Hoje interditaram o buraco da minha rua...
Será que finalmente ele vai sumir da minha vida?
Não é que outro dia eu sonhei com o buraco? Ele crescia até engolir toda a cidade, quase um filme de Spielberg sem final feliz, já que os protagonistas, nós cidadãos barreirenses, éramos tão apáticos quanto os zumbis do Thriller de Michael Jackson, porque só dançar a gente sabe...
Falando em indiferença, outro dia encontrei uma amiga, que me contou algo interessante que quero compartilhar com vocês. A rua dela ficou inacessível com as chuvas de março e o único trecho “passável” ficou bloqueado com os galhos de uma árvore recém-podada... Uma semana se passou sem que ninguém tomasse uma providência, até que ela foi investigar quem teve a idéia de fazer a rua de lixo. Descobriu que foi um vizinho, então munida de coragem decidiu falar com o cidadão. Na manhã seguinte, a rua estava livre, sem nenhum vestígio dos galhos (segundo ela, a árvore ficou sem folhas... Ok, por estética até concordo com a poda das árvores, mas deixar ela sem uma única folha é demais). Ou seja, com apenas uma conversa franca, sem desentendimentos a rua voltou a ser um lugar transitável.
Isso me fez pensar... Às vezes evitamos tomar uma atitude correta com receio de brigar com o vizinho, amigos ou políticos. Mas nem tudo precisa acabar com briga, uma simples conversa pode resolver uma situação. Mas se a conversa não adiantar a gente tem que ir a luta. Chega de omissão diante dos crimes ambientais, do descaso em relação à nossa cidade. Já diz o ditado: quem tem boca vai à Roma. Imagine se unirmos nossas vozes...
Texto bem redigido e interessante. Parabéns para a autora.
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