terça-feira, 22 de abril de 2014

22 DE ABRIL - DIA DA TERRA

O dia Mundial da Terra é comemorado no dia 22 de abril.

A data surgiu nos Estados Unidos na década de 70 quando o senador Gaylord Nelson organizou o primeiro
protesto nacional contra a poluição. Mas foi só a partir da década de 90 que a data se internacionalizou, ou seja, outros países também passaram a celebrar a data. 
Atividades para o Dia da Terra

  • Plante uma árvore típica da sua zona;
  • Pinte um desenho do planeta Terra;
  • Incentive a reciclagem;
  • Reutilize materiais como plásticos e papelão e crie vários tipos de material escolar, como estojos, copos para lápis e caneta, pastas, etc;
  • Faça uma limpeza na escola;
  • Pinte um muro com motivos ecológicos;
  • Use menos energia, desligue as luzes quando possível.

Apagar as Luzes no Dia da Terra

Em alguns lugares, surgem campanhas que incentivam as pessoas a desligarem as luzes durante um minuto no Dia da Terra, como forma de consciencializar as pessoas para um gasto menor de eletricidade. É um evento parecido com a Hora do Planeta, que ocorre normalmente no último sábado do mês de março, e que propõe exatamente a mesma coisa.

Fonte: Calendar

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Agência Nacional de Águas recebe inscrições para o Prêmio ANA 2014

Até 30 de maio estarão abertas as inscrições para o Prêmio ANA 2014. Em sua 5ª edição, a premiação bienal busca reconhecer boas práticas relacionadas a água em sete categorias: Empresas; Ensino; Governo; Imprensa; Organismos de Bacia; Organizações Não Governamentais (ONG); e Pesquisa e Inovação Tecnológica. Os trabalhos devem contribuir para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas através do site do Prêmio ANA.

A premiação também busca identificar ações que estimulem o combate à poluição e ao desperdício e apontem caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento das atuais e futuras gerações.

O Prêmio ANA 2014 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à ANA e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; impactos social e ambiental; potencial de difusão; adesão social; originalidade; e sustentabilidade financeira (se aplicável).

A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das sete categorias. Os vencedores serão conhecidos em solenidade de premiação marcada para 3 de dezembro de 2014 em local a ser definido. Os sete vencedores receberão um Troféu Prêmio ANA.

Inscrições

Nesta edição do Prêmio ANA, as inscrições devem ser realizadas pelo hotsite. Caso os participantes queiram enviar materiais físicos complementares, o envio deverá ser realizado por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2014 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 118, Brasília (DF), CEP: 70610-200.

A data de postagem será considerada como a de entrega e o localizador da remessa deverá ser informado no ato da inscrição, que só será confirmada pela Comissão Organizadora após o recebimento dos materiais complementares.

Cada participante pode inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.

Cronograma

Inscrições: de 20 de dezembro a 30 de maio de 2014;
Avaliação: 4 de agosto a 12 de setembro (1ª fase), 6 a 10 de outubro (2ª fase);
Comunicação aos finalistas:  27 a 31 de outubro de 2014;
Premiação: 3 de dezembro de 2014.

Fonte: Agência Nacional de Águas

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Abertas inscrições para Iniciação Científica no ensino médio e superior

Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica estão com as inscrições abertas até 20 de maio
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança chamada dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de maio de 2014.
A proposta deve ser preenchida e enviada por meio de formulário eletrônico, pelo representante de Iniciação Científica da instituição, exclusivamente, via Plataforma Carlos Chagas. As modalidades de bolsas concedidas são Iniciação Científica (PIBIC) e Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM), com duração de até 12 meses, a partir de agosto 2014. Acesse todas as informações da chamada.
Pibic
É destinado a estudantes de graduação do ensino superior. Podem participar instituições públicas, comunitárias ou privadas, que efetivamente desenvolvam pesquisa e tenham instalações próprias para tal fim.
Pibic-EM
Já no ensino médio, o programa é operacionalizado por uma instituição de ensino superior e de pesquisa, em parceria com escolas públicas de ensino regular, escolas militares, ou ainda, escolas técnicas e privadas de aplicação. Esta modalidade é destinada a alunos do ensino médio.
A instituição de ensino superior e de pesquisa proponente deverá estar previamente cadastrada no Diretório de Instituições (DI) do CNPq. Esclarecimentos e informações adicionais podem ser obtidos no endereço eletrônico

