quarta-feira, 31 de março de 2010

Carta à sociedade brasileira – A urgência do Projeto Ficha Limpa

Há exatamente dois anos o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) lançou a Campanha Ficha Limpa, com o objetivo de levar ao Congresso o projeto de lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos. À época, integrado por 39 entidades, o MCCE iniciou um intenso trabalho de coleta rumo a 1,3 milhão de assinaturas. Hoje, somos 44 entidades e já ultrapassamos a marca de 1,6 milhão de assinaturas coletadas. Frente a esse cenário de significativa participação popular, o Projeto de Lei da Ficha Limpa – agora com o número PLP 518/09, prepara-se para ser votado na Câmara dos Deputados, por meio de um texto substitutivo (veja o texto no site do MCCE).


Dia 7 de abril é a data marcada para o início da apreciação da proposta na Casa. Dia em que o MCCE e toda a sociedade brasileira, que tão bem vem desempenhando sua cidadania com a Campanha Ficha Limpa, precisa estar atenta a cada passo dos deputados federais. Chegou a hora dos parlamentares darem a demonstração de comprometimento que a sociedade espera deles. O voto será nominal, o que nos permite saber o posicionamento de cada parlamentar. Acompanhem o voto do(a) seu deputado(a). Temos certeza que é a vontade de um país que move esse projeto, por isso, temos que nos manter unidos nesse momento.

O MCCE recebe diariamente centenas de ligações e emails de todo o Brasil com incentivos, elogios e apoio à Campanha Ficha Limpa. A todos e todas que nos procuram e para os que de algum modo acompanham o projeto, convidamos a se unirem numa grande rede nacional. Vamos mandar emails aos parlamentares, cartas, telefonemas e demonstrações públicas de apoio à aprovação da Ficha Limpa para as eleições de 2010.

A partir do dia 7 de abril, o Brasil tem que manter uma mobilização em torno dessa causa. A pressão popular é o nosso maior trunfo!

Nessa data, vamos construir uma rede virtual na internet onde blogs, sites e demais redes sociais tragam como texto principal em suas páginas a votação do projeto Ficha Limpa com o chamado “Aprovação Já!”. Como tantos exemplos já vividos na história do país, esse será mais um momento que a força popular fará a diferença. Vamos mostrar ao país e aos parlamentares qual é a verdadeira vontade do povo brasileiro.

O MCCE acredita na mobilização social e se coloca à disposição para qualquer orientação de ações a serem desenvolvidas, no seu estado ou na sua cidade. Acesse: www.mcce.org.br Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

Saber votar também é responsabilidade ambiental!

INGÁ promove curso de Educação Ambiental Crítica

Estão abertas as inscrições para o Curso de Extensão à Distância em Educação Ambiental Crítica, promovido pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), por meio da Universidade Popular das Águas (Unihidro) e a Coordenação de Educação Ambiental do órgão. O objetivo é multiplicar nos servidores e na sociedade o conhecimento consistente sobre as questões ambientais, promovendo assim mais qualidade de vida.

O curso é gratuito, tem carga horária de 16 horas, e será realizado nos dias 26 e 27 de abril, por videoconferência no Instituto Anísio Teixeira (IAT), através de parceria com a Coordenação de Educação Ambiental e Saúde da Secretaria de Educação do Estado (SEC).

Para mais informações, acesse o site do Ingá: http://www.inga.ba.gov.br/

sábado, 27 de março de 2010

Como nasceu o Programa de rádio "A Voz do Rio Grande"

O programa “A Voz do Rio Grande” nasceu em setembro de 2009 como parte do mestrado de Desenvolvimento Regional da UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz, em convênio com a UNIHIDRO – Universidade das Águas, no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande.

O trabalho teve como base a análise do processo de uma investigação-ação, enquanto proposta de dinamização metodológica no estabelecimento de um canal de diálogo entre o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande – Oeste baiano e a sociedade local, realizada por esta pesquisadora. A ação deu-se no segundo semestre de 2009, a partir da seleção de 15 pessoas participantes do Programa de Formação em Educomunicação com Ênfase em Rádio, sendo este realizado em 8 oficinas de produção do programa de 40,’ (quarenta minutos) na Rádio Barreiras.

