Assim como andar de
bicicleta, caminhar pela cidade é uma alternativa simples de transporte
e que traz inúmeros benefícios ao corpo e ao planeta. Por meio das
caminhadas, é possível conhecer melhor o local em que se vive e ainda
colaborar para uma cidade com menos automóveis.
Embora um carro novo ainda seja sonho de consumo para muitos
brasileiros, os meios de transporte alternativos têm ganhado um número
de adeptos cada vez maior. No entanto, nem todo mundo tem coragem de se
aventurar pelas ruas movimentadas montado em uma bike – e muitos ainda
escolhem os automóveis, ignorando as caminhadas de um ponto a outro.
“O motorista é pedestre, o ciclista também é pedestre. Toda pessoa
anda a pé, é inevitável”, lembra Letícia Sabino, integrante do movimento
SampaPé!, que incentiva as pessoas a aderirem às caminhadas, em São
Paulo.
Quem percorre trajetos a pé descobre novos pontos de interesse, como
feiras livres, parques e obras de arte espalhadas no meio do caminho.
Além de conhecer os pontos estratégicos, as pessoas que andam por aí se
tornam melhores motoristas e ciclistas, uma vez que passam a integrar a
cidade de uma maneira diferente.
A fim de fazer com que as pessoas respeitem pela faixa de pedestres, o
SampaPé! realiza caminhadas mensais em diferentes bairros históricos da
cidade, para que os participantes fiquem por dentro da influência
cultural da capital paulista. No site do movimento, é possível fazer
denúncias sobre irregularidades nas ruas – como buracos na calçada,
falta de iluminação e semáforos quebrados.
Letícia acredita que, em primeiro lugar, as pessoas precisam tomar
posse do local em que vivem para que as cidades fiquem melhores. “Não é
de uma hora para outra, mas a atitude das pessoas é o que vai ampliar os
espaços direcionados a elas. Se mais pessoas ocupassem as ruas,
teríamos menos carros”, finaliza a integrante do SampaPé!.
Fonte:* Publicado originalmente no site Ciclo Vivo
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
ONU pede a países que incluam garantia de acesso a água na agenda de desenvolvimento
A ONU e seus parceiros apelaram na quinta-feira, 21 de fevereiro, à
comunidade internacional para priorizar a garantia do acesso a água e
saneamento para as populações vulneráveis na agenda de desenvolvimento
“pós-2015″, enfatizando que isso ajudaria no combate à desigualdade e na
promoção dos direitos humanos e sustentabilidade.
“A agenda de desenvolvimento futuro deve visar ao enfrentamento do
mais persistente de todos os desafios: desigualdades no acesso a
serviços essenciais para realizar os direitos das pessoas”, registrou o
comunicado conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef);
da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o
Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres); da relatora especial da ONU
para água e saneamento, Catarina de Albuquerque; da Finlândia e da
organização Water Aid.
“Fundamentalmente, entre estes serviços essenciais, deve-se mirar o
direito para qualquer pessoa a ter igualdade de acesso a água,
saneamento e higiene. Uma atenção especial deve ser dada às mulheres e
meninas, que são desproporcionalmente afetadas pela falta desses
serviços”, acrescentou a declaração.
O grupo afirmou que os países devem aproveitar as lições aprendidas
com o trabalho em prol das metas antipobreza conhecidas como Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que devem ser cumpridos até 2015.
“Às vésperas das consultas sobre a agenda de desenvolvimento
pós-2015, acreditamos que o mundo deve alcançar e desenvolver os ODM,
mas deve também criar metas ainda mais ambiciosas. Os objetivos devem
criar incentivos para a mudança – uma mudança que vai atingir toda
mulher, homem, menino e menina”, diz o documento.
Fonte: EcoD
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Projeto quer reciclar 25 milhões de litros de óleo de cozinha até a Copa do Mundo de 2014
Até
a Copa do Mundo de 2014, 25 milhões de litros de óleo de cozinha usados
devem ser reciclados e transformados em biodiesel por meio do
Bioplanet. Lançado nesta segunda-feira (25) no Rio de Janeiro, o
Bioplanet é um dos 96 projetos de promoção do Brasil na Copa apoiados
pelo governo federal.
Como cada litro do óleo de cozinha
gera um litro de biodiesel, a intenção é produzir, nos 15 meses que
faltam para o início do Mundial, 25 milhões de litros de biodiesel. Para
chegar ao combustível usado pelos veículos, o biodiesel é adicionado ao
óleo diesel derivado do petróleo. Com isso, é possível produzir 125
milhões de litros de combustível B20 (diesel que tem 20% de biodiesel em
sua composição).
Segundo o coordenador do Bioplanet,
Vinícius Puhl, o combustível que será produzido em 40 cidades, sendo 12
cidades-sede da Copa, já começará a ser comercializado. Mas há a
intenção também de usar o combustível produzido pelo projeto nos ônibus
que transportarão as delegações das 32 seleções nacionais.
“Um litro de óleo usado contamina 25
mil litros de água. Hoje, dados da Casa Civil da Presidência da
República informam que há um descarte inadequado, por 50 milhões de
residências e pequenos estabelecimentos, de um volume de 1,5 bilhão de
litros de óleo de cozinha. É um volume jogado no ralo da pia que vai
parar nos nossos mananciais de água e no oceano”, disse Puhl.
