quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água, 22 de março

História do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Fonte:Suapesquisa.com

quinta-feira, 15 de março de 2012

Comemoração ao Dia Mundial da Água em São Desidério-Ba

As comunidades do Julião,Sítio de Cima, Sítio do Rio Grande, Derocal, Penedo, Morrão e a Agência 10envolvimento convidam V. Sa. para para participar do Dia da Água a ser comemorado no dia 17 de março, a partir das 18 horas, na Comuinidade do Sitio do Rio Grande no Centro Comunitário, próximo a quadra de esportes.

Programação:

· 18 horas – troca de experiências entre as comunidades ribeirinhas dos Rios Grande e Corrente,

· 19 horas - Lançamento do filme documentário “Das Águas Gerais – Resistencia de um povo" do movimento dos Ameaçados e Atingidos de Barragens da Bacia Hidrográfica do Rio Corrente.

· 20 horas - Festa ribeirinha (sons, cantos e cantigas,chulas e modas de viola.

Fonte: Agência 10senvolvimento

segunda-feira, 12 de março de 2012

O que é a Rio+20?

Rio+20 é o nome da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro em junho de 2012. Deverão participar líderes dos 193 países que fazem parte da ONU.

Objetivo:

O principal objetivo da Rio+20 é renovar e reafirmar a participação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento sustentável no planeta Terra. É portanto uma segunda etapa da Cúpula da Terra (ECO-92) que ocorreu há 20 anos na cidade do Rio de Janeiro.

Principais temas que serão debatidos:

- Balanço do que foi feito nos últimos 20 anos em relação ao meio ambiente;

- Ações para garantir o desenvolvimento sustentável do planeta;

- Maneiras de eliminar a pobreza;

- A governança internacional no campo do desenvolvimento sustentável

Fonte: Suapesquisa.com

sábado, 10 de março de 2012

Conferência Municipal de Meio Ambiente de Barreiras


A Conferência Municipal de Meio Ambiente (CMMA) – Barreiras/BA, convocada pelo Decreto 143, de 30 de janeiro de 2012, acontecerá nos dias 13 e 14 de março de 2012, e será realizada pela Prefeitura Municipal de Barreiras, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com o apoio do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

Esta iniciativa temcomo objetivo debater com os diversos segmentos da sociedade, com vistas a elaborar propostas que intencionem o fortalecimento das políticas ambientais, a fim de contribuir para a consecução dos objetivos da III Conferência Estadual do Meio Ambiente da Bahia – III CEMA, a qual acontecerá em junho de 2012, em Salvador, sob coordenação da Secretaria Executiva dos Colegiados Ambientais – SECEX, vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

A CMMA será realizada de maneira democrática, com a participação dos setores social, empresarial e público em um foro de debates sobre a temática ambiental, tendo como tema gerador:

“Integração das Políticas de Meio Ambiente e Recursos Hídricos”

Os temas que estarão em discussão foram escolhidos a partir do Plano Estadual de Meio Ambiente (Pema) e das discussões participativas realizadas pelo Governo nos últimos anos, quando foram colhidas as demandas da sociedade civil.

Os pontos foram condensados em nove eixos temáticos. São eles:

I. Preservação, conservação e uso dos recursos naturais;

II. Melhoria da gestão e do acesso aos recursos hídricos;

III. Ampliação da oferta dos serviços de saneamento básico;

IV. Prevenção e enfrentamento às causas e efeitos das mudanças do clima, desertificação, seca e riscos e desastres ambientais;

V. Fortalecimento da educação ambiental e do exercício da cidadania;

VI. Elevar a capacidade institucional e estabelecer sistemas interativos de gestão e controle;

VII. Incentivo a estudos e pesquisas voltadas às práticas de uso sustentável dos recursos naturais;


VIII. Discussões e perspectivas da Conferência Rio+20;

IX. Controle e sustentabilidade ambiental rural.

Serão disponibilizadas 140 vagas para credenciados, com direito a voz e voto, e 60 para observadores, com direito a voz, mas sem direito a voto.

