O problema das inundações em áreas urbanas existe em muitas cidades brasileiras e suas causas são tão variadas como assoreamento do leito dos rios, impermeabilização das áreas de infiltração na bacia de drenagem ou fatores climáticos.
A atividade antrópica vêm provocando
alterações e impactos no ambiente há muito tempo, existindo uma
crescente necessidade de se apresentar soluções e estratégias que
minimizem e revertam os efeitos da degradação ambiental e do esgotamento
dos recursos naturais que se observam cada vez com mais freqüência.
O problema das inundações em áreas
urbanas existe em muitas cidades brasileiras e suas causas são tão
variadas como assoreamento do leito dos rios, impermeabilização das
áreas de infiltração na bacia de drenagem ou fatores climáticos. O homem
por sua vez procura combater os efeitos de uma cheia nos rios,
construindo represas, diques, desviando o curso natural dos rios, etc.
Mesmo com todo esse esforço, as inundações continuam acontecendo,
causando prejuízos de vários tipos.
O melhor meio para se evitar grandes
transtornos por ocasião de uma inundação é regulamentar o uso do solo,
limitando a ocupação de áreas inundáveis a usos que não impeçam o
armazenamento natural da água pelo solo e que sofram pequenos danos em
caso de inundação. Esse zoneamento pode ser utilizado para promover usos
produtivos e menos sujeitos a danos, permitindo a manutenção de áreas
de uso social, como áreas livres no centro das cidades, reflorestamento,
e certos tipos de uso recreacional.
Inundações de áreas ribeirinhas: os
rios geralmente possuem dois leitos, o leito menor onde a água escoa na
maioria do tempo e o leito maior, que é inundado em média a cada 2 anos.
O impacto devido a inundação ocorre quando a população ocupa o leito
maior do rio, ficando sujeita a inundação;
Inundações devido à urbanização: as
enchentes aumentam a sua freqüência e magnitude devido a ocupação do
solo com superfícies impermeáveis e rede de condutos de escoamentos. O
desenvolvimento urbano pode também produzir obstruções ao escoamento
como aterros e pontes, drenagens inadequadas e obstruções ao escoamento
junto a condutos e assoreamentos;
Estas enchentes ocorrem, principalmente, pelo processo natural no qual o rio ocupa o seu leito maior, de acordo com os eventos chuvosos extremos, em média com tempo de retorno superior a dois anos.
Estas enchentes ocorrem, principalmente, pelo processo natural no qual o rio ocupa o seu leito maior, de acordo com os eventos chuvosos extremos, em média com tempo de retorno superior a dois anos.
Este tipo de enchente, normalmente,
ocorre em bacias grandes ( > 500 km2), sendo decorrência de processo
natural do ciclo hidrológico.
Os impactos sobre a população são causados, principalmente, pela ocupação inadequada do espaço urbano. Essas condições ocorrem, em geral, devido às seguintes ações: como, no Plano Diretor Urbano da quase totalidade das cidades brasileiras, não existe nenhuma restrição quanto ao loteamento de áreas de risco de inundação, a seqüência de anos sem enchentes é razão suficiente para que empresários loteiem áreas inadequadas; invasão de áreas ribeirinhas, que pertencem ao poder público, pela população de baixa renda; ocupação de áreas de médio risco, que são atingidas com freqüência menor, mas que quando o são, sofrem prejuízos significativos.
Os impactos sobre a população são causados, principalmente, pela ocupação inadequada do espaço urbano. Essas condições ocorrem, em geral, devido às seguintes ações: como, no Plano Diretor Urbano da quase totalidade das cidades brasileiras, não existe nenhuma restrição quanto ao loteamento de áreas de risco de inundação, a seqüência de anos sem enchentes é razão suficiente para que empresários loteiem áreas inadequadas; invasão de áreas ribeirinhas, que pertencem ao poder público, pela população de baixa renda; ocupação de áreas de médio risco, que são atingidas com freqüência menor, mas que quando o são, sofrem prejuízos significativos.
Os principais impactos sobre a população são:
- prejuízos de perdas materiais e humanas
- interrupção da atividade econômica das áreas inundadas
- contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera, entre outros
- contaminação da água pela inundação de depósitos de material tóxico, estações de tratamentos entre outros
O gerenciamento atual não incentiva a
prevenção destes problemas, já que a medida que ocorre a inundação o
município declara calamidade pública e recebe recursos a fundo perdido e
não necessita realizar concorrência pública para gastar. Como a maioria
das soluções sustentáveis passam por medidas não-estruturais que
envolvem restrições a população, dificilmente um prefeito buscará este
tipo de solução porque geralmente a população espera por uma obra.
Enquanto que, para implementar as
medidas não-estruturais, ele teria que interferir em interesses de
proprietários de áreas de risco, que politicamente é complexo a nível
local. Além disso, quando ocorre a inundação ele dispõe de recursos para
gastar sem restrições.
Para buscar modificar este cenário é
necessário um programa a nível estadual voltado a educação da população,
além de atuação junto aos bancos que financiam obras em áreas de risco.
Impactos devido a urbanização:
O planejamento urbano, embora envolva
fundamentos interdisciplinares, na prática é realizado dentro de um
âmbito mais restrito do conhecimento. O planejamento da ocupação do
espaço urbano no Brasil não tem considerado aspectos fundamentais que
trazem grandes transtornos e custos para a sociedade e para o ambiente.
O desenvolvimento urbano brasileiro tem
produzido um aumento caótico na freqüência das inundações, na produção
de sedimentos e na deterioração da qualidade da água superficial e
subterrânea. A medida que a cidade se urbaniza, ocorre o aumento das
vazões máximas (em até 7 vezes) devido a impermeabilização e
canalização. A produção de sedimentos também aumenta de forma
significativa, associada aos resíduos sólidos e a qualidade da água
chega a ter 80% da carga de um esgoto doméstico.
Estes impactos têm produzido um
ambiente degradado, que na condições atuais da realidade brasileira
somente tende a piorar. Este processo infelizmente não está sendo
contido, mas está sendo ampliado à medida que os limites urbanos
aumentam ou a densificação se torna intensa. A gravidade desse processo
ocorre principalmente nas médias e grandes cidades brasileiras. A
importância deste impacto está latente através da imprensa e da TV, onde
se observam, em diferentes pontos do país, cenas de enchentes
associadas a danos materiais e humanos. Considerando ainda, que cerca de
80% da população encontra-se nas cidades, a parcela atingida é
significativa.
O potencial impacto de medidas de
planejamento das cidades é fundamental para a minimização desses
problemas. No entanto, observa-se hoje que nenhuma cidade brasileira
possui um Plano Diretor de Drenagem Urbana.
As ações públicas atuais estão
indevidamente voltadas para medidas estruturais como a canalização, no
entanto esse tipo de obra somente transfere a enchente para jusante. O
prejuízo público é dobrado, já que além de não resolver o problema os
recursos são gastos de forma equivocada. Esta situação é ainda mais
grave quando se soma o aumento de produção de sedimentos (reduz a
capacidade dos condutos e canais) e a qualidade da água pluvial
(associada aos resíduos sólidos).
Esta situação é decorrente, na maioria
dos casos, da falta de consideração dos aspectos hidrológicos quando se
formulam os Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano. Deste modo são
estabelecidos, por exemplo, índices de ocupação do solo incompatíveis
com a capacidade da macrodrenagem urbana.
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