O projeto espera coletar o óleo com a
ajuda de 3 milhões de estudantes de todo o Brasil, que ganharão brindes
de suas escolas, de acordo com o volume de óleo arrecadado, e de
catadores de material reciclável. A ideia é envolver 10 mil catadores,
que poderão ganhar até R$ 1 por litro de óleo de cozinha entregue ao
Bioplanet.
“Existe a perspectiva de se ter um
mercado, uma cadeia produtiva envolvendo a reciclagem do óleo de
fritura. Mas além da questão financeira e econômica, há a questão da
educação ambiental. A dona de casa que descarta o óleo na pia da cozinha
não sabe o prejuízo que está causando ao meio ambiente. Além disso, o
biodiesel polui menos também”, afirma o diretor de Diálogos Sociais da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Fernando Matos.
O Plano de Promoção do Brasil para
Copa, do governo federal, pretende usar o Mundial como vitrine para
mostrar uma imagem positiva do país. Além da estratégia de comunicação
feita pelo próprio governo, o plano apoia 96 iniciativas não
governamentais.
.
Fonte: Agência Brasil - EcoAgência-
Por Vitor Abdala, Repórter da Agência Brasil
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Agenda 21 Escolar - Implantação
A escola é
uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos
momentos de instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada
pelos respectivos familiares e moradores de seu entorno.
1. Esclarecimentos preliminares
- A adoção de uma metodologia de trabalho que deverá ser buscada por consenso entre representantes do estabelecimento escolar, dos alunos, da coletividade em sua área de influência, do poder público e de organismos não governamentais, voluntários, técnicos, líderes comunitários e religiosos, em reuniões previamente designadas para tanto;
- A realização de pesquisas para apuração dos problemas existentes na área de atuação da agenda, englobados os problemas de saúde da população local, de degradação do meio ambiente ou riscos ambientais, de segurança, problemas sociais diversos como desemprego, alcoolismo, uso de drogas, etc.;
- Avaliação técnica, por pessoal habilitado, e consenso popular, através de reuniões, das soluções para estancar, reverter ou pelo menos amenizar os problemas, buscando os meios de sustentabilidade econômica da população, a melhora de sua qualidade de vida e a melhoria ambiental, com preservação de áreas, criação de novas áreas, saneamento, melhoria dos elementos já implantados, e, essencialmente, educação de cunho social e ambiental;
- Apuradas as ações necessárias, verificar os respectivos custos e os meios de financiamento;
- Envolver o poder público, através das negociações necessárias, para que solucione ou busque soluções para os problemas que são de sua exclusiva atribuição, e para que colabore na solução de outros, que estejam dentro de suas possibilidades governamentais
- Mobilizar os setores da sociedade que de alguma forma possam auxiliar na concretização dos projetos relativos à solução dos problemas apurados;
- Dar andamento às ações de correção, reversão e erradicação de tais problemas.
- A agenda deverá ter sempre em mira a sustentabilidade econômica da comunidade, a preservação e implementação de áreas de preservação e os respectivos cuidados, o cunho permanente de educação individual, familiar, social e ambiental, interligados dentro das ações previstas na agenda; o trabalho cooperativo, a criação de núcleos de apoio social, o fortalecimento das instituições oficiais e de liderança da comunidade;
- A agenda 21 nunca termina. Ela é sempre reconstituída, reconstruída, repassada, corrigida dentro dos fóruns de discussão e de acordo com a avaliação dos rumos dos trabalhos, as fontes de financiamento, as parcerias, novos problemas que possam surgir, novas soluções encontradas, etc;
- Os fóruns de discussão são permanentes, devendo a periodicidade ser decidida pela respectiva comissão, e nele deverão ser sempre revistos e repassados os trabalhos do período. Além disso, deverão estar sempre abertos à participação de todos os membros da comunidade, do poder público, da imprensa, de entidades de apoio, de patrocinadores, enfim, do todo a que pretende servir e de quem recebe apoio humano, material ou financeiro;
- A agenda poderá ter início com ações de menor impacto, dependendo de suas possibilidades, e enriquecida posteriormente pela experiência dos participantes, do aumento do grupo, de maiores patrocínios, de maior apoio dos órgãos de política pública, etc.
1.1. O que é a Agenda 21?
A Agenda 21 é um documento gerado a partir da Rio Eco-92 para implantação global, prevendo, em mais de 40 tópicos, as possibilidades de desenvolvimento sustentável para o planeta, onde se possa gerar desenvolvimento sem prejuízos à qualidade de vida do ser humano e às condições ambientais. Pode-se resumir essa filosofia no encaminhamento das condições de vida do planeta para um ambiente justo e saudável, com o equilíbrio perfeito entre o ser humano, a natureza e a economia, sem prejudicar o desenvolvimento e a qualidade de vida, e sem degradar o ambiente planetário.Esse mesmo documento prevê a implantação da Agenda 21 nacional, que deverá ser implementada, em cada país, observando-se suas características peculiares e, ainda, a Agenda 21 local que, em tese, deve ser implementada em cada cidade ou localidade onde exista um núcleo humano com necessidades de crescimento e de sustentabilidade ambiental e econômica, sem prejuízo da qualidade de vida e da degradação dos ecossistemas.