Os credenciados serão os representantes das Intuições dos três setores: Social, Público e Empresarial, os quais terão a seguinte composição:

1) Social:

a) Movimentos sociais da cidade, do campo e da floresta;

b) Trabalhadores formais e informais: associações, sindicatos, federações e confederações de trabalhadores, centrais sindicais;

c) Entidades Profissionais, acadêmicas, pesquisa e organizações não governamentais.

2) Público – Federal, Estadual e Municipal.

3 Empresarial – sindicatos patronais, federações, associações e cooperativas de empresários.

As Instituições que se interessarem em participar da Conferência poderão requerer a ficha de inscrição através do e-mail: semma.cmma@live.com, a qual deverá ser devidamente preenchida e apresentada com os seguintes documentos:

•Oficio do segmento devidamente assinado e carimbado pelo representante de maior nível hierárquico;

•Cópia do estatuto da entidade devidamente registrado; e

•Cópia do cartão de CNPJ.

Já as Instituições do setor público deverão somente apresentar ofício em papel timbrado, anexado à ficha de inscrição, indicando dois representantes: um titular e um suplente.

As inscrições já estão abertas e poderão ser efetuadas em horário comercial na sede da Secretaria de Meio Ambiente de Barreiras, na Rua das Turbinas, Parque de Exposições Eng.º Geraldo Rocha, s/n, até o dia 09 de março de 2012 e serão gratuitas.

Confira a PROGRAMAÇÃO:

Dia 13/03/2012

08h - 09h – Credenciamento dos representantes e observadores

08h30 - Lanche

09h - Abertura solene

10h - Leitura da Proposta de Regimento Interno e Aprovação

12h - Almoço

13h30 - Palestra I

15h - Palestra II

16h30 - Palestra III

18h - Definição da composição dos grupos de trabalho

18h - Lanche

18h30 - Encerramento

Dia 14/03/2012

08h - Grupos de trabalho

08h - Lanche nas salas que ocorrerão as reuniões dos grupos de trabalho

12h - Almoço

13h30 - Plenária Final

16h30 - Eleição dos delegados que representarão o município na instância Territorial

17h - Encerramento e confraternização

17h30 - Entrega de Certificado

17h30 –Lanche

FonteJanaína de Oliveira - Assessora Técnica do COMDEMA

quinta-feira, 8 de março de 2012

Estudo mostra que mulher tem hábitos mais sustentáveis

Seja enquanto escovam os dentes ou quando estão dando destino ao lixo, pessoas na terceira idade têm mais hábitos considerados sustentáveis, mas as mulheres ganham dos homens. É o que garante pesquisa realizada pela Fecomércio em parceria com o Ipsos, que entre 2007 e 2011 entrevistou mil pessoas de 70 cidades brasileiras, incluindo capitais como Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

De acordo com a pesquisa, os jovens têm o hábito de deixar a torneira aberta enquanto escovam os dentes, coisa que pessoas mais idosas fazem menos. Segundo números levantados pela pesquisa, 91% dos entrevistados de terceira idade fecham a torneira, enquanto entre os mais jovens o índice é de 81%.

Ao dar destino ao lixo, 54% dos mais idosos se preocupam em separar o que pode ser reciclado, enquanto entre os mais jovens o índice ficou em 37%. Dos entrevistados, 41% dos que estão na terceira idade se preocupam em cultivar plantas, enquanto entre os jovens, 31%.

Quando comparados por sexo, a pesquisa identificou que 90% das mulheres se lembram de apagar as luzes ao deixar um ambiente, valor que ficou em 84% entre os homens. Em relação a fechar a torneira enquanto escovam os dentes, 88% das mulheres responderam ter esse hábito enquanto entre os homens o número foi 84%.

No ano passado, um estudo realizado na Suécia havia apontado que homens têm hábitos com maior impacto ambiental. Homens passam mais horas dirigindo e, por isso, despejam mais gás carbônico no meio ambiente. Segundo eles, quando solteiros, homens gastam mais energia do que as mulheres, segundo a pesquisa, por se manterem mais tempo em jogos, que consomem mais eletricidade.

Fonte:Por Gilberto Junior in Greenstyle

quarta-feira, 7 de março de 2012

VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental

O Fórum Brasileiro de Educação Ambiental é o mais importante evento da Educação Ambiental no país e a sua sétima edição acontecerá em Salvador, Bahia, entre os dias 28 e 31 de março de 2012 com a temática estratégica “Educação Ambiental: Rumo à Rio +20 e às Sociedades Sustentáveis”.

O VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental traz visibilidade para a trajetória de conhecimentos, experiências e práticas de educação ambiental do Brasil. O evento abarca múltiplas vivências e oportunidades de diálogos na diversidade de todos os participantes. Nele pretende-se viabilizar a construção de uma sólida agenda de proposições da sociedade civil para a Rio +20.

Um dos avanços previstos para o VII Fórum é associar e integrar pesquisas, metodologias, aplicação, processos e resultados de Educação Ambiental com o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global* e demais documentos referenciais de educação ambiental. Para os educadores brasileiros, será uma ótima oportunidade de se reconhecerem e validarem suas práticas como integrantes da rede planetária pelas sociedades sustentáveis.

Assim, o público do VII Fórum envolve educadores, professores, universitários, rede de ensino, empresas, pesquisadores, ambientalistas, povos e comunidades tradicionais, movimentos sociais, ONGs, associações comunitárias, empreendedores familiares, sindicatos, instituições públicas e privadas, formadores de opinião e interessados na área socioambiental, que estarão presentes nesse evento referência na Educação Ambiental.

O Tratado é o documento de princípios da REBEA - Rede Brasileira de Educação Ambiental e inspira a ação dos educadores ambientais articulados em rede. Entre os objetivos do VII Fórum está o de contextualizar sua efetividade e contribuir para avaliação e fortalecimento da Política Nacional de Educação Ambiental.

A ampla programação construída nas dimensões “ambiental, social, cultural, econômica e visão de mundo”, como formato de mesas redondas, fóruns, rodas de conversa, openspace, café social, minicursos, painéis, oficinas, jornadas temáticas, encontros paralelos, trilha da vida, atividades culturais, vídeos no Ecocine, poesias, artes, danças e com a produção de documentos que serão referência para atuação no campo socioambiental.

O Fórum é uma realização da Rede Brasileira de Educação (REBEA) e Rede Baiana de Educação Ambiental (REABA) tendo o Instituto Röerich da Paz e Cultura do Brasil como secretaria executiva.

Conheça detalhes da programação, inscrição dos trabalhos e orientações sobre os critérios de seleção e participação no site www.viiforumeducacaoambiental.org.br.

Contatos com a organização do evento: secretaria_VIIforumea@taticcaeventos.com

A origem da poluição hídrica

Quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras).

O processo de poluição dos rios deve-se à quantidade de “alimentos” lançados nas águas. Os esgotos domésticos, muitos tipos de resíduos industriais, os dejetos agrícolas e especialmente os pecuários, são constituídos preponderantemente de matéria orgânica, elemento que serve de alimento aos seres aquáticos, sejam peixes, sejam bentos, plâncton, bactérias, etc.

O meio aquático precisa de alimento, porém o excesso gera poluição. O mesmo alimento que vai fazer proliferar todos os segmentos da vida aquática, resultará em uma enorme taxa de consumo de oxigênio. O consumo de oxigênio no ambiente será maior que seu fornecimento, que nas águas vêm através da superfície (ventos e principalmente chuvas), e pela produção fotossintética das plantas aquáticas. Muitas vezes a quantidade de matéria orgânica lançada turva a água a ponto de impedir, pelo sombreamento, a atividade fotossintética. Quando a taxa de oxigênio do meio, chega a níveis mínimos, a vida que dele depende, desaparece.

Assim, quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras). Como esta demanda (consumo) é resultado de uma atividade biológica ou bioquímica, diz-se que houve uma Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, cujo valor é medido a partir do volume ou concentração assimilável da matéria orgânica, pelas bactérias aeróbicas, ou seja, das que necessitam do oxigênio em seu metabolismo.

A ação destas bactérias na degradação da matéria orgânica produz gás carbônico resultante da oxidação (perda de elétrons) e água, resultante da redução do oxigênio (ganho de elétrons).

Quando todo o oxigênio se extingue, as bactérias e outros seres que dependem do oxigênio para a respiração também são extintos e em seu lugar surgem outros seres microscópicos capazes de se alimentar e “respirar” na ausência do oxigênio. Estas bactérias são chamadas anaeróbicas.