Fonte: CNPq

terça-feira, 15 de abril de 2014

Países de língua portuguesa terão metas ambientais compartilhadas

Durante a VI Conferência de Ministros de Meio Ambiente da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Maputo, Moçambique, participantes assinaram a Declaração de Maputo com metas comuns para o desenvolvimento sustentável nos oito países-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. O encontro aconteceu nesta sexta-feira (11).
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral, representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no encontro. “Esta VI Conferência permitiu fortalecer a cooperação mútua e a definição de pontos comuns em relação aos acordos internacionais, especialmente em relação às convenções do Rio: desertificação, biodiversidade e clima”, destacou.
Tela Verde
Segundo Cabral, as preocupações com as mudanças do clima e o estabelecimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram os principais temas tratados. “O Brasil tem muito a contribuir em função dos resultados alcançados e por ser um líder no desafio da redução da pobreza extrema”, afirmou.
O governo brasileiro estabeleceu acordos de cooperação com a CPLP para ações na área de educação ambiental, por meio do Circuito Tela Verde de vídeos com temática de proteção ao meio ambiente; capacitação para monitoramento da água, com a atuação da Agência Nacional de Águas (ANA); e ações de combate à desertificação, no âmbito dos esforços para a implantação da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).
Saiba mais
Em 2006, o MMA realizou, em Brasília, a III Reunião de Ministros de Meio Ambiente da CPLP, na qual foi aprovada a Declaração de Brasília e a Plataforma de Cooperação da CPLP na Área Ambiental. A Plataforma de Cooperação da CPLP na Área Ambiental constitui a principal referência do grupo para o estabelecimento de ações de cooperação, mas sua implantação é dificultada pela falta de recursos financeiros e pela fragilidade das instituições em alguns dos estados-membros.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Como funciona o ciclo do carbono na natureza?

O CO2 é uma substância indispensável para o equilíbrio da natureza se emitido de forma controlada. Entenda o motivo.

O carbono é o quarto elemento químico mais abundante em nosso planeta, que também possui grande importância para os seres vivos, pois faz parte de todos os componentes orgânicos vivos e mortos – não decompostos –, e inorgânicos, além de equilibrar o nosso processo respiratório sendo transformado em dióxido de carbono.

O gás carbônico se encontra na atmosfera e também dissolvido na parte superficial dos mares, oceanos, rios e lagos. É absorvido pelos vegetais através da fotossíntese, utilizando o dióxido de carbono do ar ou através dos carbonatos e bicarbonatos dissolvidos na água, da mesma maneira que as bactérias, que realizam a quimiossíntese, fabricando suas substâncias orgânicas.

Os compostos orgânicos mais comumente formados são os açúcares (carboidratos), e as plantas conseguem produzir proteínas e lipídeos. Os animais adquirem o carbono de forma direta ou indireta, através da alimentação por vegetais, por exemplo. O metabolismo desses animais é capaz de sintetizar e transformá-lo em novos tipos de produtos. No caso dos animais carnívoros, o carbono é absorvido através da alimentação dos herbívoros e assim sucessivamente.

O processo que remove o dióxido de carbono da atmosfera é conhecido como “sequestro de CO2”, como quando as plantas e os oceanos absorvem essa substância que é emitida por diversas fontes, como queima de madeira e combustíveis fósseis, decomposição animal, poluentes de fábricas e indústrias. No caso dos oceanos, podem ser classificados tanto como fonte ou como sequestro de CO2, pois o dióxido de carbono que está no ar, ao entrar em contato com a água se dissolve, porém ao mesmo tempo em que é dissolvido, volta a ser liberado na atmosfera. O equilíbrio entre esses dois processos depende de diversos fatores que mudam constantemente.

Como funciona o ciclo do carbono na natureza?

Existem três formas que fazem parte do ciclo do carbono:

• Através da respiração animal e vegetal;

• Da passagem para outros animais via cadeia alimentar;

• Ou pela decomposição animal e vegetal, voltando a ser dióxido de carbono.