A pesquisa realizada nessa experiência buscou agregar àquele espaço de diálogo três abordagens: a comunicativa, a cognitiva e a transdisciplinar, fundamentadas em quatro teorias: da educação dialógica, da comunicação popular, da complexidade e da ação comunicativa, que apoiaram as concepções e metodologias construídas e dinamizadas, avaliadas e sistematizadas no trabalho final.

CONSTRUINDO OS PROCESSOS

A realização da pesquisa – no que se refere às oficinas técnicas – somente tornou-se possível porque contou com o apoio da diretoria do CBH Rio Grande. Foi a aceitação do projeto e o crédito dado ao processo ‘Educomunicativo’ que trouxe os recursos financeiros necessários para a pesquisadora se deslocar semanalmente de Salvador até Barreiras e realizar as oficinas. Neste aspecto, ter uma diretora de universidade na presidência do Comitê contou muito e ficam registrados os agradecimentos acadêmicos à querida professora Joana Luz, pela posição segura e decisiva na defesa do projeto. Os percalços que tornaram este apoio imprescindível ficaram para trás, na sombra da própria história, porque há males que vêem para o bem, como se uma força superior orquestrasse os episódios.

Porém foram estes percalços que desafiaram os educomunicadores em formação a intermediar a comunicação entre o Comitê e a sociedade local. A hipótese levantada foi de que, ao se apropriar de técnicas jornalísticas para buscar conhecer e discutir os instrumentos de gestão, a realidade e o futuro possível para o uso das águas dos rios, aqüíferos, veredas e nascentes existentes na bacia, cada um dos educomunicadores e todos juntos – membros do CBH, moradores da bacia, instituições e organizações da sociedade local – passariam a conhecer o suficiente sobre o assunto para defender e fazer as escolhas que pudessem assegurar a sustentabilidade das águas de uma das regiões de maior crescimento da fronteira agrícola no Estado.

Sensibilizados a partir dos debates sobre modelos de comunicação e debates introdutórios sobre a legislação das águas e os conceitos de inclusão e controle social, os educomunicadores entenderam que todas as pessoas que escolheram viver na Bacia do Rio Grande precisavam também ser envolvidos o suficiente para se mobilizar e contribuir com o fortalecimento do Comitê, a base local popular do Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Assim aceitaram o desafio da educação processual e permanente, do próprio grupo e da sociedade em geral, na perspectiva da emancipação cidadã, da gestão de fato compartilhada das águas e da sustentabilidade ambiental.

A proposta da pesquisadora compreendia a possibilidade das ações comunicativas praticadas no Comitê de Bacia poder estruturar práticas emancipatórias – ou não. Traduzia o entendimento de que, a depender do caráter da comunicação predominante, as falas e ações praticadas no espaço público do Comitê tendem a fortalecer processos emancipatórios ou processos de dominação, internamente ou no contato com a sociedade.

Logo ficou claro que a maioria dos membros do Comitê, voluntariados a compor o grupo de Educomunicadores, não ‘tinha tempo’ para construir processos democráticos que representassem dedicação extra ao trabalho direcionado a preparar os ‘excluídos’ para a inclusão na gestão, no controle social e no desenvolvimento de habilidades de aprender a aprender para decidir, na reflexão sobre as relações estabelecidas naquela arena política decisória. Todavia mostraram-se dispostos a dialogar com a sociedade, no papel de entrevistados.

A ação do Programa de Formação consistiu em criar uma nova ‘arena política’, de caráter dialógico, para discutir as questões da gestão compartilhada das águas numa situação onde pudesse se estabelecer uma simetria entre os pares muito além do direito ao voto pelo crachá de membro do comitê; onde todos pudessem se sentir igualmente parte integrante de um processo que quer produzir um conhecimento sobre a gestão das águas, em diálogo com a sociedade local.

Na arena dialógica do programa de rádio dá-se uma ação comunicativa onde os educomunicadores buscam conhecer o tema em pauta e sabatinam seus entrevistados até a exaustão das dúvidas. Na mesma arena, em outra posição, os moradores, enquanto ouvintes da rádio, que dispõem de linha telefônica aberta para se colocar, dar opiniões, fazer perguntas, condenar propostas ou concordar com elas.