No processo anaeróbico, os subprodutos dependem do tipo do composto orgânico e da bactéria que está atuando. Quando são bactérias sulfatorredutoras – em ambientes ricos em sulfatos – ocorre o cheiro desagradável de ovos podres, típico de ambientes sépticos. Ao processo com mau odor chama-se também de putrefação.

Mas a decomposição anaeróbica também ocorre sem odores, por exemplo, com a produção de metano (gás dos pântanos), os álcoois, como os da decomposição por fungos da cevada, cana-de-açúcar e uva, produzindo a cerveja, a cachaça e o vinho. A estes processos chama-se fermentação.

Tanto a atividade aeróbica quanto a anaeróbica é chamada de decomposição. São realizadas por microorganismos em seus processos naturais de nutrição e respiração, usando a matéria orgânica como fonte de energia e matéria prima para formação de suas células.

Para que ocorra a decomposição duas condições são essenciais:

a) que ocorram condições favoráveis à vida dos microrganismos, já que sua presença é indispensável;

b) que a matéria a ser decomposta seja assimilável.

Assim, para evitar que um produto entre em decomposição, cria-se condições desfavoráveis à proliferação dos microrganismos decompositores. Os meios para isto são conhecidos: aquecimento, resfriamento, dessecamento e uso de substâncias tóxicas. Há ambientes na Terra desfavoráveis à atividade bacteriana: nas zonas glaciares animais pré-históricos congelados se mantém inteiros; nas regiões extremamente áridas, os animais mortos desidratam sem apodrecer.

Fonte: MULLER. A. C., Introdução à Ciência Ambiental; Curitiba – PUC-PR; uso didático. Págs. 67 a 73.

Falta de metas em rascunho de documento-base da Rio+20 frustra ambientalistas e especialistas

O rascunho do documento-base para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, causou frustração entre ambientalistas e especialistas pela falta de metas claras para a sustentabilidade, que deverão ser seguidas pelos países nos próximos anos. A avaliação é do presidente do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Instituto Brasil Pnuma), Haroldo Mattos Lemos.

De acordo com Lemos, o documento, divulgado em janeiro, é composto por muitas intenções e renovações de compromissos que já foram assumidos pelos países em outras ocasiões. O Draft Zero, como é conhecido o documento, reúne sugestões e contribuições de países, grupos regionais, organizações internacionais e da sociedade civil. Ele será o principal texto discutido pelos líderes mundiais na conferência e submetido à aprovação dos estados-membros da ONU na Rio+20.

“A Rio+20 está cercada de muita expectativa, mas esse documento não apresenta metas definidas para a sustentabilidade, que era o que todos nós esperávamos, e gera frustração. Ele fala sobre economia verde, criação de empregos verdes e sobre o comprometimento dos governos com o que foi decidido na Rio 92, com a Agenda 21, e em outros documentos da ONU, mas não tem metas, como o que fazer e até quando”, disse Lemos, que participou hoje (1º), no Rio, de um encontro promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, vinculado à Assembleia Legislativa.

Segundo ele, uma das metas esperadas era o compromisso de que os países criassem, em prazo determinado, um certo número de empregos sustentáveis, como os de alguns setores agrícolas, que usam métodos não agressivos ao meio ambiente, e os de setores ligados à energia.

Com o desenvolvimento da economia verde, haverá perda de empregos em algumas áreas, como a pesca, que usa combustíveis fósseis. "Então, uma meta que deveria ter sido incluída é a criação de empregos em áreas sustentáveis, mas não há nada nesse sentido”, lamentou.

Lemos ressaltou que, dessa forma, a sociedade civil não terá parâmetros para verificar se os governos estão fazendo o dever de casa e, de fato, desenvolvendo ações que tenham como objetivo a sustentabilidade. Para ele, a crise econômica que atinge os países europeus e os desdobramentos dela nos Estados Unidos explicam essa tentativa de “empurrar com a barriga” compromissos práticos que deveriam ser assumidos com urgência.

