internacionalmente entre os países do Bric (inclui também Rússia, Índia e China). É o que afirma o professor e mestre em engenharia de produção, com ênfase em logística ambiental, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rogério Valle.

Segundo Valle, como os países do Bric terão peso preponderante na economia mundial nas próximas décadas e pelos critérios que atualmente são necessários para a competitividade internacional, a sustentabilidade é o principal ponto que o Brasil pode almejar ser mais eficiente que o restante.

"A sustentabilidade está virando um fator cada vez mais decisivo no comércio internacional. Sem dúvida o Brasil está potencialmente melhor situado que os demais. Apesar de o país não poder competir em produtividade, como de eletrodomésticos, softwares e em serviços médicos com a Índia e China, podemos ter uma indústria caracterizada no desenvolvimento sustentável", disse.

De acordo com o professor, palestrante do encontro Carbono Zero, Rumo à Copa e aos Jogos Olímpicos, o conceito de sustentabilidade pode ser definido pela recente percepção de que é necessário atacar simultaneamente o problema social e o problema ambiental. Ele ressaltou que para sobreviver no mercado, as empresas devem cada vez mais se preocupar com as questões ambientais e sociais.

DA AGÊNCIA BRASIL

Brasil vai reafirmar compromisso de proteção dos biomas em conferência da ONU

O governo brasileiro deve repactuar os compromissos assumidos na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, que ocorrerá a partir do dia 19, em Nagoia, no Japão.

Ao assinar a convenção, o Brasil havia assumido o compromisso de garantir até 2010 a cobertura, por meio de unidades de conservação, de 10% de proteção de cada bioma e de 30% da Amazônia. A informação foi dada à Agência Brasil pelo diretor de Florestas da Secretaria da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros.

Segundo ele, com um percentual menor do que o da Amazônia, a área protegida nos demais biomas ainda está distante do proposto na CDB. "É uma meta que ainda representa um grande desafio para o país. Mas nós acreditamos que há cada vez mais sinais de que isso é uma prioridade defendida pela sociedade. Nós precisamos aprimorar esses mecanismos de negociação para que a sociedade entenda a necessidade e a urgência dessas ações. E, com isso, a gente tenha maior facilidade para efetivar a criação dessas novas áreas."

Medeiros afirmou que, apesar de não ter cumprido a meta proposta na CDB, o Brasil foi o país que mais contribuiu para a conservação da biodiversidade nos últimos anos. A COP-10 vai trazer ao debate os problemas que estão ameaçando espécies vegetais e animais em todo o mundo. Ele acredita que, na conferência, o país terá maior legitimidade para cobrar os compromissos assumidos pelos outros países, principalmente os desenvolvidos.

O diretor lembrou que as nações industrializadas também são signatárias da CDB e, apesar de não terem mais um percentual de biodiversidade muito significativo, têm um papel importante a desempenhar na negociação internacional, para auxiliar os países detentores de biodiversidade a implementar essas ações nos seus territórios.

Medeiros disse que os biomas do Cerrado e da Caatinga são os que apresentam as maiores vulnerabilidades no que diz respeito à conservação, embora a Mata Atlântica tenha sido o bioma mais impactado ao longo do processo histórico brasileiro.

"Em biomas como o Cerrado e a Caatinga, nós temos uma situação duplamente complicada, que é uma representatividade ainda baixa e a distribuição, no bioma e nas categorias de proteção e uso sustentável, ainda muito desequilibrada". Além disso, ele ressaltou a influência da ação humana sobre os biomas, como o agronegócio, que é um fator de conflito, define.

DA AGÊNCIA BRASIL

Homem está acabando com a vida na Terra, alerta diretor da ONU

Para analistas, mundo caminha para fase de extinção semelhante à do desaparecimento dos dinossauros.

Na abertura da 10ª edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), o diretor do programa para meio ambiente das Nações Unidas (ONU), Achim Steiner, foi enfático ao afirmar que o homem está acabando com a vida na Terra.