As limitações burocráticas e circunstanciais da própria pesquisa definiram os primeiros momentos dialógicos como essenciais para o grupo ‘assumir’ a própria alfabetização técnica em temas como a legislação, instrumentos de gestão e outros assuntos relativos. As entrevistas, no estilo “sabatina” com especialistas e técnicos, vem produzindo momentos formativos enriquecedores e estimulantes: para os educomunicadores que aprendem cada dia mais um tanto; para os entrevistados que se permitem rever falas técnicas de sentido (in)formativo estéril, para outras rádios que disponibilizaram horários para os educomunicadores ocuparem e para a sociedade, onde o programa vem ampliando audiência.

É dessa forma que a arena política dialógica de apoio ao Comitê recoloca o potencial emancipatório da razão (HABERMAS, 1997) enquanto razão e ação comunicativa – na promoção da comunicação livre, racional e crítica, em alternativa e superação àquela razão iluminista "aprisionada" pela lógica instrumental que encobre a dominação (id ibid), tão conhecida de muitos dos que optaram por permanecer, até agora, distantes da política.

A necessidade dos indivíduos agirem respeitando as regras estabelecidas para aquele convívio social e político considera a necessidade de atender ao chamamento da governança das águas, para atender ao que estabelece a lei, para a participação que coloca o povo no lugar de decidir sua vida e seu futuro, ao nível pessoal, social, político e econômico, em condições propícias ao estabelecimento processual de uma simetria entre os atores envolvidos.

As Teorias que fundamentam a proposta estão associadas ao que reiteradamente nos falou o educador Paulo Freire, ao que defende Fritjof Capra, Enrique Leff, Jean Piaget, entre tantos que nos legaram conceitos associados nesse trabalho, ao criador da teoria da Comunicação Popular, Mario Kaplún, teorias que confluem para processos informativos/educativos processuais; aproximam-se ao que nos trouxe o filósofo Habermas: a teoria da ação comunicativa, aqui compreendida como uma ‘extensão’ do conceito freireano de que as pessoas se educam no convívio umas com as outras. Supondo que queremos uma educação para a inclusão e a simetria entre os pares, somente possível ao longo de processos de convívio, as condições para o diálogo se tornam o elemento essencial na convivência.

Habermas considera duas esferas sociais que coexistem: o sistema e o mundo da vida. O sistema se refere à 'reprodução material', regida pela lógica instrumental (adequação de meios a fins), incorporada nas relações hierárquicas (poder político) e de intercâmbio (economia). O mundo da vida é a esfera de 'reprodução simbólica', da linguagem, das redes de significados que compõem determinada visão de mundo, sejam eles referentes aos fatos objetivos, às normas sociais ou aos conteúdos subjetivos (id ibid).

A VOZ DA INCLUSÃO SOCIAL

A ação comunicativa, portanto, propõe uma revolução na capacidade de pessoas comunicarem-se, dialogarem e construírem seus valores de forma a serem respeitadas as condições de alteridade (diferenças) e a possibilidade de dar um novo significado à realidade social. A proposta de criar uma nova arena política (o programa de rádio) para estabelecer ali o diálogo entre os membros do CBH Rio Grande e a sociedade local considera que a morte da racionalidade livre esta relacionada com a limitação dos espaços comunicativos na sociedade moderna, que privilegiou a tática - o agir estratégico e instrumental - em detrimento do espaço dialógico (HABERMAS, 1997).

Seguindo recomendação do documento técnico MAPPEA - Mapeamentos, Diagnósticos e Intervenções Participativos no Socioambiente (DEA/MMA, 2007), os momentos formativos de uma gestão compartilhada precisam discutir como promover a participação, atentando para a não exclusão, desta participação, de qualquer participante de grupos e coletivos, no caso do CBH, os diferentes segmentos que representam os múltiplos usos da água.