“A recessão na Europa é séria, e os Estados Unidos ainda tentam sair da crise. Isso influencia muito os governos a não se comprometer com metas sérias, que incluem quanto e quando. Descrente de possíveis alterações no documento até o início da conferência, em junho, Lemos alertou: “Estamos numa espécie de emergência planetária. As questões [ambientais] vão se agravar e, quanto mais demorarmos a tomar ações concretas, mais difícil e mais caro vai ser para a humanidade enfrentar esses problemas.”

Fonte:Agência Brasil - EcoAgência

segunda-feira, 5 de março de 2012

País abastece com gasolina e afeta metas ambientais

A queda de 35%, ou quase 6 bilhões de litros, nas vendas de etanol nos últimos dois anos coloca em risco o cumprimento das metas de corte das emissões de gases de efeito estufa assumidas pelo Brasil.

O movimento surpreendeu o Ministério do Meio Ambiente, cujo cenário principal para emissão de gases de efeito estufa pressupunha uso crescente de etanol.

A expansão do biocombustível seria responsável por uma redução de 79 a 89 milhões de toneladas de gás carbônico lançadas na atmosfera até 2020, numa contribuição entre 8%e 9% da meta total de corte das emissões com que o governo se comprometeu em 2009.

Grande parte do cumprimento da meta depende da redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, maior fonte dos gases de efeito estufa no País. A queda nas vendas de etanol ao consumidor torna ainda mais crucial o combate às motosserras.

Documento publicado pelo Ministério do Meio Ambiente no ano passado estima que as emissões de gás carbônico por veículos cresceriam até 2020 a uma média de 4,7% ao ano, por conta do aumento da frota de veículos no País. Esse porcentual já é maior do que a média de crescimento das emissões registrada num período de 30 anos, até 2009, ano em que o Brasil assumiu metas de redução das emissões de gases de efeito estufa para 2020.

Mas o cenário traçado pelo documento intitulado Inventário de Emissões Atmosféricas por Veículos Rodoviários apresentava como principal contribuição para a redução das emissões o programa de álcool hidratado. Na contabilidade oficial, as emissões de CO2 provocadas pelos veículos movidos a álcool são neutralizadas pela captura de carbono no processo de cultivo da cana-de-açúcar.

O aumento de venda de carros flex, que crescia sem parar desde 2003, deveria continuar no mesmo ritmo, indicou o cenário oficial. Em 2009, os flex já representavam 37% da frota de automóveis, e dominavam a venda de carros novos.

Mas esse cenário não se confirmou. No ano passado, as vendas de carros flex caíram pela primeira vez desde o lançamento dos motores com a tecnologia brasileira. Os licenciamentos de carros flex caíram para 83% do total de carros vendidos em 2011, o menor porcentual em cinco anos, conforme informou o Estado em fevereiro.

Futuro

A projeção do ministério de que os carros flex rodariam alternando os combustíveis numa proporção próxima a 50% também corre o risco de não se sustentar. O uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando seu preço ultrapassa 70% do valor da gasolina nas bombas. O consumidor opta pelo preço mais vantajoso na hora de abastecer, numa equação desfavorável ao etanol.

Além disso, para conter as emissões de gases de efeito estufa até 2020 no setor de energia, o governo contabilizou o aumento da oferta interna de etanol em mais de 20 bilhões de litros, como uma das principais medidas de combate ao aquecimento global.

Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostram uma explosão no consumo de gasolina a partir de 2010. Em dois anos, enquanto as vendas de etanol caíam 35%, as vendas da gasolina subiam mais de 39%. Desde 2005, as vendas de gasolina registravam aumento de 2% ao ano. Em 2010, elas cresceram 17,45%. Em 2011, 18,79%, alcançando 35,4 bilhões de litros, contra 10,7 bilhões de litros de etanol vendidos no mesmo ano.
Fonte: O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

PNUMA lista 21 desafios ambientais do século XXI

Painel de Previsão do PNUMA, composto por 22 cientistas, divulgou estudo em que lista os principais desafios para a sustentabilidade global neste século. Governança internacional e economia verde, temas da Rio+20, são questões prioritárias.