"Este é o único planeta no universo em que sabemos que existe vida como a nossa e estamos destruindo as bases que a sustentam", alertou.

O encontro começou nesta segunda-feira (18) em Nagoya, no Japão, e termina no dia 29 de outubro. Durante estas próximas duas semanas, representantes de 193 países vão avaliar as metas de preservação ambiental assumidas para este ano e definir quais serão os próximos objetivos até 2020.

O tom pessimista foi observado ainda nos discursos de outras autoridades e especialistas da área ambiental, que chegaram a afirmar que o mundo está caminhando para uma fase de extinção na mesma proporção do período em que os dinossauros desapareceram da Terra.

Para eles, a destruição da natureza tem afetado diretamente a sociedade e a economia. A ONU estima que a perda da biodiversidade custa ao mundo entre US$ 2 trilhões (R$ 3,2 trilhões) e US$ 5 trilhões (R$ 8 trilhões) por ano, principalmente nas partes mais pobres.

"(O monge budista) Teitaro Suzuki disse que 'o problema da natureza é um problema da vida humana'. Hoje, infelizmente, a vida humana é um problema para a natureza", disse o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryo Matsumoto.

"Temos de ter coragem de olhar nos olhos das nossas crianças e admitir que nós falhamos, individualmente e coletivamente, no cumprimento das metas prometidas no encontro de Johanesburgo (em 2002)", completou o ministro.

Matsumoto lembrou ainda que a perda da biodiversidade pode chegar a um ponto irreversível se não for freada a tempo.

"Toda a vida na Terra existe graças aos benefícios da biodiversidade, na forma de terra fértil e água e ar limpos. Mas estamos agora próximos de perder o controle se não fizemos grandes esforços para conservar a biodiversidade", disse.

Sinais de esperança

Jane Smart, chefe do programa de espécies da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), disse que, apesar do problema ser grande e complexo, existem alguns sinais de esperança.

"A boa notícia é que quando nós promovemos a conservação, ela realmente funciona; gradativamente estamos descobrindo o que fazer, e quando nós fazemos, as coisas dão muito certo", disse a pesquisadora à BBC News.

"Precisamos fazer muito mais para conservar, como proteger áreas, particularmente o mar. Temos de salvar vastas áreas do oceano e os cardumes de peixes. Isso não significa que devemos parar de comer peixes, mas comer de uma forma sustentável", afirmou Jane.

O Brasil também participa do encontro e vai pressionar os países ricos para obter recursos em torno de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) por ano para a preservação ambiental, além de exigir metas globais mais específicas contra a perda da biodiversidade.

Outro ponto defendido pela comissão brasileira é a cobrança de royalties pelo uso de recursos vegetais e animais. A ideia é que empresas que utilizam matérias-primas provenientes de nações em desenvolvimento repassem uma parte do dinheiro às comunidades locais.

Fonte: G1

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Primeiro ônibus com sistema de telhado verde circula em Nova York

A natureza não está muito presentes nas grandes cidades. A maioria dos centros urbanos é repleta de concretos, ferro e asfalto. Para dar um toque diferente a essa realidade, o designer Marco Antonio Cosio criou o Bus Roots, que têm um verdadeiro “jardim em seu telhado”.

Cidades como Nova York, por exemplo, não possuem mais espaço para o crescimento de áreas verdes. O Bus Roots nasceu com o objetivo de ser a solução para esse problema, além de ajudar a diminuir as ilhas de calor, trazer a natureza às cidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O intuito do designer é conseguir plantar, em média, 15 hectares de plantas em 4500 ônibus de Nova York, EUA. A área ocupada pelos jardins seria equivalente a quatro Bryant Parks localizado na mesma cidade.