As bases lógicas para a implementação das Agendas por país e por localidade são óbvias: não se poderá construir um mundo sustentável, saudável e com um ambiente protegido, sem que as respectivas ações nesse sentido tenham início nas bases dos habitantes que dominam o planeta e são capazes de transformá-lo para melhor ou pior, ou seja, os seres humanos. Daí a adoção do tão alardeado slogan: "pensar globalmente e agir localmente". A soma das boas ações locais vão produzir uma globalização condizente e correspondente.
As agendas locais - Estados, municípios, regiões e comunidades - têm, portanto, papel fundamental na elaboração da agenda nacional. Partindo-se do microcosmo para o macrocosmo pode haver participação ativa de todas as comunidades, de todos os habitantes na criação de um plano de sustentabilidade maior e mais abrangente. Afinal, o ser humano, individualmente, é a célula da sociedade, que, por sua vez, forma uma nação, um país, e o planeta.
1.2. Porque Agenda 21 Escolar?
A escola é uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos momentos de instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos respectivos familiares e moradores de seu entorno. A escola, em suas novas atribuições, estabelecidas passo a passo por técnicos do ensino, pode ser considerada o cérebro que comanda um corpo maior, constituído pelos lares dos alunos e pela comunidade em que está inserida, extrapolando em muito as estreitas divisas de seus muros e afetando diretamente a vida de um volume de pessoas extremamente maior do que o mero número de estudantes que a freqüenta, sendo, por isso, também responsável pela avaliação crítica e física dos problemas sociais, pessoais e ambientais dos ramos dela derivados, e pela busca de auxílio em sua solução.
A escola é a base de formação do cidadão.
A escola é a responsável pela educação que influenciará na vida profissional, social e pessoal do aluno e em sua convivência familiar. A escola influencia e é influenciada pelos movimentos que agitam o seu entorno, como festividades, violência familiar e social, decisões da coletividade, desenvolvimento agrário, industrial e comercial, etc. Além disso, em muitas comunidades, a escola é o órgão ao qual os cidadãos recorrem, como se fosse um organismo de ajuda, apoio e resolução de problemas familiares ou sociais.
Desnecessário, por óbvios, destacar outros pontos de importância da escola na comunidade.
Portanto, nada mais útil e proveitoso do que se começar um processo de elaboração de Agenda 21 dentro do âmbito de atuação direta e indireta da escola.
2. Agenda 21 Escolar
2.1. O que é a Agenda 21 Escolar?
A Agenda 21 escolar é a formatação do texto base da Agenda 21 local para aplicação no meio de influência da escola, tanto nos recintos escolares, como no meio familiar e social onde tal influência é exercida. Visa, da mesma forma que as demais agendas, a sustentabilidade social e econômica, atendendo às necessidades humanas para uma vida digna e a proteção do meio ambiente, tanto o ambiente utilizado pelos cidadãos, como formados pelos ecossistemas da região.
2.2. Requisitos Básicos da Elaboração da Agenda 21 Escolar
2.3. Elaboração prática da Agenda 21 Escolar
1.º passo: Realização de fórum, convocado de maneira oficial, para início dos trabalhos de implementação da Agenda 21 do estabelecimento educacional em que for implantada. Nesse fórum deverão ser escolhidos os participantes da respectiva comissão, que será presidida por um Coordenador Técnico, com o resumo dos trabalhos anotados por um relator. A comissão deverá contar, na medida do possível, com elementos da escola - tanto do corpo discente como do corpo docente -, da comunidade, do poder público, das lideranças locais, entidades não governamentais, etc.
2.º passo: buscar a participação popular para o fórum e as reuniões periódicas da agenda, para o auxílio na detecção de problemas e em sua erradicação ou minimização. Buscar o auxílio dos órgãos da imprensa, para apoio educacional e jornalístico e de órgãos do poder público ligados aos problemas apontados;
3.º passo: promover ações dentro da escola, com os alunos, na pesquisa das situações prejudiciais ou degradantes e na elaboração de concursos, como redação e poesia sobre temas correlatos, como, p.e., "como gostaria de ver minha escola e meu bairro daqui a 10 anos"; gincanas educativas e construtivas, jogos cooperativos, atividades que possam despertar o sentimento de amor pela comunidade e de patriotismo, como ações voluntárias de ajuda a doentes, deficientes, desempregados, etc;
4.º passo: trabalhar com ações práticas e economicamente viáveis, dentro de um processo de educação ambiental entrelaçado com criação de hortas comunitárias, ou hortas individuais, coleta seletiva de lixo e comercialização do lixo reciclável, cursos sobre compostagem dos resíduos orgânicos e sua aplicação nas hortas, comunitárias ou individuais, saneamento e tratamento de resíduos nas áreas rurais, etc;
5.º passo: identificar os temas que serão incluídos no documento inicial a ser elaborado pela comissão escolhida e que se chamará "Agenda 21 Escolar da Escola .....", devendo esses temas ser identificados pela comissão e pela comunidade participante do fórum. Os temas não deverão ultrapassar a dez ou doze, para que não se impossibilite a realização de tarefas em todas as frentes. É conveniente que sejam escolhidos especialistas ou professores das respectivas áreas para que, de início, façam um relatório da situação atual da comunidade a ser trabalhada, ou seja, o cenário inicial dos trabalhos, assim como um cenário do passado e uma projeção de um cenário ideal em um determinado prazo - 10 anos, por exemplo, dando publicidade desse levantamento
6.º passo: elaboração de projetos e/ou planos estratégicos, ou seja, a discriminação, passo a passo, das atividades necessárias à realização dos objetivos previstos em cada um dos temas selecionados para a agenda, com cálculo de custos, de recursos materiais e humanos;
7.º passo: finalmente, a implementação prática, etapa por etapa, daquelas previstas nos projetos e/ou planos estratégicos, angariando os recursos necessários dentro do plano de ação e atendendo às necessidades da etapa em andamento.