A necessidade de se estabelecer uma governança internacional sobre as questões do meio ambiente é a ação mais urgente para que a sustentabilidade global seja atingida neste século, segundo os cientistas da ONU. O painel científico do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente elaborou um ranking com os 21 desafios ambientais, publicado em estudo divulgado no Fórum Mundial de Ministros do Conselho Administrativo do órgão, realizado em Nairóbi.

A maioria dos cientistas vê o atual sistema de gerência internacional sobre o meio ambiente como insustentável e mal equipado. Os comentários mais recorrentes dão conta de que os acordos multilaterais sobre proteção ambiental fechados no século 20 não têm representação e efetividade necessária para o suporte político em pesquisas, estruturas e nos governos locais.

O segundo maior desafio a ser enfrentado, segundo os cientistas, tem a ver com a capacitação de profissionais para atuar rumo à economia verde. É preciso uma ampla atualização nas habilidades e na educação da força de trabalho global para que as oportunidades desta nova forma de se fazer negócios sejam aproveitadas.

Os dois temas – governança global e economia verde – são também os principais assuntos pautados para as discussões da Rio+20, Conferência da ONU em Desenvolvimento Sustentável, que reunirá líderes de governos, empresas e de organizações civis do mundo todo, no final de junho no Rio de Janeiro. O evento tem a missão de fortalecer e definir órgãos para a gerência do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Também deverá estabelecer metas para que a economia mundial seja responsável, inclusiva e que erradique a pobreza (leia ONU: Rio+20 criará metas para economia verde). O estudo do PNUMA é, portanto, uma contribuição prévia científica para a reunião.

O ranking de desafios na esfera ambiental foi estabelecido pelo Painel de Previsão - composto por 22 cientistas do PNUMA de 16 países, industrializados e em desenvolvimento - após oito meses de estudo dos problemas mundiais que mais impactam o planeta e o bem-estar humano. Mais de 400 cientistas e pesquisadores de liderança no mundo todo foram consultados. “É uma espécie de raio-x da opinião de cientistas, destacando o modo como mesmo os problemas antigos como governança, segurança alimentar e escassez da água estão se desenvolvendo e mudando ao passo que as transformações ambientais apresentam novos desafios”, afirmou Achim Steiner, diretor do PNUMA.

Em terceiro lugar no ranking está o desafio de assegurar que nove bilhões de pessoas – a previsão para a população mundial até o final do século – tenham acesso aos alimentos. As questões ligadas a segurança alimentar são antigas e ainda incluem o combate a novas ameaças, como as mudanças do clima, a escassez de água e acompetição entre a produção de comida e a de biocombustíveis pelo uso da terra. Algumas açõesque podem garantir a segurança alimentar e a aumentar o fornecimento de alimentos, segundo o PNUMA, são:

- apoio a pequenos produtores;
- redução do desperdício de alimentos e
- aumento da eficiência agrícola.

Agora, vamos à lista completa dos 21 problemas do século 21:

1. Alinhar a governança aos desafios da sustentabilidade global
2. Transformar a capacidade humana para o século XXI: solucionar desafios ambientais globais e caminhar ruma à Economia Verde
3. Garantir a segurança alimentar para 9 bilhões de pessoas
4. Pontes rompidas: reconectar ciência e política
5. Catalisar mudanças rápidas e transformadoras no comportamento humano em relação ao meio ambiente
6. Novas percepções sobre as interações entre terra e água: uma mudança no paradigma do manejo ambiental
7. Acelerar a implementação de energia renovável ambientalmente saudável
8. Além da conservação: integrar biodiversidade nas agendas ambientais e econômicas
9. Novos desafios para a mitigação e adaptação à mudança do clima: lidar com possíveis consequências
10. Necessidade por uma nova abordagem para minimizar os riscos de novas tecnologias e químicos
11. Reforçar a sustentabilidade urbana e resiliência
12. Nova Corrida pela Terra: Responder às novas pressões nacionais e internacionais
13. Potencial colapso dos sistemas oceânicos requer governança integrada
14. Resolver a iminente escassez de minerais estratégicos e evitar o desperdício eletrônico
15. Diminuir a degradação de águas interiores em países desenvolvidos
16. Atuar sobre o sinal de mudança climática nas mudanças de frequência de eventos extremos
17. As consequências ambientais do desmantelamento de reatores nucleares
18. Novos conceitos para lidar com mudanças progressivas e limiares iminentes
19. Ecossistemas costeiros: endereçar pressões crescentes com governança adaptativa
20. Lidar com a migração causada por novos aspectos da mudança ambiental e
21. Manejar impactos de derretimento das geleiras.