Outro mecanismo que faz parte do ciclo é através da queima de combustíveis fósseis, como gasolina, óleo diesel e gás natural; e de florestas, ou ainda por atividades vulcânicas.

urbanização
Foto: jody_art

O carbono na natureza possui importância não apenas para regulação do ar e do clima, mas no fornecimento de combustíveis fósseis, cimento, pedras calcárias e outros materiais de construção; na reprodução de peixes e aumento da biodiversidade; na produção de madeira com efeito fertilizante nas plantas; e essencialmente nos alimentos consumidos diretamente pelos humanos ou indiretamente através dos herbívoros.


Fonte: Pensamento Verde

quinta-feira, 10 de abril de 2014

São Paulo inicia a implantação do plano de resíduos sólidos

Meta é reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo despejado nos aterros sanitários. Proposta deve servir de inspiração para outras grandes cidades.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, iniciou a implantação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Com isso, pretende reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo despejado nos aterros sanitários pela maior capital do país e maior cidade da América Latina.

Até 2033, 30% dos paulistanos devem tratar em casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de resíduos coletadas por dia na cidade. Para atingir a meta, o governo começa a distribuir gratuitamente, ainda esse mês, 2 mil equipamentos para que as pessoas façam, dentro de casa, a compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o tratamento.

Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, a proposta servirá de inspiração para outras grandes cidades. “Trata-se de um plano concreto, elaborado de acordo com as exigências da legislação e em sintonia com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos”, disse. “São Paulo dá, com este plano, uma importante contribuição para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.”

Coleta seletiva

Outra meta importante é o aumento da coleta pública seletiva de secos de 1,8% para 10%, até 2016, por meio da extensão do serviço para os 96 distritos do município, e a construção de quatro centrais mecanizadas de triagem. Pelo planejamento, cada uma das centrais receberá das empresas concessionárias investimentos de R$ 35 milhões e processará 250 toneladas diárias de resíduos recicláveis. Isso possibilitará ao município triplicar sua capacidade de processamento, chegando a 750 toneladas por dia. A ampliação da coleta seletiva também pretende valorizar as cooperativas de reciclagem e a inclusão social dos catadores.

“O plano é resultado de um extenso processo participativo e internalizou as recomendações da 4ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, promovida em 2013 no Anhembi”, lembrou o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), Silvano Silvério da Costa. A 4ª Conferência foi antecedida por etapas preparatórias, que contemplaram todas as regiões do município, com reuniões realizadas pelas 31 subprefeituras. No decorrer do processo, foram promovidas conferências livres e uma plenária composta por representantes de aldeias indígenas, com acompanhamento da Funai. A população teve a oportunidade de eleger delegados para a Conferência e discutir os problemas relacionados aos resíduos sólidos em cada região.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Uma enorme área do Pacífico está tomada por cerca de 100 milhões de toneladas de lixo

O maior depósito de lixo do mundo não se localiza em terra firme. Está no Oceano Pacífico, numa imensa região do mar que começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer.

Descobridor do aterro marinho gigante, também chamado de “vórtice de lixo”, o oceanógrafo norte-americano Charles Moore acredita que estejam reunidos naquelas águas cerca de 100 milhões de toneladas de detritos – que vão desde blocos de brinquedos Lego até bolas de futebol e caiaques. Correntes marinhas impedem que eles se dispersem. “A idéia original que as pessoas tiveram foi que era uma ilha de lixo plástico sobre a qual você quase poderia andar”, observa Marcus Eriksen, diretor de pesquisas da Algalita Marine Research Foundation, organização norte-americana criada por Moore. “Não é nada disso. É quase uma sopa plástica.”

Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. Segundo o oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, especializado em destroços de navegação e que acompanha a presença de plásticos nos mares por mais de 15 anos, o vórtice de lixo se assemelha a um organismo vivo: “Ele se move como um animal grande sem coleira.” A aproximação dessa massa à terra firme, por eventuais mudanças de correntes marinhas, produz efeitos temíveis, assinala o cientista: “A colcha de lixo regurgita, e você tem uma praia coberta com esse confete de plástico.”