2.4. Acompanhamento dos trabalhos
I - Reuniões dos Coordenadores das Agendas 21 Escolares implantadas, periodicamente, sugerindo-se que isso ocorra de três em três meses, para troca de informações e experiências, que serão levadas aos respectivos fóruns permanentes;
II - Realização periódica de Seminários e Cursos de Atualização e Capacitação para os participantes efetivos dos fóruns permanentes de debates, e demais interessados, buscando envolver o pessoal dos órgãos governamentais, como o Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Secretarias Municipais de Educação, Planejamento, Saúde, Social, órgãos de Infância e Adolescência, etc.
2.5. Lembrar-se de que:
O sucesso da implantação da agenda 21 escolar em cada município depende apenas do empenho com que as pessoas que a apoiarem,no âmbito de influência de cada escola, se disponham a aplicar em benefício da comunidade escolar e da comunidade influenciada, doando-se em puro ato de amor aos alunos, familiares e coletividade, e ao povo, à nação, ao país e, por extensão a todo planeta terra - nosso lar comum na imensidão infinita do cosmos. As mãos que se puserem á obra plantarão milhares de sementes para reflorestar a vida.
Fonte: Associação Ecológica Vertente texto: Francisco Antonio Romanelli
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Rio Grande- Você sabia?
O Rio Grande nasce na Serra Geral de Goiás no
município de São Desidério (BA) e atravessa a Bahia em direção nordeste
até encontrar o Rio São Francisco na cidade de Barra. Com uma extensão
de 580 km, é um importante afluente da margem esquerda do Velho Chico,
sendo o último antes do gigantesco lago formado pela represa de
Sobradinho.
As águas azuis dos rios e riachos que brotam milagrosamente nas
chapadas secas do Oeste Baiano possibilitaram a implantação dos
agronegócios que movimentam a cidade de Barreiras (BA). Entre Barreiras e
a foz, as águas esverdeadas do Rio Grande atravessam a caatinga, onde
pequenos agricultores enfrentam duras condições de vida mesmo nas
margens do rio.
Os recursos hídricos da bacia do Rio Grande pedem uma atenção
especial, pois segundo a Superintendência de Recursos Hídricos do Estado
da Bahia, a ocupação da região e a exploração das suas águas
aconteceram sem a fiscalização ou outorga do Estado. No alto curso do
Grande, como também nos seus afluentes, pivôs de irrigação – hoje em dia
sinônimos do desperdício de água – impactam o nível dos rios. O ideal,
em clima tão seco, seria a irrigação por gotejamento, conforme utilizada
nas culturas frutíferas do Baixo São Francisco. Outros fatores que
ameaçam a saúde do rio são a derrubada da vegetação nativa, os
conseqüentes problemas de erosão e o manuseio inadequado de agrotóxicos.
A tão conclamada revitalização do
sofrido Velho Chico não dará frutos se os afluentes que fornecem sua
água também não receberem os mesmos cuidados.
Bacia Hidrográfica: A bacia do Rio Grande faz limite com a dos altos formadores do Parnaíba, ao norte e, a oeste, com a bacia do Tocantins.
Extensão: 75.710 km²
Trecho navegável: 366 km
Extensão navegável: O Rio Grande apresenta, em geral, largura uniforme, sendo que na confluência com o Rio Preto, verifica-se um brusco estreitamento do curso do rio em extensão reduzida, indicando que o curso d'água cortou sua passagem através da Serra do Boqueirão, enquanto se formava.
Principais cidades: O Rio Grande é um afluente do rio São Francisco que banha o oeste da Bahia, mais precisamente, as cidades de Barreiras, Boqueirão e Estreito.
Percorre o estado: da Bahia
Período de estiagem: Devido ao clima semi-árido, a parte média e oriental da bacia sofre a influência de chuvas escassas, que contribuem muito pouco para o deflúvio dos rios.
Período de chuva: As cabeceiras do Rio Grande e de seus afluentes da margem esquerda, encontram-se na região tropical contígua ao vale úmido do Rio Tocantins, onde as chuvas abundantes garantem os deflúvios perenes o ano todo.
Extensão: 75.710 km²
Trecho navegável: 366 km
Extensão navegável: O Rio Grande apresenta, em geral, largura uniforme, sendo que na confluência com o Rio Preto, verifica-se um brusco estreitamento do curso do rio em extensão reduzida, indicando que o curso d'água cortou sua passagem através da Serra do Boqueirão, enquanto se formava.