O ranking do Painel de Previsão também antecede a divulgação do próximo GEO-5, relatório elaborado pelo PNUMA e que publica o panorama do meio ambiente a partir de previsões científicas. O documento será lançado no Brasil na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente, duas semanas antes da Rio+20. “Espera-se que o relatório também seja lido, entendido e digerido por todos os interessados e contribua para que o desenvolvimento sustentável deixe de ser teoria ou um sucesso incompleto e se torne uma prática diária implementada”, afirmou Steiner.

Fonte: Marina Franco - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável

quinta-feira, 1 de março de 2012

Desperdício de Água

Já diziam nossas avós que sabendo usar não vai faltar. O velho ditado é cada dia mais atual, assim como a necessidade de utilizar com sabedoria o que temos. A água é um recurso limitado, e o seu desperdício tem conseqüências. Cada setor da economia, cada fatia da sociedade, tem sua parcela de responsabilidade nessa história.

A semelhança da maioria dos países, no Brasil, a agricultura é quem mais consome água - quase 63% do que é captado vai para a irrigação. O uso doméstico é responsável por 18% do consumo, a indústria fica com 14%. Os 5% restantes são usados para matar a sede dos animais de criação. Todos esses consumidores tendem a usar a água de modo abusivo. E não é a qualidade de vida que exige isso. Com um bom planejamento, é possível gerar empregos e movimentar a economia mesmo com pequenas quantidades do recurso. Afinal, para que sejam criados 100 mil empregos em alta tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos, são necessários 946 milhões de litros de água por ano. Este mesmo volume criaria apenas 10 empregos na agricultura californiana.

Roça perduária

A irrigação é vital para a agricultura na maior parte do planeta e em certas regiões do Brasil. Cerca de 18% das áreas cultivadas globalmente são irrigadas. Contudo, como elas costumam produzir mais de uma colheita por ano, sua participação na produção mundial de alimentos é proporcionalmente maior - até 40%.

No Brasil, há 3 milhões de hectares irrigados - é relativamente pouco dada a área plantada no país, em parte pelos custos envolvidos, em parte porque esta prática só se definiu aqui a partir de 1970. Dependendo da região onde é praticada, a irrigação pode adotar modelos bastante diferentes. Nas regiões sul, Sudeste e Centro-Oeste, ela é mais comum em arrozais e plantações de grãos: tem crescido particularmente na cultura de soja do Centro-Oeste. No Nordeste, é praticada com pesado investimento governamental, visando ao desenvolvimento regional, e está concentrado na fruticultura.

Para enfrentar o desperdício é necessário ampliar a eficiência da irrigação. Em geral, os agricultores promovem a inundação de seus campos ou constroem canais de água paralelos aos canteiros. No Brasil, são comuns os sistemas de aspersão. Dentre eles, está o de pivô central, com uma haste aspersora que gira em torno de um eixo, molhando uma grande área circular. Em todos esses casos, as plantas só recebem uma parte pequena da água. O resto evapora ou e corre para corpos d'água próximos. Muitas vezes, isso acaba promovendo erosão, salinização da água ou sua contaminação com agroquímicos.

Técnicas mais eficientes podem reduzir em até 50% a água necessária. Uma das principais é o sistema de gotejamento - um duto passa ao longo das raízes das plantas, pingando apenas a água necessária. Produzir tomates com os sistemas de irrigação tradicionais exige 40% mais água que nos sistemas de gotejamento.

Fábricas com sede

As indústrias utilizam a água de diversas maneiras no resfriamento e na lavagem de seus equipamentos, como solvente ou ainda na diluição de emissões poluentes. Em termos globais, a indústria é responsável por 22% de toda a água doce consumida. Essa porcentagem é muito maior em países ricos - 59% - e bem menor nos países pobres - apenas 8%.