MOORE DESCOBRIU o mar de lixo por acaso. Em 1997, ele participava de uma competição de iatismo entre Los Angeles e o Havaí e tentou cortar caminho por uma rota evitada pelos navegadores, entrando no vórtice conhecido como North Pacific Gyre (“Giro do Pacífico Norte”) – uma região sem ilhas onde as águas do Pacífico se movimentam lentamente de forma circular, no sentido horário, por conta de ventos escassos e fortes sistemas de alta pressão. O acúmulo de detritos ali chega a tal ponto que para cada quilo de plâncton nativo da região contamse seis quilos de plástico.

Moore ficou boquiaberto por se ver cercado de detritos, dia após dia, a tamanha distância do continente. “A cada vez que eu subia ao convés, havia lixo flutuando perto”, ele disse numa entrevista. “Como pudemos emporcalhar uma área tão imensa? Como isso podia continuar por uma semana?” A experiência marcou tanto o oceanógrafo que ele, herdeiro de uma família que fez fortuna com petróleo, vendeu toda a sua participação acionária e se tornou um ambientalista.

Ouvido pelo jornal inglês The Independent, o oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí, considera que é preciso fazer mais pesquisas para determinar o tamanho e a natureza da sopa plástica. Mas não duvida da descoberta de Moore. “Afinal, o lixo plástico está indo para algum lugar, e já é hora de termos um relatório completo da distribuição de plástico no ecossistema marinho e, especialmente, seu destino e impacto nos ecossistemas marinhos.”

Karl está coordenando com a fundação de Moore uma expedição ao mar de lixo no segundo semestre deste ano, e acredita que a expansão da área do vórtice já representa um novo habitat marinho.

Sabia-se que os detritos que acabavam nas regiões de giros se decompunham na natureza, mesmo com a proteção aos raios ultravioleta oferecida pela água do mar. A durabilidade dos plásticos modernos, porém, mudou bastante esse perfil – eles podem levar centenas de anos para se degradar. No lixão do Pacífico Norte já foram encontrados plásticos fabricados há 50 anos. Segundo Moore, como o mar de lixo é translúcido e situa-se abaixo da superfície oceânica, não é detectável nas fotografias de satélites. “Você o vê apenas da proa dos barcos”, afirma. Como ainda nada se faz sobre o problema, ele só tende a crescer. No início de fevereiro, Moore alertou que, se os consumidores não reduzirem o uso de plástico descartável, a “sopa” do Pacífico Norte poderá dobrar de tamanho na próxima década.

Acredita-se que 90% do lixo flutuante nos oceanos é composto de plástico – um índice compreensível, já que esse material é um dos que levam mais tempo para se decompor na natureza. No Mar Mediterrâneo, considerado o mais poluído do planeta, cada quilômetro quadrado contém cerca de duas mil peças de plástico flutuante. Esses detritos têm efeito trágico sobre a vida animal. De acordo com o Programa Ambiental da ONU, os entulhos plásticos são responsáveis anualmente pela morte de mais de um milhão de pássaros e de cem mil mamíferos marinhos, como baleias, focas, leões-marinhos e tartarugas. As aves marinhas confundem objetos como escovas de dente, isqueiros e seringas com alimento, e diversos deles foram encontrados nos corpos de animais mortos.

SEGUNDO CIENTISTAS holandeses, de um grupo de cem fulmares (aves marinhas das regiões árticas), mais de 90 morrem com resíduos de plástico em seus estômagos. Os pesquisadores estudaram 560 fulmares provenientes de oito países e descobriram que os pássaros haviam ingerido em média 44 itens de plástico. Apenas um desses animais, recolhido morto na Bélgica, tinha em seu corpo 1.603 diferentes pedaços de plástico. Uma tartaruga encontrada numa praia havaiana apresentava em seu estômago e intestinos mais de 1.000 pedaços de plástico.



Marcus Eriksen ressalta que a água com essa massa de lixo marinho também representa um risco para a saúde humana. Centenas de milhões de minúsculas bolinhas de plástico, a matéria- prima dessa indústria, são perdidos ou desperdiçados anualmente e acabam por chegar ao mar. Esses poluentes atuam como esponjas, atraindo substâncias químicas produzidas pelo homem, como hidrocarbonetos ou o pesticida DDT. O passo seguinte é eles entrarem na cadeia alimentar. A esse respeito, Eriksen salienta: “O que vai para os oceanos vai para esses animais e vem para seu prato” – um lembrete, como se vê, mais do que oportuno.