Principais cidades: O Rio Grande é um afluente do rio São Francisco que banha o oeste da Bahia, mais precisamente, as cidades de Barreiras, Boqueirão e Estreito.
Percorre o estado: da Bahia
Período de estiagem: Devido ao clima semi-árido, a parte média e oriental da bacia sofre a influência de chuvas escassas, que contribuem muito pouco para o deflúvio dos rios.
Período de chuva: As cabeceiras do Rio Grande e de seus afluentes da margem esquerda, encontram-se na região tropical contígua ao vale úmido do Rio Tocantins, onde as chuvas abundantes garantem os deflúvios perenes o ano todo.
Fonte: Projeto Sete Rios
Educação e Conhecimento em Ciências Ambientais
Muitos pesquisadores apontam que a Educação Ambiental é uma das
principais formas de atuação do movimento ecológico que pode obter
resultados práticos e significativos.
As ciências
desempenham um importante papel na divulgação do real significado das
transformações do nosso planeta, enquanto sustentador da vida, com as
estratégias apropriadas de desenvolvimento de acordo as várias áreas do
conhecimento.
Atualmente, muitos pesquisadores apontam
que a Educação Ambiental é uma das principais formas de atuação do
movimento ecológico que pode obter resultados práticos e significativos.
Esses resultados podem ser obtidos através das Ciências Ambientais, que
é uma área criada para aprofundar mais nas disciplinas que são
relacionadas ao Meio Ambiente como: Ecologia, Biologia, Geografia e
Zoologia. A partir desse aprofundamento interdisciplinar, poderá estudar
soluções para os grandes impactos ambientais gerados pelo homem.
No final do século XVIII são bastante
intensos os impactos da Revolução Industrial sobre as condições de vida e
saúde das populações. Principalmente nos países europeus, onde houve
maior desenvolvimento nas relações industriais e de produção. Contudo,
esse domínio da tecnologia moderna sobre o meio natural trouxe
conseqüências negativas para a qualidade da vida humana em seu ambiente.
O homem, afinal, também é parte da natureza, depende dela para viver, e
acaba sendo prejudicado por muitas dessas transformações, que degradam
sua qualidade de vida.
O desenvolvimento da sociedade,
impulsionada pela globalização, faz com que cada vez mais sejam
absorvidos profissionais capacitados a planejar e gerenciar a qualidade
do meio ambiente, assim, é a própria sociedade que demanda a
participação destes profissionais no processo produtivo, obrigando as
empresas e governos a situarem-se dentro de padrões economicamente
produtivos, socialmente responsáveis e ecologicamente corretos para
diminuir os problemas no meio ambiente.
Diante dos problemas sócio-ambientais,
pode-se citar os mais graves segundo dados da Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável:
- Crescimento demográfico: A população mundial é de 6,1 bilhões de habitantes e deve chegar a 9,3 bilhões em 2050.
- Pobreza e desigualdades: cerca de 2,8 bilhões de pessoas vivem com menos de US$ 2 por dia e cerca de 80% da riqueza mundial está nas mãos de 15% dos habitantes dos países mais ricos.
- Superexploração dos recursos: a cada ano, a utilização dos recursos supera em 20% a capacidade do planeta de regenerá-los. Em 2050, a população mundial vai consumir entre 180% e 220% do potencial biológico do globo.
- Mudanças climáticas: a combustão do petróleo, gás e carvão provoca emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento do planeta.
- Buraco na camada de ozônio: a camada de ozônio que cerca a Terra e a protege dos raios ultravioletas emitidos pelo sol diminuiu sob o efeito do clorofluorcarbono (CFC) utilizado em alguns produtos. Esse "buraco" que esta em cima do Antártico media 30 milhões de km² em outubro de 2001 e tende a aumentar.
- Espécies ameaçadas: 11.046 espécies animais estão ameaçadas de extinção nas próximas décadas, principalmente pelo desaparecimento de seu habitat natural, o que representa 28% das espécies mamíferas, 15% dos pássaros, 28% dos répteis, 25% dos anfíbios e 40% dos peixes.
- Acesso à água: cerca de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e 2,4 bilhões não vivem em condições sanitárias decentes. A metade dos rios do mundo está num nível muito baixo ou poluído.
- Erosão do solo: o crescimento da população acarreta uma enorme pressão sobre a agricultura e portanto uma demanda crescente de terras agrícolas.
Nas próximas décadas, a sobrevivência
da humanidade vai depender da educação ecológica, da capacidade do ser
humano compreender os princípios básicos da ecologia e viver de acordo
com eles. Isso significa que essa educação tem de tornar-se uma
qualificação essencial dos políticos, líderes empresariais e
profissionais de todas as áreas, e tem que ser, um dos assuntos mais
importantes da educação primária, secundária e superior.
A natureza e o homem devem viver em
harmonia e equilíbrio, com isso, precisamos ensinar aos estudantes os
fatores fundamentais da vida e a educação através das ciências
ambientais, que é o primeiro passo em direção à sustentabilidade.
Fonte: Rômulo Lima Meira é Geógrafo e Pós Graduando em Educação, Cultura e Memória pela UESB - BA
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Dez coisas que você precisa saber sobre a fome em 2013
As Nações Unidas publicaram uma lista sobre as 10 coisas que todos devem saber a respeito da fome neste novo ano.
