A criação de um fundo internacional de proteção ao cerrado foi defendida ontem em audiência pública na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas.
Embora seja o segundo maior bioma da América do Sul, ocupe 22% do Brasil, concentre as nascentes de suas três maiores bacias hidrográficas e abrigue enorme biodiversidade, o Cerrado encontra-se ameaçado, alertou o diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Rodrigues Filho.
Ele disse que, com a Amazônia no centro dos debates e dispondo de um fundo internacional, é preciso voltar as atenções para o Cerrado.
Com o crescimento da produção agrícola no Centro-Oeste, já se pode notar que o bioma requer atenção especial, destacou Rodrigues Filho, para quem instrumentos de proteção, como o pagamento por serviços ambientais, teriam a oportunidade de corrigir as distorções de mercado.
— O pagamento por serviços ambientais tem potência enorme de promover não só a mitigação dos gases do efeito estufa, mas também a redução do desmatamento e da vulnerabilidade de populações socialmente desfavorecidas, sem tirar delas a possibilidade de produzir, gerar renda, riqueza e bem estar — afirmou.
Para Roberto Brandão Cavalcanti, secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, é importante que o governo disponibilize recursos a serem transferidos aos beneficiários.
Fonte: Jornal do Cerrado
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