A atenção proposta é fundamentada no entendimento e compreensão de fatores que podem sustentar ausências de participação, “(...) consideradas em suas categorias de silêncios, como produções espontâneas da não participação” e os famosos “silenciamentos”, de acordo com Boaventura de Souza Santos, ocasionando uma exclusão de espaços de locução, intencionalmente produzida por forças sociopolíticas dominantes (apud DEA/MMA, 2007 p. 38).

O Programa de Formação em Educomunicação com Ênfase em Rádio é assim o elemento criador da nova arena política dialógica do Comitê, sem que seja antagônica com a arena política decisória da plenária, porque não é concorrente, mas cooperativa. A formação do grupo de Educomunicadores se constituiu de uma Etapa Preparatória, realizada com os membros do Comitê de Bacia, seguida de outras cinco etapas envolvendo oito oficinas de formação técnica e produção coletiva, na construção/desconstrução permanente de um processo de Comunicação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande com a sociedade. Cada etapa do Programa envolve um refletir/avaliar, antes de prosseguir na etapa seguinte.

A esperança de o trabalho resultar numa gestão de fato compartilhada das águas se traduz no que é hoje a prática de 12 educomunicadores, avaliados em plenária do Comitê como um Programa vitorioso, enquanto processo que se propõe. É também neste sentido que compartilhamos e disponibilizamos com a sociedade e outros organismos de interesse, o que está sendo realizado na Bacia Hidrográfica do Rio Grande, Oeste da Bahia. E, óbvio, com reconhecimento de mérito e agradecimento aos educomunicadores.

O PROTAGONISMO SOCIAL

A primeira reunião plenária do Comitê do Rio Grande (23/11/2009) contou com a presença de cinco Educomunicadores. Naquele dia foi entregue o resultado da pesquisa ao CBH. A plenária contou ainda com a presença do diretor da Rádio Barreiras, porque a entrega dos resultados da investigação-ação ao CBH incluiu a assinatura de um Termo de Acordo e Parceria, celebrado entre os educomunicadores, a Rádio Barreiras e o CBH. Cada um dos presentes foi convidado a expressar opinião a respeito do trabalho do grupo e do programa de rádio enquanto canal de diálogo entre o CBH e a sociedade.

Um pouco da fala dos próprios participantes e presentes na plenária expressa melhor que qualquer descrição sobre o processo de construção do protagonismo social nesta investigação-ação, via formação de cidadania e qualificação para a participação:

“(...) foi um aprendizado incrível porque a gente sentiu a paixão de poder se comunicar com as pessoas, de poder falar sobre a preservação do meio ambiente com os olhos brilhando de alegria e acontecendo a cada programa a participação e o esforço de cada um (...) na produção das informações, na quebra dos próprios paradigmas, na construção de roteiros de entrevistas, na capacidade de improvisação quando um entrevistado não pode ir porque quebrou um braço, todas as situações que enfrentamos, até ter um programa cancelado, tudo isso foi muito legal e até fortaleceu o grupo. Hoje a gente sente que tem um grupo preparado e já recebemos mais uma proposta de outra rádio de Barreiras para ocuparmos também lá um espaço e tenho certeza que outras propostas vão surgir porque essa galera já esta pensando em fazer a multiplicação do trabalho para outros grupos de educomuncadores em outros municípios da Bacia (Berenice Peres – Membro do CBH e Educomunciadora).

“Recebi o convite para participar das oficinas e a gente formou esse grupo de educomunicadores para ocupar o espaço na Rádio Barreiras todo sábado, (...) conversando com entrevistados, levando informes e falando sobre questões importantes. Está sendo maravilhoso levar essas informações e também a apropriação desse conhecimento, porque através da sabatina que fazemos com os entrevistados, na busca de informação, nós aprendemos e podemos repassar para os ouvintes de uma maneira mais clara, para que todos possam também entender e aprender mais sobre os temas atuais e as necessidades ambientais do momento. Espero que a gente possa multiplicar esse grupo, para que possa existir um grupo de educomunicadores em cada cidade da bacia do Rio Grande (Bianca Duarte, cantora e Educomunicadora).