Confira abaixo os tópicos compilados pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA:
1. O mundo tem cerca de 870 milhões de pessoas que não têm o necessário para comer para levar uma vida saudável. Isto significa que um em cada oito habitantes do globo vai para a cama, todos os dias, passando fome. (Fonte: FAO, 2012)
2. O número de pessoas vivendo com fome crônica baixou para 130 milhões nas últimas duas décadas. Nos países em desenvolvimento, a prevalência da má nutrição caiu de 23,2% para 14,9% no período de 1990-2010. (Fonte: FAO, 2012)
3. A maioria do progresso contra a fome foi alcançado antes de 2007/2008, quando ocorreu a crise econômica global. Desde então, os avanços na redução do problema foram desacelerados e estagnados. (Fonte: FAO, 2012)
4. A fome é o problema número 1 na lista dos 10 maiores riscos de saúde. Ela mata mais pessoas todos os anos que doenças como Aids, malária e tuberculose combinadas. (Fonte: Unaids, 2010. OMS, 2011)
5. A má nutrição está ligada a um terço da morte de crianças com menos de cinco anos nos países em desenvolvimento. (Fonte: Igme, 2011).
6. Os primeiros mil dias da vida de uma criança, desde a gravidez até os dois anos de idade, são fundamentais para o combate à má nutrição. Uma dieta apropriada, nesta época da vida, protege os menores de nanismos físico e mental, que podem resultar da má nutrição. (Fonte: Igme, 2011).
7. Custa apenas 25 centavos de dólar americano, por dia, para garantir que uma criança tenha acesso a todos os nutrientes e vitaminas necessários ao crescimento saudável. (Fonte: Igme, 2011)
8. Se mulheres, nas áreas rurais, tiverem o mesmo acesso à terra, à tecnologia, à educação, ao mercado e aos serviços financeiros que os homens têm, o número de pessoas com fome poderia diminuir entre 100 e 150 milhões. (Fonte: FAO, 2011)
9. Até 2050, as mudanças climáticas e os padrões irregulares da temperatura terão colocado mais 24 milhões de pessoas em situação de fome. Quase metade destas serão crianças vivendo na África Subsaariana. (Fonte: PMA, 2009)
10. A fome é o maior problema solucionável do mundo.
Fonte: Rádio ONU
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Dicas para um carnaval ecologicamente correto
O carnaval é um período de muita
alegria e diversão, mas também de consumo exagerado. O feriado, as viagens e as
festas acabam representando um gasto maior de combustível, de eletricidade, de
fantasias e, é claro, de bebidas.
Na quarta-feira de cinzas, tudo isso
deixa muito mais que saudades, deixa um monte de resíduos e uma conta ambiental
alta a ser paga pelo planeta. Por isso, elaboramos 10 dicas para você curtir o carnaval sem descuidar da
consciência ambiental e social.
1. Produza menos lixo
Para você ter uma idéia de como o carnaval produz lixo
adicional ao usual, só na cidade de Salvador são recolhidas 1.500 toneladas a
mais de lixo nos dias 6 dias de festas. Isto gera um alto custo extra de coleta
para as prefeituras, pago com recursos públicos que poderiam ser investidos,
por exemplo, para maior segurança no próximo carnaval.
2. Jogue o lixo no lixo
No carnaval, o lixo acumulado nas ruas entope os bueiros e
aumenta o risco de enchentes. Nas estradas, os detritos jogados nos
acostamentos agridem e colocam em risco o meio ambiente e os animais. Portanto,
no carnaval, mais do que nunca, jogue o lixo exclusivamente no lixo.
3. Reutilize as fantasias
As fantasias de carnaval são usadas, em geral, apenas por um
dia. Portanto, para evitar o desperdício, nada melhor do que reutilizá-las,
trocá-las com amigos, reciclá-las.
4.
Cuidado com os excessos
O consumo excessivo de bebidas é responsável pela maioria
dos acidentes e pelos altos níveis de violência no carnaval. Não passe da conta
neste carnaval, consuma bebidas e alimentos com moderação, protegendo a sua
saúde e a integridade física de todos.
5.
Seja um turista consciente
Se você for viajar no carnaval, procure minimizar os
impactos ambientais de sua viagem, respeite os costumes dos lugares visitados,
prestigie a cultura e a economia locais.
6.
Gaste menos combustível
Prefira transportes com menor consumo de combustível fóssil,
o principal responsável pelo aquecimento global. Entre o avião e o carro,
prefira o carro. Entre o carro e o ônibus, fique com o último. E aproveite os
dias livres para andar de bicicleta e a pé.
7. Tire os equipamentos da tomada
Antes de viajar, não se esqueça de tirar os aparelhos
elétricos e eletrônicos da tomada, tais como TV, DVD, microondas e carregador
de bateria. O modo stand-by,
que fica acionado quando o aparelho está desligado, mas conectado à rede
elétrica pela tomada, é responsável por até 25% da energia consumida por esses
equipamentos.