A ideia surgiu para uma competição conhecida como DesignWala Grand Idea Competition e conquistou o segundo lugar na premiação. O projeto objetiva conectar novamente as comunidades urbanas à natureza, e melhorar a qualidade do ambiente ao redor. O Bus Roots possui efeito estético, isolação térmica e acústica, absorção de CO2, restauro do habitat, educação pública e recreação, entre outras coisas. A criação é um projeto público e divertido, que levanta questões como: agricultura urbana e nômade, remediação ambiental, novos modelos de vida e educação, padrões de migração e transporte.

O primeiro protótipo, testado em Nova York, foi instalado no teto do Biobus, que é pioneiro no uso de um sistema de telhado verde na metrópole americana.

Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia.php/1265/primeiro_onibus_com_sistema_de_telhado_verde_circula_em_nova_york/

sábado, 9 de outubro de 2010

Desmatamento na Amazônia Legal cai 47% em agosto

O desmatamento na Amazônia Legal, em agosto, ficou 47% menor na comparação com agosto de 2009, passando de uma área de 498 quilômetros quadrados para 265 quilômetros quadrados. "Este é um ótimo resultado, mas temos que avançar. Não precisamos ter desmatamento na Amazônia", avaliou a ministra do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Os dados são produzidos pela Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe).

Em 2008, segundo dados divulgados hoje, 756 quilômetros quadrados foram desmatados na Amazônia legal e, no ano seguinte, esse território passou para 498 quilômetros quadrados, uma queda de 34%. "Verificamos um padrão de redução do desmatamento sustentável: caiu em 2009 e caiu agora", disse a
ministra, atribuindo esse resultado ao planejamento e à fiscalização ambiental. Os Estados que compõem a Amazônia Legal são: Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Maranhão, Roraima, Acre, Tocantins e Amapá. A expectativa é de que, até o fim de novembro, o Ministério do Meio Ambiente anuncie todos os dados consolidados.

*Desmate nos Estados*

Entre os Estados mencionados, o Amazonas foi o único a apresentar aumento do desmatamento de janeiro a agosto na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o crescimento nesse Estado foi de 26% no período, passando de uma área de 87,6 para 110,71
quilômetros quadrados. Os demais oito Estados da região apresentaram redução no período.

A ministra do Meio Ambiente afirmou que o Amazonas tem demonstrado aumento do desmatamento, mas que o ministério está atacando o crescimento dessa atividade. "O desmatamento é um crime ambiental, que combateremos assim como também combatemos o crime tributário, porque quem faz isso, sonega, além de realizar outros crimes", comentou.

Já o coordenador-geral de zoneamento e monitoramento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), George Ferreira, salientou que parte do aumento verificado no Amazonas é por conta das nuvens que cobriam o Estado no ano passado e impediam a
verificação. A ministra enfatizou, porém, que equipamentos novos conseguirão identificar a situação real das áreas, mesmo quando há incidência de nuvens nas regiões verificadas, e que eles já estão em processo de ajuste. "A questão das nuvens está deixando de ser um gargalo. Isso ficará para o próximo governo", afirmou.

No Pará, houve redução de 53% da área desmatada de janeiro a agosto, passando de 1.275 quilômetros quadrados nos primeiros oito meses de 2009 para 599 quilômetros quadrados este ano. No Mato Grosso, a queda foi de 40%, de 756 quilômetros quadrados para 452 quilômetros quadrados. Em Rondônia a
redução foi de 151 quilômetros quadrados para 122 quilômetros quadrados (-19%); no Maranhão, de 100 quilômetros quadrados para 61 quilômetros quadrados (-38%).

Em Roraima, de 50 quilômetros quadrados para 30 quilômetros quadrados (-39%); no Acre, de 10 quilômetros quadrados para 7 quilômetros quadrados (-28%) e, em Tocantins, de 19 quilômetros quadrados para 6 quilômetros quadrados (-66%). No Amapá, não foi identificada nenhuma área de
desmatamento de janeiro a agosto deste ano. No mesmo período de 2009, estava em 4 quilômetros quadrados. 


Célia Froufe