Alguns setores são especialmente perdulários nesse quesito. Um bom exemplo é o aço. Antes da Segunda Guerra Mundial, eram necessárias entre 60 e 100 toneladas de água para produzir uma tonelada do metal. Hoje, com as novas tecnologias, é possível reduzir esse volume a menos de 6 toneladas de água. Entretanto, o consumo ainda é alto quando o comparamos com o de outros setores: a produção de uma tonelada de alumínio gasta apenas 1,5 toneladas de água.

Por outro lado, indústrias de muitos países estão conseguindo usar a água com mais eficiência. O Japão é exemplo. Em 1965, o país utilizava cerca de 49 milhões de litros para produzir 1 milhão de dólares em mercadorias. Em 1989, o volume necessário para o mesmo desempenho caiu para 13 milhões de litros.

No Brasil, a maior parte das grandes indústrias tem programas de reaproveitamento de água, uma vez que ela se torna cada vez mais rara e cara. É o caso da indústria de bebidas Ambev, que conseguiu reduzir o volume captado por suas fábricas em 9 milhões de metros cúbicos anuais.

Lar do desperdício

De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e carros com mangueiras.

O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30 litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Umas das mais econômicas consiste numa caixa d'água com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitários. Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costuma ter um altíssimo nível de consumo. O ideal é substituí-las por outros modelos.

O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor - doméstico, industrial ou agrícola - não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de Águas, cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.

Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em inúmeros países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abastecer a cidade de Roma tranqüilamente.

Curiosidade:

Água necessária para produzir 1 kg de alimentos
Produto Volume (litros)
Carne 15.000
Frango 6.000
Cereais 1.500
Frutas cítricas 1.000
Raízes e tubérculos 1.000

Tecnologia econômica

Inúmeros equipamentos permitem economizar água em casa ou no escritório, embora nem todos estejam disponíveis no Brasil. Um dia você ainda terá um deles.

Desligamento automático: existem vários modelos de torneiras para pias e chuveiros que liberam água por apenas 30 segundos, a menos que sejam tocados novamente. Elas são especialmente comuns em clubes e shopping centers, onde o consumo é maior.

Banheiro de avião: os vasos sanitários instalados em aviões, onde há pouco espaço de estocagem de água, são muito econômicos. Suas descargas usam um sistema de sucção a vácuo, capaz de economizar 80% de água em relação às tradicionais, embora tenha a desvantagem de precisar de eletricidade para a produção do vácuo.

Descarga de duas marchas: comuns na Europa, são vasos sanitários com dois tipos de descarga, que liberam volumes diferentes de água conforme necessidade.

Feche a torneira:

Todo consumidor de água pode ajudar a economizá-la, abandonando hábitos arraigados.

No banheiro:

•reduza o tempo de banho e economize pelo menos seis litros por minuto;

•encha a banheira só até a metade;

•feche a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes. Você economizará de 10 a 20 litros por minuto;

•instale descargas de vaso sanitário de baixo consumo e aeradores nas torneiras (redinhas que se encaixam no bocal). Se a caixa-d'água for acoplada ao vaso, coloque dentro dela uma garrafa plástica cheia d'água e tampada, para diminuir o volume gasto;

•não jogue lixo no vaso;

•não dispare a descarga desnecessariamente;

•não use a mangueira como vassoura - primeiro limpe o local e depois lave.
Na cozinha e na lavanderia:

•feche a torneira enquanto ensaboa a louça. Ela desperdiça de 10 a 20 litros por minutos, enquanto uma cuba cheia d'água não gasta mais do que 38 litros, no total;

•compre modelos de máquinas de lavar roupas e louça que consomem pouca água. Só ligue os equipamentos quando estiverem cheios. Prefira usar o ciclo mais curto;

•Instale aeradores nas torneiras, que diminuem o volume consumido, porém não sua eficácia.
No lazer:

• lave o carro ou o quintal com balde, não com mangueira. Se quiser, use dois baldes, um com água e sabão, outro com água linpa.
Por toda a parte:

•feche bem as torneiras. Uma torneira que goteja lentamente perde cerca de 50 litros por dia.

•chame um encanador para que ele elimine todos os vazamentos da casa.

Fonte: Como cuidar da nossa água. Coleção Entenda e Aprenda. BEI. São Paulo-SP, 2003.