8. Não desperdice água
O carnaval é a época em que muitas cidades, em especial as
turísticas, enfrentam sérios problemas de abastecimento de água em função do
aumento excessivo de consumo. Portanto, se você já é um consumidor consciente
de água, redobre os cuidados no carnaval. Evite as brincadeiras que implicam em
desperdício, tome banhos mais curtos, desligue o chuveiro na hora de se
ensaboar.
9. Aproveite a cidade vazia
Se sua cidade não for destino de foliões, e se você não for
viajar, aproveite a tranqüilidade e o tempo livre em atividades que não custam
dinheiro e não consomem recursos naturais: caminhadas, visitas a parques,
museus e centros culturais, maior convívio com a família.
10. Divulgue o consumo consciente
Durante o carnaval, se você presenciar casos de desrespeito
aos preceitos que orientam essas dicas não hesite em orientar as
pessoas. Sempre que tiver oportunidade, divulgue os princípios do consumo
consciente. Contribua para que o carnaval seja cada vez mais uma época de
alegria e paz e não de violência e ameaça ao equilíbrio do planeta.
Fonte: Akatu
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Combate à Dengue: uma questão de saúde pública
O Combate
à Dengue é
uma responsabilidade dos órgãos públicos e de toda população.
O mosquito da dengue (aedes aegypti) se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída).
A conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental importância para a redução e, quem sabe, a erradicação desta doença do Brasil.
O mosquito da dengue (aedes aegypti) se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída).
A conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental importância para a redução e, quem sabe, a erradicação desta doença do Brasil.
Medidas
de Combate à dengue (para eliminar os criadouros e evitar a reprodução e
proliferação do aedes aegypti)
-
Não
deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nestes
pneus para evitar o acúmulo de água;
-
Não
deixar água acumulada sobre a laje de sua residência;
-
Não
deixar a água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou
qualquer material que impeça a circulação da água.
-
A
vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada.
Deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia;
-
Caixas
de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem
vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de
reservatório de água;
-
Vasilhas
que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais
do que um dia com a água sem trocar;
-
As
piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade
recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda
água) e permanecer sempre secas;
-
Garrafas
ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser
armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem
usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado).
-
Não
descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem
fechada;
-
As
bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a
reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1
litro de água e uma colher de água sanitária.
-
Sempre
que observar alguma situação (que você não possa resolver), avisar
imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja
tomada.
Você
sabia?
-
19 de novembro é o Dia Nacional de Combate à Dengue.
Fonte: SuaPesquisa
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Água e desigualdades
Dia Mundial das Zonas Úmidas pretende chamar a atenção para o manejo adequado de um recurso natural finito.
“As
zonas úmidas e o manejo da água” é o tema do Dia Mundial das Zonas
Úmidas, comemorado neste sábado, 02. O assunto é prioritário para a
Organização das Nações Unidas (ONU), pois envolve as poucas reservas de
água potável existentes, já que, em todo o planeta, existe apenas 0,3%
de água doce distribuída em rios e lagos. O problema é que 97.5% do
total são água salgada, e a pouca água própria para o consumo humano
disponível não está distribuída de maneira igual para as populações de
todos os continentes.
Existem 42 tipos diferentes de zonas úmidas.
Elas formadas por complexos ecossistemas, que englobam desde as áreas
marinhas e costeiras até as continentais, as naturais e as artificiais,
como lagos, manguezais, pântanos, charcos, rios e também áreas irrigadas
para agricultura e reservatórios de hidrelétricas, entre outros. Tais
áreas, permanentes ou temporárias, normalmente abrigam grande
biodiversidade, tanto de plantas como de animais aquáticos. Por isso
mesmo, é preciso demonstra que existe um vínculo necessário entre o
manejo da água e o uso racional das zonas úmidas.
Conforto
No
Brasil, apesar da situação confortável, de acordo com os padrões da
ONU, a distribuição hídrica é desigual, já que a região Amazônica
concentra 80% da disponibilidade de água do país, segundo dados de 2012
da Agência Nacional de Águas (ANA). Estados do Nordeste sofrem com a
escassez. No Oriente Médio, países como Kuwait, Emirados Árabes, Bahamas
e Faixa de Gaza, entre outros, praticamente não têm mais água doce.
Além
disso, quase 24% de toda a população da África sofrem com o estresse
hídrico. O problema é preocupante também em grande parte do Peru e em
algumas áreas do México e da América Central. Na China, Índia e
Tailândia a situação é igualmente crítica, revela o Manual de Uso da
Água, editado em 2008 pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente
Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A finalidade de se
instituir o Dia Mundial das Zonas Úmidas é estimular governos,
organizações da sociedade civil e grupos de cidadãos com ações e
atividades que chamem a atenção para a importância das zonas úmidas, a
necessidade de sua proteção e os benefícios que o cumprimento dos
objetivos da Convenção de Ramsar. Trata-se da cidade iraniana onde se
realizou, em 1971, se realizou a primeira convenção sobre o tema. De
acordo com o analista ambiental da Gerência de Biodiversidade Aquática e
Recursos Pesqueiros do MMA, Henry Philippe de Novion, as zonas úmidas
representam um grande valor socioeconômico, cultural e científico, e sua
perda seria irreparável.