Fonte: Jornal Meio Ambiente | Terra

sábado, 5 de abril de 2014

Agricultura Orgânica e Segurança Alimentar

No mundo de hoje existe relação intrínseca entre a agricultura e a saúde dos consumidores. Os métodos de cultivo afetam a qualidade do solo e este o equilíbrio da planta e finalmente a planta interfere na qualidade de vida do homem e do animal que dela se alimentam.
Os alimentos convencionais consumidos “in natura” apresentam freqüentemente contaminação por agrotóxicos e adubos químicos de síntese, os de origem animal são produzidos com uso intensivo de hormônios, vacinas e antibióticos além dos biocidas. Por seu lado os alimentos industrializados sofrem métodos de beneficiamento como refinação, aditivos, corantes e conservantes que quando usados indevidamente ocasionam sérios danos à saúde dos consumidores.

Para que se possa obter estes alimentos puros e saudáveis, o movimento orgânico no Brasil, notadamente no Sul, está especialmente voltado para a agricultura familiar que é responsável pela maior parte dos alimentos produzidos no país.A saúde só será preservada se consumirmos alimentos sadios, isentos de qualquer tipo de contaminantes químicos.
Sabemos que hoje 90% da produção orgânica do Brasil é proveniente da agricultura familiar. Como exemplo desta assertiva a área média da produção orgânica no Paraná é de 3,7 ha por família.
A agricultura orgânica certamente será a base futura de uma produção familiar mais racional de alimentos, pois busca a exploração de sistemas agrícolas diversificados, economia no consumo de energia, preservação da biodiversidade, maior densidade de áreas verdes, tudo isto contribuindo para manter a paisagem mais humana.
O sistema familiar de produção orgânica se enquadra no conceito da ciência da agroecologia e qualidade de vida com abordagem de prevenção de doenças dentro de um enfoque altamente social e ambiental.
Feita esta análise inicial entramos na questão de segurança alimentar, visto que a melhor opção para a produção de um alimento seguro está estritamente ligado a produção familiar orgânica.
O alimento orgânico tem mais vitaminas e sais minerais pois provém de um solo mais rico e equilibrado em todos os nutrientes. Contém maior teor de matéria seca, tendo por isso maior valor nutricional. É mais saboroso, pois mantém os ácidos orgânicos não nitrogenados, especialmente em frutas e hortaliças consumidas “in natura”.
E a oferta de alimentos orgânicos está ao alcance da população, principalmente a mais carente? Sabemos que a produção orgânica vem crescendo em todo o mundo. Hoje já são mais de 120 países produzindo alimentos orgânicos, gerando renda bruta superior a 25 bilhões de dólares. No Brasil já chegamos a 300.000 hectares plantados, sendo que o Paraná é o estado que mais cresce em termos de produção, visto que nas últimas seis safras este crescimento foi superior a 1.000%, e nossa produção na safra 2002/2003 deverá ser superior a 60.000 toneladas. No entanto, a quantidade produzida ainda é insuficiente para garantir a alimentação segura a toda a população. Os preços ainda são distorcidos, quando o consumidor adquire produtos orgânicos, por exemplo, em supermercados onde a diferença entre o preço recebido pelo produtor e o preço praticado neste canal de comercialização varia de 100 a 300%. Em média o produtor orgânico recebe pelo produto 20 a 30% mais do que os produtos convencionais. Daí nossa recomendação de que o consumidor adquira os produtos orgânicos nas feiras de produtores, lojas especializadas em produtos orgânicos e cestas oferecidas pelo produtor diretamente ao consumidor.
Em nossa análise, quando nos referimos aos preços dos produtos orgânicos e sua acessibilidade às populações mais carentes, gostaríamos de ressaltar que o produto orgânico a nível de produção não é caro, na verdade muitas vezes, é o produto convencional que é ofertado muito barato. A grande massa populacional brasileira tem remuneração muito aquém de suas necessidades de sobrevivência. Enfim nossas recomendações a nível de Extensão Rural, buscam aumentar o volume de produção orgânica, reduzir os custos e ofertar alimentos seguros por preços acessíveis para a maior parcela da população, procurando com o tempo atingir especialmente os mais necessitados.
Fonte: Jornal Ambiente Brasil