“Quero agradecer a oportunidade de participar desse grupo. É um trabalho muito interessante que acontece todos os sábados – eu até tive ausente de alguns programas – mas é um trabalho gratificante, todos empenhados para fazer um ótimo programa para ta divulgando assuntos que são educação ambiental na região e pela oportunidade de levar novos conhecimentos entre o grupo, com entrevistados. É gratificante ver que essas pessoas dedicam um dia que poderiam estar descansando, a fazer esse trabalho, muito bom para todas as pessoas da região (Pedro da Costa, membro do CBH e Educomunicador).

“(...) sou lá do distrito de Brejo Velho (...) Pra mim esta sendo uma experiência maravilhosa de trabalhar com esse grupo de pessoas, trabalhar com meio ambiente, informar ao público e defender o meio ambiente com a consciência de que esta defendendo a própria vida humana. Eu mesmo to ciente de que estou começando agora e espero em Deus que a gente siga em frente. Muito obrigado a todos. (Custódio de Oliveira, membro do CBH e Educomunicador).

“(...) Eu quero enaltecer essa iniciativa (...) em levar esse programa ao ar em nossa emissora, a Rádio Barreiras AM.Também a dedicação dos educomunicadores, porque consciência ambiental se fala muito e é muito bonito, mas falta muita prática e é preciso passar isso para a população. Eles escolheram um veículo de comunicação para poder propagar melhor a comunicação e a conscientização. Eles estão fazendo o trabalho muito bem. Logo teremos colegas radialistas, que terei o prazer de dizer que começaram na rádio Barreiras, e acima de tudo dizer que continuem o trabalho, que estão no caminho certo. A rádio Barreiras, por ser uma rádio comercial, foge do padrão de emissoras de rádio, nós temos uma emissora que é jornalística e por este motivo tem um compromisso social. Temos essa tradição que é mantida (...) e por este motivo abrimos espaço para a educação ambiental, para novos parceiros como o Comitê (Balthazar Guimarães, diretor da Rádio Barreiras).

“Tive a oportunidade de acompanhar esse projeto desde os primeiros passos, quando apresentado para o Comitê de Bacia. Eu posso dizer que a gente tem observado que em nossa sociedade falta precisamente, o que já foi colocado pela nossa colega, falta comunicação, falta conhecimento (...) possibilidade de acidentes que podem acontecer por falta de informação. A mobilização da nossa sociedade ou conseguir fazer com que as pessoas percebam a necessidade de cuidar de uma água em seu quintal, que pode estar proliferando ali o mosquito da dengue, essa consciência é uma coisa nova e a maioria das pessoas, por incrível que pareça, não tem. (...) Uma comunicação dessa natureza, (...) tem um fundamento técnico e científico pra ser construído, eu vi isso acontecendo e pude realmente comprovar esse trabalho. Eu só posso agora congratular-me com o grupo e no que depender de nosso apoio, do CONDEMA(*), nós estamos a disposição. Estamos implantando nosso sistema de internet, através de um site e se for possível através desse grupo, que nos possamos pontuar as informações e integrar os diversos processos. Estamos formulando um convite porque acreditamos que esse é o caminho para resolvermos as questões macro que temos com nosso meio ambiente (Jener Pitombo, membro do CBH e presidente do CONDEMA).



(*) CONDEMA – Conselho de Meio Ambiente de Barreiras.



ISABEL C.F. VILLELA

Pesquisadora (2008-10) UESC/PRODEMA

É hoje! A Hora do Planeta!

Hoje, das 20:30h às 21:30, o mundo irá apagar as luzes para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global! Essa é a Hora do Planeta!
Em 2009, milhões de brasileiros apagaram as suas luzes e mostraram que sua preocupação com o aquecimento global. No total 113 cidades brasileiras, incluindo 13 capitais, participaram da Hora do Planeta 2009. Ícones como o Cristo Redentor, a Ponte Estaiada, o Congresso Nacional e o Teatro Amazonas ficaram no escuro por sessenta minutos.

Não deixe de aderir ao movimento e inscreva-se no site http://www.horadoplaneta.org.br/


Fonte: WWF Brasil.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tem programa amanhã!

Olá pessoal! Amanhã tem programa. Vamos entrevistar o Geógrafo e Educador Ambiental Andrei Lopes Arruda, para falar sobre a importância de uma educação ambiental crítica. Não percam. É a partir das 11:20h, na Rádio Barreiras Am 790.