Saúde e bem estar
O
problema é tão sério que, em dezembro de 2010, a ONU declarou 2013 como
o Ano Internacional para Cooperação pela Água, reconhecendo esse
recurso como fundamental tanto para o desenvolvimento sustentável como
para a saúde e o bem estar humanos. “Ocorre que a relação entre a água,
as pessoas e as zonas úmidas é uma preocupação central da Convenção de
Ramsar”, esclarece Henry de Novion. Ele explica que, por sua função de
mediação e abastecimento de água, as zonas úmidas proporcionam serviços
ecossistêmicos essenciais, que são os benefícios fornecidos às pessoas
pela natureza.
“O objetivo fundamental do Dia Mundial das Zonas
Úmidas de 2013 é despertar a sensibilidade das pessoas para a
interdependência da água e das zonas úmidas, indicar meios adequados
para que os diferentes grupos de atores chaves compartilhem a água de
uma maneira equitativa e fazer com que se compreenda que sem as zonas
úmidas não haverá água”, afirma Novion. ”A água desempenha uma função
fundamental de conexão, pois, desde as nascentes até o mar, e através de
seu ciclo incessante, a água conecta todos os rincões da Terra”.
Nesse
sentido, a Convenção de Ramsar reconhece que as zonas úmidas
desempenham função essencial nessa interconexão e seu uso racional
possibilitará o manejo sustentável da água. Com base nessa realidade, a
Convenção lançou o folheto “As Zonas Úmidas e o Manejo da Água”, que
descreve a sua situação hidrológica geral, com foco nos atores que
administram a água e os vários desafios que enfrentam, da governança aos
problemas de gestão das águas transfronteiriças, agrícolas e urbanas,
passando pelo armazenamento e a transposição dos recursos hídricos.
O
material explica por que se deve preservar as zonas úmidas, mostrando
que elas fornecem serviços ecológicos fundamentais às espécies da fauna e
da flora e ao bem estar de populações humanas. Além de regular o regime
hídrico de vastas regiões, essas áreas funcionam como fonte de
biodiversidade em todos os níveis, cumprindo, ainda, papel relevante de
caráter econômico, cultural e recreativo, ao mesmo tempo em que atendem
às necessidades de água e alimentação de uma ampla variedade de espécies
e das comunidades humanas, rurais e urbanas.
Mudanças Climáticas
“As
áreas úmidas são social e economicamente insubstituíveis”, insiste o
analista do MMA, por conter inundações, permitir a recarga de aquíferos
subterrâneos, reter nutrientes, purificar a água e estabilizar zonas
costeiras. O colapso desses serviços, decorrente da destruição das zonas
úmidas, pode resultar em desastres ambientais com elevados custos em
termos de vidas humanas e econômicos. Novion garante que os ambientes
úmidos também cumprem um papel vital no processo de adaptação e
mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são
grandes reservatórios de carbono.
Como a água é um recurso natural
fundamental de que dependem todas as atividades socioeconômicas e
ambientais, tanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações
Unidas como a Convenção de Ramsar, entre outras iniciativas
internacionais e nacionais, destacam a importância de se reconhecer a
necessidade urgente da adoção de um enfoque integrado, holístico e de
cooperação para resolver os problemas relacionados ao manejo da água. Da
parte do Brasil, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), coordenado
pelo MMA e integrado por órgãos de governo e da sociedade civil, foi
criado para programar as diretrizes assumidas pelo país perante a
Convenção, defende ações de aproximação com os atores que integram a
agenda de zonas úmidas e manejo de água.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Irrigação é a finalidade mais outorgada de 2012
Outras quatro finalidades, juntamente com a irrigação, concentraram mais de 80% das outorgas de 2012.
Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2012, a irrigação responde por 72% da água consumida no Brasil. A importância do setor no uso da água do País também se reflete no percentual das outorgas de direito de uso de recursos hídricos emitidas pela Agência Nacional de Águas (ANA): 57,2%. Das 843 outorgas, 522 foram para usos relacionados à irrigação. O número supera as 518 outorgas de 2011 para o setor, ano em que foram outorgados 1137 usos.
Outras quatro finalidades, juntamente com a irrigação, concentraram mais de 80% das outorgas de 2012. A mineração, a indústria, o abastecimento público/esgotamento e a aquicultura receberam respectivamente 81, 72, 46 e 42 outorgas.
Em 2012 a ANA regularizou 191 irrigantes do rio Mampituba, que fica entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O mesmo aconteceu com o Potencial Hidrelétrico Colíder, no rio Teles Pires, no Pará. Além disso, a Agência Nacional de Águas regularizou 62 usuários em diversas finalidades de uso na bacia do rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo.
O total de usos regularizados – que incluem os outorgáveis e os que independem de outorga – foi de 912 no ano passado, pois 69 pedidos independiam da autorização. Em 2011 houve 1358 regularizações. Os seguintes usos independem do instrumento: serviços de limpeza e conservação de margens (incluindo dragagem) e obras de travessia de corpos de água, desde que em ambos os casos não alterem o regime, a quantidade ou qualidade da água existente no corpo hídrico.
Também independem de outorga usos com vazões de captação máximas instantâneas inferiores a 1 litro por segundo, quando não houver deliberação diferente por parte do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) ou um critério diferente expresso no plano da bacia hidrográfica em questão.
Fonte: ANA/EcoAgência
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