Choveu a noite toda, o que é bom para uma cidade quente e seca como Barreiras, sem falar que adoro dormir embalada pelo canto da chuva. Mas em algum momento da madrugada, entre meus sonhos, eu pensei: “Vixe, sair de casa amanhã vai ser um caos!”
Dito e feito. Indo para academia tentando encontrar um lugar firme para pisar, pude observar que minha agonia era compartilhada pelos outros pedestres. Tínhamos que desviar de buracos, esgoto e ainda tentar chegar limpos ao destino final. A situação dos motoristas não era diferente, ziguezagueando pelas ruas e escolhendo o “melhor” buraco para cair.Isso porque estávamos passando pelas rua tidas como “nobres”, em que o contraste das casas com a situação do passeio é gritante. Fico imaginando as pessoas que moram longe, em lugares que não estão asfaltados e onde os ônibus nem conseguem entrar. Sair de casa diariamente é uma aventura bizarra. Andam centenas de metros para pegar o transporte e ficam sujeitos à todo tipo de transtornos. Nós, cidadãos barreirenses, estamos desamparados, sendo alvo de doenças transmitidas pela água suja, dengue e tendo gastos e mais gastos com consertos de carros.
Acessibilidade é um conceito que não faz parte da vida dos nossos gestores públicos.Toda campanha eleitoral , os candidatos prometem priorizar a infraestrutura . Precisamos nos mobilizar, até quando vamos nos deixar iludir? Como a Princesa do Oeste pode deixar-se engolir pelos buracos???
A origem do nome da cidade , como já disse anteriormente aqui no blog, se deu pelas barreiras de pedras do Rio Grande que impediam as embarcações de seguirem viagem.Certa vez ,fui à missa e o padre sugeriu que mudássemos o nome da nossa cidade para Buraqueiras, já que não podíamos nos locomover com dignidade. A risada foi geral. Mas, cá entre nós, acho que isso é motivo para chorar.
Parabéns!
ResponderExcluirAssisto o programa e adoro,achei muito interessante o que dize nessa postagem!