Discurso Ecológico

Qual o nosso papel neste mundo?
Em algum momento das nossas vidas paramos para refletir sobre isso e buscamos sentido para o que fazemos.Quase sempre chegamos ao final com as mesmas dúvidas do início, até que surge uma nova teoria ou moda que justifique nossos atos e consequências.
Hoje tem se falado muito em Aquecimento Global, Poluição... temas ecológicos que viraram moda em nosso círculo social. É cool ser ecologicamento correto, comprar alimentos orgânicos e ter um discurso pronto para a nossa roda de amigos.
" O planeta é nossa casa, somos uma grande família".
Ok, bacana.
Mas na prática o que temos feito?
Quanto disso é só discurso ou verdade em nossas vidas?
Quanto estamos dispostos a "sacrificar" de antigos hábitos em benefício da nossa casa Terra?
Quando deixamos de olhar só para as nossas necessidades supérfluas, da vontade insana de enriquecer passando por cima de valores éticos, ambientais,explorando países, percebemos que não tem sentido estarmos saciados no excesso enquanto milhares de pessoas convivem diariamente com a escassez de recursos naturais básicos. Sendo generosos provamos que nosso discurso não é uma palvra morta, um vazio em nós como cidadãos, como nação, como IRMÃOS.
Quando pesquisamos a origem das coisas que consumimos( ok, dá trabalho, mas é necessário), se a madeira usada para a fabricação dos nossos móveis é de origem legal, se a empresa tem ou não responsabilidade social, significa que estamos preocupados com os recursos naturais da nossa TERRA.
Quando a gente entende que a ÁGUA é uma riqueza e um direito de todos, deixamos de utilizá-la de forma pródiga.
Quando usamos o direito do VOTO de forma consciente pensando no coletivo, significa que o que a gente pensa para melhorar o mundo finalmente pode sair do plano utópico e virar realidade.
Ser ecologicamente correto não é só reciclar o lixo ou plantar uma árvore perto de casa. Os conceito ligados as questões ambientais envolvem aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.
Há muitas questões a serem resolvidas, pensemos nisso.
Até quando será só um discurso ecologicamente correto?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Encerramento da Semana Mundial da Água em Barreiras

Hoje houve o encerramento das comemorações pelo Dia Mundial da Água, organizados pela Embasa, Ingá, Sematur e Secretaria de Educação de Barreiras. O evento que ocorreu entre os dias 22 e 24 de março, contou com uma série de palestras sobre temas relacionados à água, como os Projetos Rio Vivo, A Importância do Aquifero Urucuia, Saneamento Básico em Barreiras, Lutas e Conquistas dos Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios São Francisco e Grande, Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos. Nós estivemos lá e entrevistamos alguns palestrantes. Ouça no nosso programa essas entrevistas, que vai ao ar sábado, dia 27 de março, das 11:20h às 12:00h, através da Rádio Barreiras Am 790.

Abraços.

terça-feira, 23 de março de 2010

Semana Mundial da Água acontece em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães

Em comemoração ao Dia Mundial da Água, está acontecendo em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, a Semana Mundial da Água. O evento, que teve início ontem dia 22 de março e vai até o dia 24, discutiu sobre temas relevantes sobre as águas da nossa região, como a importância do aquifero Urucuia, o Projeto Rio Vivo e o projeto de saneamento básico. Amanhã, as discussões serão em torno da Política Estadual de Recursos Hídricos e as conquistas e desafios dos Comitês de Bacias Hidrográficas da região (Grande e São Francisco).
Confira a programação:


24 de março


Local: Auditório da UFBA (antigo colégio Padre Vieira)

08h30 – Abertura / composição da mesa

09h30 – Palestra : Politica Nacional e Politica Estadual de Recursos Hídricos – Moderador Dr. Júlio Rocha ( diretor geral do INGÁ).

10h20 – Coffee Break

10h40 – Palestra: Água para Todos e Para Sempre e Programa Monitora - Moderador Wanderley Matos (diretor de Monitoramento e Informação do INGÁ)

12h00 – Intervalo para o Almoço

14h00 – Palestra: Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Grande - CBHG no contexto da Politica Estadual de Recursos Hídricos : Conquistas e desafios ( diretoria do CBHG)

14h40 – Palestra: Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco no contexto da Política Federal de Recursos Hídricos e Eleições 2010: Câmara Consultiva Regional do Médio São Francisco - CCR conquistas e desafios. - Edite Lopes (coordenadora da CCRMSF)

15h20 – Coffee Break

13h40 – Palestra: Política de Descentralização de ações do INGÁ: unidade regional de Barreiras – Leib Carteado (Coordenador da Unidade Regional de Barreiras)

17h00 – Encerramento


Fonte: Instituto Bioeste

segunda-feira, 22 de março de 2010

Embasa divulga licitação para obra de esgotamento em Barreiras

Embasa divulga licitação para obra de esgotamento em Barreiras

Por Cristiane Barilli

A Embasa divulgou o edital de licitação da obra de implantação do sistema de esgotamento sanitário de Barreiras hoje (21), no Diário Oficial e em jornal de grande circulação. O investimento de R$ 78,4 milhões vai beneficiar cerca de 90 mil pessoas com coleta e tratamento de esgotos domésticos e integra as ações do Programa Água para Todos do Governo do Estado. A obra atende uma grande expectativa dos moradores da cidade, que não contam com serviço de esgotamento e convivem com os transtornos e os riscos para a saúde causados por essa realidade. A sede municipal de Barreiras conta, hoje, com apenas 8% de cobertura do serviço de coleta e tratamento de esgotos domésticos. O conjunto dos bairros da cidade drenam as águas de chuva e esgotos, que correm a céu aberto em muitas áreas da cidade, para o Rio Grande. O sistema de esgotamento que será construído pela Embasa, quando concluído, vai atender 90% dos imóveis da cidade, minimizando a poluição deste importante afluente da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. O projeto executivo prevê a implantação de 355 mil metros de rede coletora, uma estação de tratamento e 140 metros de emissário final. A previsão para o início das obras é o início do próximo ano.

Cristiane Barilli – (77) 9116-4456Assessoria de Comunicação EMBASA(71) 3372-4898 ou 3372-4639

domingo, 21 de março de 2010

Via Sacra em defesa do Rio Grande e seu Povo

Hoje, a partir de 7:00h, haverá uma caminhada em defesa do Rio Grande e seu povo, que começará na comunidade de Barreiro, na residência do Sr. Alvino. A Via Sacra passará pela comunidade de Sítio de Cima e terminará nas margens do Rio Grande, na comunidade de Sítio.
Não deixem de participar por esta luta pela água.

Abraços.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Chame gente para aprovar o PLEA-BA

Projeto de Lei de Educação Ambiental da Bahia

Temos ouvido de muitas vozes e em todas as mídias que a solução das questões ambientais passa obrigatoriamente pelo comprometimento que tivermos com a educação...

Um compromisso que visa ampliar o espaço da educação ambiental para que ela se transversalize pelas distintas estruturas de nossa sociedade, partindo da normatizadora sala de aula em direção a um estado de arte visto do modo mais acadêmico ou mais libertário, como queira.

Cresce na Bahia a compreensão de que a educação ambiental (EA) é responsabilidade de todos e que existem meios e formatos de alcançá-la que ainda nem foram utilizados ou ao menos sistematizados. Concretiza-se a proposição de uma legislação que tenha a cara e a ousadia da Bahia, que toma como base as orientações da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e que é fruto da luta, de tantos, que cedo acreditaram que os caminhos para a sustentabilidade passariam pela concepção de um ambiente que levasse em consideração a interdependência sistêmica entre o natural e o construído, o socioeconômico e o cultural, o físico e o espiritual...

E é claro que na Bahia a idéia de uma lei de EA seria portadora do ineditismo representativo do estado democrático que vem sendo vivenciado por esta gente... Pensar educação ambiental como direito e responsabilidade de todos teria que ser retrato dessa vontade, então muitos teriam que colocar a mão na massa, e colocaram, do modo mais próximo daquele estado de arte que tanto persegue os que sonham...

Foram expressões e vontades de aproximadamente 5.000 pessoas que contribuíram com a construção desta Minuta do PLEA-BA, vontades advindas de diversos locais do Estado, através das consultas públicas realizadas nos 26 Territórios de Identidade. Foram reuniões, grupos de estudo e seminários, onde os integrantes da CIEA-BA (titulares, suplentes e convidados colaboradores) e os representantes dos Núcleos Mobilizadores das consultas públicas em cada território identificaram e incluíram contribuições de suas regiões no corpo da lei, no espírito da lei... Foram tantos dias de trabalho dedicado, estafante e, que não reste dúvida alguma, também prazeroso.

O resultado passou por uma consultoria jurídica, no âmbito da CIEA-BA, acompanhada pela sua Coordenação e os pontos focais das Câmaras Técnicas da Comissão. A construção foi minuciosa... Como encaminhar, como divulgar, como mobilizar, como comprometer... Tantas foram as vozes da Minuta do PLEA-BA!

No início desta semana, a Minuta foi entregue oficialmente aos dois Secretários de Estado, da Educação e do Meio Ambiente, para que, cientes do processo de construção e da importância do instrumento elaborado, possam acompanhar os caminhos que terão que ser percorridos até que a lei seja levada, em júbilo, à Assembléia Legislativa para análise e aprovação final isso depois de percorridos os corredores da Procuradoria Geral do Estado (PGE), da Casa Civil na tramitação normal de uma lei que ainda infante, deverá manter sobre si os olhares carinhosos e vigilantes daqueles que contribuíram para sua elaboração e que esperam ansiosos por esse instrumento para melhor estruturar suas ações.

Mas a proposta inicial da CIEA-BA era mais ousada e o Programa de Educação Ambiental – PEA-BA - que deve orientar as ações da lei também foi desenvolvido na mesma tacada, aproveitando reflexões e o levantamento de prioridades que surgiram nas consultas sobre EA, resultantes de um detalhismo preocupado, que por vezes, transbordava da massa crítica e generalista que deve alicerçar o texto de uma lei...

A Bahia neste momento, na representação de todos os seus recônditos encantos, está sendo convocada para acompanhar esse parto coletivo de perto... Partilhando a ansiedade paterna em busca do reconhecimento de si mesmo na cara do rebento...

A Minuta do PLEA-BA está sendo entregue aos que compreendem que colocar na prática a tão pregada necessidade de educação ambiental é superior a partidarismos e mesquinharias do poder... É compromisso e regozijo de todos e todas...

Para tanto contamos com SEU apoio imprescindível, quer seja mobilizando um grupo virtual, ou presencial, para dar conhecimento do conteúdo da Minuta do PLEA-BA, quer seja entrando em contato com seus representantes na Assembléia, quer seja divulgando o resultado deste trabalho coletivo de todas as formas que sua criatividade e possibilidades permitirem...

Só te pedimos que, a partir deste contato, você faça a sua parte, seja qual for, como um auto-convocado convicto, para que esse projeto de lei de muitos, seja aprovado pelos que, neste momento, nos representam e que enfim possamos colocá-la em prática, pelo meio ambiente de nossa imensa Bahia.

Esperança!

AXÉ !

Bere Brazil

Ambientalista, MBA em Mkt e RH, Jornalista e Publicitária, agora Gestora da Apa do Rio Preto, atuou como Representante do Núcleo Mobilizador do TI Oeste da Bahia.

terça-feira, 16 de março de 2010

O Blog do Programa "A Voz do Rio Grande" está no ar!

Boas notícias, pessoal! O blog do programa de rádio A Voz do Rio Grande já está funcionando. Aqui, vocês acompanharão os bastidores do nosso programa, além de ficarem a par sobre questões ambientais. Se quiser entrar em contato com a gente, mande um e-mail para avozdogrande@hotmail.com . Vocês podem enviar sugestões de temas que querem ouvir no nosso programa.
E também na parte Quem Somos, vocês poderão conhecer todos aqueles que fazem o programa, os nossos queridos Educomunicadores.
Não se esqueçam que o programa vai ao ar todos os sábados, das 11:20 à 12:00, através da Rádio Barreiras 790 Khz.
Um grande beijo.